sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

O FENNÔMENO ESPÍRITA POR DANIEL DELANNE REPRODUZIDO EM BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI






O Fenômeno Espírita

Gabriel Delanne

Parte 3

Damos sequência ao estudo do clássico O Fenômeno Espírita, de Gabriel Delanne, conforme o texto da 4ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira, com base em tradução de Francisco Raymundo Ewerton Quadros. O estudo será aqui apresentado em 12 partes.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões preliminares

A. Que repercussão teve na França o surgimento de “O Livro dos Espíritos”?
B. Como estava em 1893, quando da elaboração deste livro, o movimento espírita na Europa?
C. Delanne referiu-se também, em seu livro, ao movimento espírita na América latina?
D. Que razões, na opinião de Delanne, nos levam a crer que os fatos espíritas não são produto de fraude ou de ilusão?

Texto para leitura

34. A luta na Inglaterra contra o Espiritismo não foi menos vivaz que nos Estados Unidos, mas os convertidos não recearam dar afirmação nítida e franca de sua mudança de ideias. Curiosamente, um dos céticos mais tenazes, que fizera grande campanha contra a nova doutrina, acabou convertendo-se, depois de quinze anos: O dr. Georges Sexton. (P. 37)
35. Dez anos antes desta obra de Delanne, uma agremiação intitulada “Society for Psychical Research” abriu um grande inquérito sobre as aparições. A Sociedade publicou regularmente o relatório de seus trabalhos nos “Proceedings”, e editou um livro: “Phantasms of the Living”, que relata mais de 200 casos de aparições bem averiguadas. (PP. 37 e 38)
36. A notícia dos fenômenos misteriosos que se produziam na América suscitou na França viva curiosidade e, em pouco tempo, a experiência das mesas girantes atingiu um grau extraordinário. (P. 38)
37. Em 1857, o Barão de Guldenstubbé publicou um livro, “La Réalité des Esprits”, onde se encontram relatadas as primeiras experiências de escrita direta obtidas na França. O livro não teve, porém, grande sucesso. (PP. 38 e 39)
38. Quando surgiu, no mesmo ano, “O Livro dos Espíritos”, de Kardec, essa publicação atiçou a guerra, e o público soube, com espanto, que o que tinha sido considerado até então como distração encerrava as mais profundas deduções filosóficas. (P. 39)
39. De todas as partes elevou-se uma gritaria contra Kardec. Jornais, revistas e academias protestaram, mas, honra seja feita, não se viram na França as cenas de violência que tinham acolhido o Espiritismo na América. (P. 39)
40. Duas correntes de opiniões se formaram nitidamente. Para uns, o fenômeno não tinha nenhuma realidade. Tal foi a opinião da Academia e dos srs. Babinet e Chevreul. Para outros, os deslocamentos da mesa e suas respostas eram devidos a uma ação magnética, sem participação de Espíritos. (P. 39)
41. As pesquisas levaram grande número de experimentadores a concluir que, nos movimentos das mesas, havia algo mais que pura ação física. Admitiu-se, então, a existência de forças psíquicas que poderiam agir sobre a matéria e dois horizontes se descortinaram. Os filósofos espiritualistas concluíram a favor das comunicações das almas de pessoas falecidas, enquanto os religiosos atribuíam os fatos a Satanás. (P. 40)
42. Auguste Vacquerie relatou, então, as experiências que fez em companhia da  sra. de Girardin em casa de Victor Hugo, em Jersey, atestando, no seu depoimento, sua crença nos Espíritos batedores. (P. 41)
