sábado, 17 de março de 2018

A FEB E O NÚCLEO ESPIRITA GUILLON RIBEIRO REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




A FEB e o Núcleo Espírita Guillon Ribeiro

                   
Jorge Leite de Oliveira
Foi num sábado alegre que nasceu
A luz do Santo Antônio Descoberto
E onde antes fora campo floresceu
O núcleo liderado por Alberto.
— Mas líder mesmo é Cristo — disse certo —,
Ninguém que queira ser seu servidor,
Por mais que aqui na Terra esteja esperto,
Nega Jesus por Mestre e Deus Senhor.
Procura, então, a Casa de Ismael,
Que, mãe zelosa, vem lhe suceder,
Pois cabe à Casa-Mater o papel
De cada nosso irmão esclarecer.
E, garantido o auxílio material,
Missão cumprida, ele prossegue além,
Em cumprimento ao dom espiritual
Na sua santa saga pelo bem.
Outros irmãos então são convidados
Para continuar o atendimento
E um grupo de cristãos abnegados
Prossegue no sublime acolhimento...
Ó Núcleo Espírita Guillon Ribeiro,
Grande felicidade nos concede
Colaborar com cada companheiro
E irmã abnegada que te serve.
Nossa união baseia-se no amor,
Na mais sincera e pura singeleza;
Jesus é nosso Mestre; e Deus, Senhor;
Na fé está nossa maior riqueza.
Assim, vamos seguindo, cada dia,
Na direção do bem de todos nós.
Servindo ao nosso irmão com alegria,
Por certo, nunca ficaremos sós.
Não ficaremos sós, por que teremos
Ao nosso lado corações amigos
Que se espelham no bem que nós fazemos
E Deus nos livra sempre dos perigos.
Guillon Ribeiro, servidor do Cristo,
Conduz-nos, com amor e humildade,
Com disciplina ao seu sublime aprisco
Que tem por salvação a caridade.
E o lema Deus, Jesus e Caridade
Há de seguir conosco aqui e Além
Nessa união de idoso e mocidade
Que vence o mal na prática do Bem.
E, um dia, almas irmãs, almas eleitas,
Havemos de trocar em seus espaços,
Bem como lá, nas regiões perfeitas,
Puros, sinceros, imortais abraços!
Rio, Brasília, São Paulo e Goiás;
Apenas inicia-se a expansão...
Nosso desejo é, ainda mais,
Estar presente em toda esta nação.
Na singeleza do Guillon Ribeiro,
Sem desprezar a crença de ninguém,
Levemos o Evangelho ao mundo inteiro
Nessa cruzada espírita do bem.
Poema composto no dia 3 de maio de 2015, em Brasília, DF.
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quarta-feira, 14 de março de 2018

NO CAMINHO DO AMOR REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIITISMO SÉCULO XXI