43. Delanne menciona declarações pró-Espiritismo de Victor Hugo, Victorien Sardou e Eugène Bonnemère e diz que Camille Flammarion, Théophile Gautier , Maurice Lachâtre e dr. Paul Gibier foram espíritas. (PP. 41 e 42)
44. O movimento estava então, na França, mais florescente do que nunca. (N.R.: Este livro é de 1893.) (P. 42)
45. Existia em Paris regular quantidade de pequenos Centros espíritas e duas Sociedades abriam suas portas ao público: a Federação Espírita e a Sociedade de Espiritismo Científico. As principais cidades da França contavam com uma organização de propaganda bem estabelecida e havia diversos jornais espíritas, dentre eles a “Revista Espírita”. A recrudescência do movimento Delanne atribui ao Congresso Espírita de Paris, realizado em 1889. (P. 43)
46. Na Alemanha, Delanne cita os trabalhos do dr. Kerner, que foi levado a constatar fenômenos espíritas em 1840, ao ministrar seus cuidados à sra. Hauffe, mais conhecida sob o nome de Vidente de Prévorst. (PP. 43 e 44)
47. No mesmo país destacam-se as experiências realizadas pelo célebre astrônomo Zöllner, professor na Universidade de Leipzig, com o médium Slade. O famoso astrônomo relata em sua obra o curioso fenômeno de penetração de uma matéria por outra matéria, pela ação de inteligências desencarnadas, imaginando para tanto a existência de uma quarta dimensão da matéria. Seu testemunho foi confirmado por Fechner, pelo professor Ulrici e pelo célebre fisiologista Weber. (P. 44)
48. Outras sumidades do campo científico que aderiram ao Espiritismo são mencionadas, a seguir, por Delanne: o professor Butlerof e o conselheiro Alexander Aksakof, ambos da Rússia; e os professores Ercole Chiaia e Lombroso, da Itália, devendo notar-se que em 1893, ano desta obra, Lombroso não havia ainda aderido às teses espíritas. (PP. 45 e 46)
49. A Bélgica é descrita por Delanne como tendo um movimento espírita ardente e organizado como na França; mas é a Espanha que o autor considera como sendo o país onde o número de espíritas é, proporcionalmente, maior que em qualquer outro lugar, e onde existiam jornais e Sociedades espíritas bem organizadas em todas as cidades importantes. (P. 46)
50. Pode-se dizer – afirma Delanne – que o Espiritismo possui partidários convictos em todo o mundo. E relaciona diversos periódicos publicados na América latina, como as revistas “Reformador”, do Rio de Janeiro, e “Constancia”, de Buenos Aires. Segundo ele, o Paraná possuía à época três periódicos espíritas. (P. 47)
51. Concluindo, diz ele que, como foi visto, milhões de pessoas adotam as crenças espíritas. O movimento nascido na América em 1848 propagou-se, pois, com inaudita rapidez, e 150 jornais ou revistas instruem o público sobre as teorias novas. Delanne arrola, então, as quatro razões pelas quais é impossível que os fatos espíritas sejam resultado de fraude ou de ilusão:
1ª. Eles têm sido estudados por sábios eminentes, aptos para se pronunciarem, com conhecimento de causa, sobre a validade das experiências;
2ª. As experiências têm sido analisadas, grande número de vezes, por observadores independentes, céticos a princípio, e o resultado obtido tem sido idêntico em todos os países;
3ª. Esses fenômenos oferecem, em todas as latitudes, os mesmos caracteres fundamentais, donde resulta que são devidos à mesma causa;
4ª. Por último, os fatos ditos espíritas e sua autenticidade são tais que é impossível negá-los sem um exame aprofundado.  (PP. 48 e 49)
52. As experiências da sra. de Girardin em casa de Victor Hugo, em Jersey, são descritas por Delanne, conforme relato de Auguste Vacquerie em seu livro “Les Miettes de l’Histoire”. (PP. 51 a 54)

Respostas às questões preliminares

A. Que repercussão teve na França o surgimento de “O Livro dos Espíritos”?
No ano em que surgiu, “O Livro dos Espíritos” atiçou uma verdadeira guerra de palavras e o público soube, com espanto, que o que tinha sido considerado até então como distração encerrava as mais profundas deduções filosóficas. De todas as partes elevou-se uma gritaria contra Kardec. Jornais, revistas e academias protestaram e duas correntes de opiniões se formaram nitidamente. Para uns, o fenômeno não tinha nenhuma realidade. Para outros, os deslocamentos da mesa e suas respostas eram devidos a uma ação magnética, sem participação de Espíritos. Os filósofos espiritualistas concluíram a favor das comunicações das almas de pessoas falecidas, enquanto os religiosos atribuíam os fatos a Satanás. (O Fenômeno Espírita, págs. 39 a 41.)
B. Como estava em 1893, quando da elaboração deste livro, o movimento espírita na Europa?
Na França, o movimento espírita estava mais florescente do que nunca. Existia em Paris regular quantidade de pequenos Centros espíritas, e duas Sociedades abriam suas portas ao público: a Federação Espírita e a Sociedade de Espiritismo Científico. As principais cidades da França contavam com uma organização de propaganda bem estabelecida e havia diversos jornais espíritas, dentre eles a “Revista Espírita”. Na Alemanha, se destacavam os trabalhos do Dr. Kerner e as experiências realizadas pelo célebre astrônomo Zöllner, professor na Universidade de Leipzig, com o médium Slade. Outras sumidades do campo científico que aderiram ao Espiritismo são mencionadas por Delanne: o professor Butlerof e o conselheiro Alexander Aksakof, ambos da Rússia, e os professores Ercole Chiaia e Lombroso, da Itália. A Bélgica foi descrita por Delanne como tendo um movimento espírita ardente e organizado como na França; mas era na Espanha onde havia um número de espíritas proporcionalmente maior do que em qualquer outro lugar e onde existiam jornais e Sociedades espíritas bem organizadas em todas as cidades importantes. (Obra citada, págs. 42 a 47.)
C. Delanne referiu-se também, em seu livro, ao movimento espírita na América latina?
Sim. Disse ele que o Espiritismo possuía, então, partidários convictos em todo o mundo. E relacionou diversos periódicos publicados na América latina, como as revistas “Reformador”, do Rio de Janeiro, e “Constancia”, de Buenos Aires. Segundo ele, o estado do Paraná possuía à época três periódicos espíritas. (Obra citada, p. 47.)
D. Que razões, na opinião de Delanne, nos levam a crer que os fatos espíritas não são produto de fraude ou de ilusão?
As razões apresentadas por Delanne são estas: 1ª - Eles têm sido estudados por sábios eminentes, aptos para se pronunciarem, com conhecimento de causa, sobre a validade das experiências; 2ª - As experiências têm sido analisadas, grande número de vezes, por observadores independentes, céticos a princípio, e o resultado obtido tem sido idêntico em todos os países; 3ª – Os fatos ditos espíritas oferecem, em todas as latitudes, os mesmos caracteres fundamentais, donde resulta que são devidos à mesma causa; 4ª – Por fim, esses fenômenos e sua autenticidade são tais que é impossível negá-los sem um exame aprofundado.  (Obra citada, págs. 48 a 54.)





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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

CASAIS MENOS FELIZES - REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI





Casais menos felizes

Emmanuel

Se encontraste a felicidade no lar tranquilo, no instante de julgar os companheiros em conflito no casamento, guarda-te em silêncio, se não podes louvá-los em algum ângulo da experiência que atravessam.
Já que conseguiste preservar a essência do amor nos fixadores da amizade e da ternura sem mescla, compadece-te daqueles que, de um momento para outro, se reconheceram defrontados por incompatibilidade e perturbação.
Efetivamente, anotaste-lhes os erros prováveis e lhes viste as atitudes aparentemente impensadas ou inseguras; no entanto, não lhes enxergastes os obstáculos e lágrimas, ansiedades e angústias, na gênese do drama doméstico em que se lhes arrasam as forças e do qual agora talvez consigas observar somente o fim.
Quantos de nós carregamos pesados grilhões de culpas adquiridos em existências passadas? Quantos compromissos teremos relegado para trás, reclamando-nos atenção e pagamento?
Entretanto, quando colocados uns à frente dos outros, nos bastidores caseiros da Terra, por impositivos da reencarnação, comumente fugimos de solucionar os problemas e ressarcir os débitos que nós mesmos criamos.
Que o dever é dever não padece dúvidas, todavia em muitas ocasiões não dispomos da força necessária para cumpri-lo.
E, se no mundo encontramos, por vezes, credores humanos e generosos que nos aguardam com paciência, que dizer do Senhor, cuja justiça se erige em bases de infinita misericórdia?
Se te observas feliz nos laços conjugais, é razoável que não aplaudas aquilo que te pareça desequilíbrio, embora nem sempre o seja, mas não censures os companheiros que a provação vergasta e o desajuste domina.
Em lugar disso, ora por eles e abençoa-os, sem recusar-lhes o apoio e a simpatia de que se mostrem necessitados.
Tanto nós, quanto eles, estamos entregues à Bondade de Deus e, em matéria de ajustamento aos imperativos do amor, nenhum de nós, na Terra, por enquanto, consegue saber com certeza se ainda hoje será para nós o dia de receber auxílio ao invés de auxiliar.