No caminho do amor
Irmão X
Em Jerusalém, nos arredores do Templo, adornada mulher encontrou um nazareno, de olhos fascinantes e lúcidos, de cabelos delicados e melancólico sorriso, e fixou-o estranhamente.
Arrebatada na onda de simpatia a irradiar-se dele, corrigiu as dobras da túnica muito alva, colocou no olhar indizível expressão de doçura e, deixando perceber, nos meneios do corpo frágil, a visível paixão que a possuíra de súbito, abeirou-se do desconhecido e falou, ciciante:
- Jovem, as flores de Séforis encheram-me a ânfora do coração com deliciosos perfumes. Tenho felicidade ao teu dispor, em minha loja de essências finas...
Indicou extensa vila, cercada de rosas, à sombra de arvoredo acolhedor, e ajuntou:
- Inúmeros peregrinos cansados me buscam à procura do repouso que reconforta. Em minha primavera juvenil, encontram o prazer que representa a coroa da vida. É que o lírio do vale não tem a carícia dos meus braços e a romã saborosa não possui o mel dos meus lábios. Vem e vê! Dar-te-ei leito macio, tapetes dourados e vinho capitoso... Acariciar-te-ei a fronte abatida e curar-te-ei o cansaço da viagem longa! Descansarás teus pés em água de nardo e ouvirás, feliz, as harpas e os alaúdes de meu jardim. Tenho a meu serviço músicos e dançarinas, exercitados em palácios ilustres!...
Ante a incompreensível mudez do viajor, tornou, súplice, depois de leve pausa:
- Jovem, por que não respondes? Descobri em teus olhos diferente chama, e assim procedo por amar-te. Tenho sede de afeição que me complete a vida. Atende! atende!...
Ele parecia não perceber a vibração febril com que semelhantes palavras eram pronunciadas e, notando-lhe a expressão fisionômica indefinível, a vendedora de essências acrescentou um tanto agastada:
- Não virás?
Constrangido por aquele olhar esfogueado, o forasteiro apenas murmurou:
- Agora, não.  Depois, no entanto, quem sabe?!...
A mulher, ajaezada de enfeites, sentindo-se desprezada, prorrompeu em sarcasmos e partiu...
Transcorridos dois anos, quando Jesus levantava paralíticos, ao pé do tanque de Betesda, venerável anciã pediu-lhe socorro para infeliz criatura, atenazada de sofrimento. O Mestre seguiu-a, sem hesitar.
Num pardieiro denegrido, um corpo chagado exalava gemidos angustiosos. A disputada mercadora de aromas ali se encontrava carcomida de úlceras, de pele enegrecida e rosto disforme. Feridas sanguinolentas pontilhavam-lhe a carne, agora semelhante ao esterco da terra. Exceção dos olhos profundos e indagadores, nada mais lhe restava da feminilidade antiga. Era uma sombra leprosa, de que ninguém ousava aproximar.
Fitou o Mestre e reconheceu-o. Era o mesmo mancebo nazareno, de porte sublime e atraente expressão.
O Cristo estendeu-lhe os braços, tocado de intraduzível ternura e convidou:
- Vem a mim, tu que sofres! Na casa de Meu Pai, nunca se extingue a esperança.
A interpelada quis recuar, conturbada de assombro, mas não conseguiu mover os próprios dedos, vencida de dor. O Mestre, porém, transbordando compaixão, prosternou-se fraternal, e conchegou-a, de manso...
A infeliz reuniu todas as forças que lhe sobravam e perguntou em voz reticenciosa e dorida:
- Tu?... O Messias nazareno?... O Profeta que cura, reanima, e alivia?!... Que vieste fazer, junto de mulher tão miserável quanto eu?
Ele, contudo, sorriu benevolente, retrucando apenas:
- Agora, venho satisfazer-te os apelos.
E, recordando-lhe as palavras do primeiro encontro, acentuou, compassivo:
- Descubro em teus olhos diferente chama e assim procedo por amar-te.
Do livro Contos e Apólogos, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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terça-feira, 13 de março de 2018

AS ASAS DE UM PÁSSARO -REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI






As asas de um pássaro
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Setenta vezes sete.
Recomeçar, perdoar para viver, libertar-se.
Está distante de ser fácil, mas é o melhor, principalmente para quem doa o perdão, para quem deseja a liberdade.
Há pelo menos quatro itens inquestionáveis para perdoar. O primeiro deles é aliviar o coração, já que tristes episódios quando não assimilados transformam-se em fardos inconsoláveis; o segundo, ter olhos para tantos felizes acontecimentos que não podem ser percebidos quando se olha apenas para uma direção; o terceiro é compreender que, por pior que seja o ocorrido, tão felizmente não foi quem causou e doar o perdão é nobremente melhor do que ainda ser capaz de causar dor; o quarto item é querer crescer para sentir o melhor da vida.
Na história, grandes nomes não realizaram feitos carregando o peso da falta de perdão, seus ideais eram bem mais nobres.
Muitas vezes deveremos perdoar – há até um número recomendado – para assim sermos perdoados outras tantas.
Também o passarinho sofre quando algo o prejudica e causa-lhe dor, mas se alegra muito mais quando canta a melodia do perdão voando pelo azul do céu em direção ao horizonte.
Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/


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quinta-feira, 8 de março de 2018

MORTE CORPÓREA E DESENCARNAÇÃO REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI





Morte corpórea e desencarnação
Este é o módulo 70 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 
Questões para debate
1. O momento da morte é doloroso?
2. A desencarnação é igual para todas as pessoas?
3. A separação da alma é feita de forma gradual, ou isso depende do tipo de morte corporal?
4. Que fatores podem influir para que o desprendimento ocorra com maior ou menor facilidade?
5. Como é a separação da alma nos casos de suicídio?
Texto para leitura
A desencarnação não é igual para todos
1. A certeza da vida futura não exclui as apreensões do homem quanto à desencarnação. Há muitos que temem não propriamente a vida futura, mas o momento da morte. Será ele doloroso? Tentando elucidar essas questões, Kardec inquiriu os Espíritos e deles recebeu a informação de que o corpo quase sempre sofre mais durante a vida do que no momento da morte e que os sofrimentos que algumas vezes se experimentam no instante da morte são um gozo para o Espírito.
2. É preciso, no entanto, que consideremos que a desencarnação não é igual para todos e que, ao contrário, há uma variação muito grande, tão grande quanto as diferentes formas de viver adotadas pelos encarnados. Vendo-se a calma de alguns moribundos e as convulsões terríveis de outros, pode-se previamente julgar que as sensações experimentadas nem sempre são as mesmas.
3. A separação da alma é feita de forma gradual, pois o Espírito se desprende pouco a pouco dos laços que o prendem, de forma que as condições de encarnado ou desencarnado, no momento do desenlace, se confundem e se tocam, sem que haja uma linha divisória entre as duas.
4. Alguns fatores podem influir para que o desprendimento ocorra com maior ou menor facilidade, fatores que estão relacionados com o estado moral do homem quando encarnado. A afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego do indivíduo à matéria, que atinge o seu ponto máximo no homem cujas preocupações dizem respeito exclusivamente à vida de gozos materiais. Ao contrário disso, nas almas puras – que antecipadamente se identificam com a vida espiritual – o apego é quase nulo.
O desprendimento da alma jamais é brusco, mas gradual
5. Em se tratando de morte natural resultante da extinção das forças vitais por velhice ou enfermidade, o desprendimento opera-se suavemente. Para o homem cuja alma se desmaterializou e cujos pensamentos se destacam das coisas terrenas, o desprendimento quase se completa antes da morte real, ou seja, tendo o corpo ainda vida orgânica, o Espírito já começa a penetrar a vida espiritual, apenas ligado à matéria por elo tão frágil que se rompe com a última pancada do coração.
6. No homem materializado e sensual, que mais viveu do corpo que do Espírito, e para quem a vida espiritual nada significa, tudo contribui para estreitar os laços materiais e, quando a morte se aproxima, o desprendimento, embora também se opere gradualmente, demanda contínuos esforços. As convulsões da agonia são indícios da luta do Espírito, que às vezes procura romper os elos resistentes, e outras vezes se agarra ao corpo, do qual uma força irresistível o arrebata com violência, molécula por molécula.
7. O desconhecimento da vida espiritual faz com que o Espírito se apegue à vida material, estreitando os seus horizontes e resistindo com todas as forças, conseguindo prolongar a vida e, consequentemente, a sua agonia, por dias, semanas ou meses. Em tais casos, a morte não implica o fim da agonia, pois a perturbação continua e ele, sentindo que vive, sem saber definir seu estado, sente e se ressente da doença que pôs fim aos seus dias, permanecendo com essa impressão indefinidamente, uma vez que continua ligado à matéria por meio de pontos de contato do perispírito com o corpo. 
8. Dá-se o contrário com o homem que se espiritualizou durante a vida. Depois da morte, nem uma só reação o afeta. Seu despertar na vida espiritual é como quem desperta de um sono tranquilo, lépido, para iniciar uma nova fase de sua vida. 
No suicídio, a separação da alma é bastante dolorosa