Do livro Chico Xavier pede licença, mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.




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terça-feira, 25 de dezembro de 2018

O HORIZONTE E A LUZ - REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




O horizonte e a luz

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Tudo o que é nobre traz júbilo a quem o faz e a quem o recebe. A nobreza não precisa de hora e local marcados para realizar-se, ela adora ser exercitada. Há algumas épocas que, por talvez animar mais a sensibilidade, são mais propícias a essa atitude, porém o Universo deseja tanto que ações assim sejam mais frequentes e verdadeiras, aliás, ele necessita muito de amor, bondade, honestidade, as doces realizações transformadoras na luz do progresso.
Várias pessoas apenas se perguntam como poderiam começar as mudanças e com esse questionamento perdem tempo na vida, decerto por pensarem que a renovação implica transformações e estas implicam nova reforma de agir e pensar e mudar o que está prático há tanto tempo e desapegar dos vícios certamente não é tão confortável.
Como se conhece a citação “deixar o homem velho e vestir o novo homem”, é assim que se deve iniciar, pois remendos e novas construções sobre edificações condenadas nunca surtiram bons e satisfatórios resultados. Portanto, como o bom senso e a consciência são indiscutíveis atributos para o desenvolvimento, agora é o momento ideal para renovar o caminho, os desejos e viver as novas realizações.
Não haverá mudança por si, no entanto tudo começará a mudar à medida que existirem a intenção e a energia para isso. Se o Natal é a data para uma nova vida com a dádiva da chegada do mais nobre Espírito ao Planeta, então, é evidente a luz incentivadora para a bendita renovação.
Toda base segura, toda horta saudável, todo pomar de doces frutos só existem por possuírem o preparo bem realizado, refeito ou reorganizado e com muito cuidado e amor serem desenvolvidos em cada etapa. Também a exemplo da chuva que renova a vida, o homem, para melhorar, deve renascer.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura:http://contoecronica.wordpress.com/




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segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

LÍNGUA PORTUGUESA REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




Eis mais alguns exemplos de erros comuns que se verificam no uso do idioma português:
1 - O Santos empatou em 1 a 1.
O correto: O Santos empatou por 1 a 1.
Explicação: em frases assim, em caso de vitória, derrota ou empate, usa-se a preposição “por”. Exemplos: O time empatou por 1 a 1. O Vasco ganhou por 2 a 1. O Santos perdeu por 3 a 2.
2 - Ela ficou contente por causa que ninguém se machucou.
O correto: Ela ficou contente porque ninguém se machucou.
Explicação: a locução “por causa que” não existe. Devemos usar em casos assim a conjunção porque.
3 - À medida em que ele falava, tudo se acalmava.
O correto: À medida que ele falava, tudo se acalmava.
Explicação: a locução “à medida em que” constitui um equívoco.
4 - Os torcedores tem razão em protestar.
O correto: Os torcedores têm razão em protestar.
Explicação: o presente do indicativo do verbo “ter” apresenta as seguintes formas: eu tenho, tu tens, ele tem; nós temos, vós tendes, eles têm. Note-se que a forma do plural é graficamente acentuada. Verifica-se o mesmo com o verbo “vir”: eu venho, tu vens, ele vem; nós vimos, vós vindes, eles vêm.
5 - Ele sentou na mesa para comer.
O correto: Ele sentou-se à mesa para comer.
Explicação: as pessoas educadas não se sentam na mesa para comer, mas à mesa, isto é, próximas dela.




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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

SINTOMAS PRECURSORES DA MEDIUNIDADE - REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




Sintomas precursores da mediunidade

Este é o módulo 111 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Por que a algumas pessoas é concedida a faculdade mediúnica?
2. Quais são os sintomas precursores da mediunidade?
3. Por que a maioria dos médiuns, sobretudo no início das suas tarefas na mediunidade, se envolve com problemas diversos ligados às suas faculdades?
4. Os médiuns, em sua generalidade, podem ser considerados missionários na acepção comum do termo?
5. Por que a existência de muitos médiuns é pontilhada de dificuldades, provações e desventuras?