9. Nas mortes violentas, como nos acidentes, nenhuma desagregação teve início antes da separação do perispírito. Nesse caso, o desprendimento só começa depois da morte e seu término não ocorre rapidamente. O Espírito fica aturdido, não compreende o seu estado, permanecendo na ilusão de que vive materialmente por período mais ou menos longo, conforme o seu nível de espiritualização.
10. Nos casos de suicídio, a separação da alma é extremamente dolorosa. Constituindo o suicídio um atentado contra a vida, o sofrimento quase sempre permanece por período igual ao tempo em que o Espírito deveria estar encarnado. Além disso, as dores da lesão física provocada repercutem no Espírito. A decomposição do corpo e sua destruição pelos vermes são sentidas em detalhes pelo Espírito desencarnado, conquanto tal fato não constitua regra geral. Há ademais o remorso, gerando sofrimento moral para aquele que decidiu desertar da vida.
11. O espírita sério, adverte-nos Kardec, não se limita a crer, porque compreende, e compreende, porque raciocina. A vida futura é para ele uma realidade que se desenrola incessantemente aos seus olhos, uma realidade que ele toca e vê a cada passo e de tal modo que a dúvida não pode ter guarida em sua alma. A existência corporal, tão limitada, amesquinha-se diante da vida espiritual. Que lhe importam os incidentes da jornada, se compreende a causa e a utilidade das vicissitudes humanas quando suportadas com resignação?
12. A alma se eleva então em suas relações com o mundo visível; os laços fluídicos que o ligam à matéria enfraquecem-se, operando por antecipação um desprendimento parcial que facilita a passagem para a outra vida. A perturbação consequente à transição pouco perdura, porque, uma vez franqueado o passo, para logo se reconhece, nada estranhando, mas antes compreendendo sua nova situação.  
Respostas às questões propostas
1. O momento da morte é doloroso?
A respeito do assunto, Kardec recebeu dos Espíritos a informação de que o corpo quase sempre sofre mais durante a vida do que no momento da morte e que os sofrimentos que algumas vezes se experimentam no instante da morte são um gozo para o Espírito.
2. A desencarnação é igual para todas as pessoas?
Não. Ao contrário, há uma variação muito grande, tão grande quanto as diferentes formas de viver adotadas pelos encarnados. 
3. A separação da alma é feita de forma gradual, ou isso depende do tipo de morte corporal?
A separação da alma é feita de forma gradual, pois o Espírito se desprende pouco a pouco dos laços que o prendem, de forma que as condições de encarnado ou desencarnado, no momento do desenlace, se confundem e se tocam, sem que haja uma linha divisória entre as duas.
4. Que fatores podem influir para que o desprendimento ocorra com maior ou menor facilidade?
A desmaterialização da alma é um desses fatores. Na morte de uma pessoa que se espiritualizou durante a vida e cujos pensamentos se destacam das coisas terrenas, o desprendimento quase se completa antes da morte real, ou seja, tendo o corpo ainda vida orgânica, o Espírito já começa a penetrar a vida espiritual, apenas ligado à matéria por elo tão frágil que se rompe com a última pancada do coração. E seu despertar na vida espiritual é como quem desperta de um sono tranquilo, lépido, para iniciar uma nova fase de sua vida. 
5. Como é a separação da alma nos casos de suicídio?
Nos casos de suicídio, a separação da alma é extremamente dolorosa. Constituindo o suicídio um atentado contra a vida, o sofrimento quase sempre permanece por período igual ao tempo em que o Espírito deveria estar encarnado. Além disso, as dores da lesão física provocada repercutem no Espírito. A decomposição do corpo e sua destruição pelos vermes são sentidas em detalhes pelo Espírito desencarnado, conquanto tal fato não constitua regra geral. 
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 154 e 155.   
O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, Parte 1, itens 2, 8, 9 e 14. 
Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:
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sexta-feira, 2 de março de 2018

CRISTIANISMO E ESPIRITISMO REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI






Cristianismo e Espiritismo
Léon Denis
Parte 15
Continuamos o estudo do livro Cristianismo e Espiritismo, que estamos realizando com base na 6ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira, tradução de Leopoldo Cirne.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 
Questões preliminares
A. Qual é, no processo de evolução dos Espíritos, a importância da educação moral?
B. Por que o Espiritismo considera importante a doutrinação dos Espíritos culpados? 
C. A interdição das sessões espíritas, verificada durante a Idade Média, foi benéfica ou prejudicial à sociedade terrena? 
Texto para leitura
187. Graças à doutrina dos Espíritos, o homem compreende, finalmente, o objetivo da existência; nela vê um meio de educação e reparação; cessa de maldizer o destino e acusar Deus. (P. 239)
188. Todos reconhecem a necessidade de uma educação moral, suscetível de regenerar a sociedade. Por muito tempo acreditou-se ter sido bastante difundir a instrução; mas a instrução, sem o ensino moral, é impotente e estéril. É preciso, antes de tudo, fazer da criança um homem; não basta desenvolver a inteligência, é necessário formar o caráter, fortalecer a alma. (P. 240)
189. Conhecidas as condições da vida futura, o objetivo da existência se define. O homem compreende, então, que não veio a este mundo para desfrutar prazeres frívolos, satisfazer pueris e fúteis ambições, mas para desenvolver as suas faculdades superiores, corrigir defeitos, pôr em prática tudo o que pode contribuir para a sua elevação. (P. 241)
190. O ensino espírita nos mostra que a vida é combate pela luz e que a luta e as provas só hão de cessar com a conquista do bem moral. Esse pensamento retempera as almas e prepara-as para as ações nobres e os grandes empreendimentos. (P. 241)
191. Por isso a influência moralizadora do Espiritismo penetra pouco a pouco nos mais diversos lugares, dos mais cultos aos mais degradados e obscuros; o depoimento dos forçados de Tarragona comprova isso. (P. 241)
192. Graças aos conselhos dos Espíritos, muitos hábitos viciosos têm sido coibidos e a paz se restabeleceu em muitos lares perturbados. Ele preservou também do suicídio grande número de desesperados, restituindo-lhes a coragem. (PP. 242 e 243)
193. A ação salutar do Espiritismo não se exerce unicamente entre os homens; estende-se também aos habitantes do espaço, a quem podemos consolar e esclarecer, arrancando-os ao mal, ao ódio e ao desespero. (P. 244)
194. Há nisso um dever imperioso: o dever do homem de bem, que o Espiritismo eleva à dignidade de educador e guia dos Espíritos ignorantes ou perversos. É, ao mesmo tempo, o mais seguro meio de sanear fluidicamente a atmosfera da Terra. É nesse intuito que todo círculo espírita consagra parte de suas sessões à instrução e moralização desses Espíritos.  (PP. 244 e 245)
195. Os Espíritos elevados, em virtude da natureza sutil do seu perispírito, encontram muito mais dificuldade do que os homens em comunicar com esses Espíritos, em razão da diferença de afinidade. Eis então a importância desse trabalho. (P. 245)
196. Como a Igreja havia interditado toda relação entre os homens e os Espíritos, os desencarnados retidos por seus fluidos grosseiros na atmosfera terrestre, em permanente contato com os homens acessíveis à sua influência, não visavam senão um fim: fazer os homens compartilharem das torturas que acreditavam sofrer. Foi por isso que durante toda a Idade Média viram-se multiplicar os casos de obsessão e possessão. (PP. 245 e 246)
197. Em lugar de procurar congraçá-los por meio de preces, a Igreja não teve para eles senão anátemas e maldições: ela não procede senão por meio dos exorcismos, recurso impotente, cujo único resultado é irritar os maus Espíritos. (P. 246)
198. A Igreja entendia também que nenhum sentimento de piedade e caridade subsistia no coração dos crentes e dos bem-aventurados a respeito dos que tivessem sido seus pais, parentes e companheiros na existência terrena. (P. 247)
199. Essa doutrina monstruosa, partilhada por S. Tomás de Aquino e S. Bernardo, difere de tudo que é ensinado pelo Espiritismo, que exerce, como se vê, benéfica influência na Terra e no espaço. (PP. 247 e 248) (Continua na próxima edição.)
Respostas às questões preliminares
A. Qual é, no processo de evolução dos Espíritos, a importância da educação moral?
Sua importância é muito grande, porque, graças à doutrina dos Espíritos, o homem compreende o objetivo da existência, vê nela um meio de educação e reparação, cessa de maldizer o destino e reconhece a necessidade de uma educação moral, suscetível de regenerar a sociedade. Por muito tempo acreditou-se ter sido bastante difundir a instrução; mas a instrução, sem o ensino moral, é impotente e estéril. É preciso, antes de tudo, fazer da criança um homem; não basta desenvolver a inteligência, é necessário formar o caráter, fortalecer a alma. (Cristianismo e Espiritismo, cap. XI, pp. 239 a 241.)
B. Por que o Espiritismo considera importante a doutrinação dos Espíritos culpados? 
A ação salutar do Espiritismo não se exerce unicamente entre os homens; estende-se também aos habitantes do espaço, a quem podemos consolar e esclarecer, arrancando-os ao mal, ao ódio e ao desespero. Há nisso um dever imperioso: o dever do homem de bem, que o Espiritismo eleva à dignidade de educador e guia dos Espíritos ignorantes ou perversos. É, ao mesmo tempo, o mais seguro meio de sanear fluidicamente a atmosfera da Terra. É nesse intuito que todo círculo espírita consagra parte de suas sessões à instrução e moralização desses Espíritos, visto que os Espíritos elevados, em virtude da natureza sutil do seu perispírito, encontram muito mais dificuldade do que os homens em comunicar com esses Espíritos, em razão da diferença de afinidade. Eis então a importância desse trabalho. (Obra citada, cap. XI, pp. 244 e 245.)
C. A interdição das sessões espíritas, verificada durante a Idade Média, foi benéfica ou prejudicial à sociedade terrena? 
Foi prejudicial. Havendo a Igreja interditado toda relação entre os homens e os Espíritos, os desencarnados retidos por seus fluidos grosseiros na atmosfera terrestre, em permanente contato com os homens acessíveis à sua influência, não visavam senão um fim: fazer os homens compartilharem das torturas que acreditavam sofrer. Foi por isso que durante toda a Idade Média viram-se multiplicar os casos de obsessão e possessão. Em lugar de procurar congraçá-los por meio de preces, a Igreja não teve para eles senão anátemas, maldições e exorcismos, recurso impotente, cujo único resultado é irritar os maus Espíritos. (Obra citada, cap. XI, pp. 245 a 247.)
Nota:
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