Texto para leitura

A mediunidade manifesta-se por toda a parte, nos mais diferentes lugares
1. A mediunidade, na maioria das vezes, é um dom que o Espírito pede diante da sua necessidade de, uma vez encarnado,  conscientizar-se de forma indelével de sua condição de Espírito eterno. Ele é também instrumento de agilização do seu progresso espiritual. 
2. É por causa disso que, independentemente das próprias convicções, muitas vezes contrárias à realidade espiritual, surge a faculdade mediúnica ampliando a sensibilidade do homem para a percepção do ambiente espiritual que o circunda, de modo que, atendendo a esse objetivo, ela se manifesta em crianças e em velhos, em homens e em mulheres, quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento intelectual e o nível moral das pessoas.
3. Ignorando, muitas vezes, os recursos mediúnicos de que é dotado, o indivíduo começa então a sentir-se envolto em problemas, geralmente sem causas definidas, tais como um mal-estar generalizado, o desequilíbrio emocional fácil, as enfermidades que aparecem e desaparecem sem explicações médicas claras, determinados desentendimentos no lar, problemas profissionais diversos e muitas outras formas de desarmonia pessoal, familiar, social e profissional.
4. É em tais situações que, pressionada pelas circunstâncias e sem encontrar solução na religião que professa, a pessoa bate à porta do Centro Espírita, onde deve sempre ser recebida com os mais nobres sentimentos de solidariedade, compreensão, esclarecimento e ajuda.

Os sintomas precursores da mediunidade variam ao infinito
5. Algo bastante comum é o principiante espírita querer saber que tipo de faculdade mediúnica possui, e um dos recursos mais utilizados é procurar informar-se com os Espíritos por meio de outros médiuns, o que nem sempre é uma boa medida e não oferece segurança àquele que indaga, como explica Kardec em O Livro dos Médiuns, capítulo XVII, item 205.
6. Os sintomas que anunciam a mediunidade variam ao infinito. Martins Peralva os enumera: reações emocionais insólitas, calafrios e mal-estar, sensação de enfermidade, irritações estranhas... Algumas vezes, porém, pode a faculdade mediúnica eclodir sem nenhum sintoma, espontânea, exuberante. É por isso que a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade, o estudo e o trabalho constituem fatores de extrema valia na educação e no desenvolvimento da faculdade mediúnica.
7. Registre-se, no entanto, que o mais comum é vermos a mediunidade vinculada à dor, sobretudo no seu início, o que não é difícil de compreender, uma vez que vivemos em um mundo de expiações e provas, habitado por seres encarnados e desencarnados com os quais nos afinizamos e em quem predomina a imperfeição moral, expressa na forma de inveja, ciúme, ódio, despeito, vingança e tantos outros filhos do orgulho e da ignorância. São as vibrações decorrentes dessas imperfeições que o médium iniciante, com a sensibilidade ampliada, passa a sentir, sem ter ainda condições de lhes oferecer resistência, o que lhe virá posteriormente com o trabalho nobre, a perseverança no bem, o estudo sério, a oração e a vigilância. 
8. Conquanto existam no mundo médiuns que vieram ao orbe com tarefas importantes definidas, os médiuns não são, em sua generalidade, missionários na acepção comum do termo. São, em grande número de casos, almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram sobremaneira o curso das leis divinas e que resgatam seu passado obscuro e delituoso, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades. Essas palavras, grafadas por Emmanuel, fazem parte do livro Emmanuel, cap. XI, que Chico Xavier psicografou.

A faculdade mediúnica constitui um instrumento de progresso valioso
9. Arrependidos, esses Espíritos procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insânia. Não é, pois, de admirar que as existências dos médiuns em geral têm-se constituído em romances dolorosos, em vidas de amargurosas dificuldades, em histórias repletas de provações, continências e desventuras. 
10. Em tais casos, a mediunidade não é uma conquista do Espírito para a eternidade, mas uma concessão temporária, que constitui um instrumento extremamente valioso, embora difícil e complexo, o qual, se bem aproveitado, ensejará ao indivíduo uma ascensão espiritual mais rápida e o libertará dos débitos acumulados no passado.
11. A mediunidade é, bem se vê, uma prova muitas vezes dolorosa, mas sempre necessária ao enriquecimento espiritual da pessoa. A exemplo dos “talentos” de que nos fala o Evangelho, dependendo do que fizer com ela, o médium granjeará “talentos” maiores e mais nobres, observando-se sempre, nesse particular, a regra evangélica de que a cada um será dado sempre de acordo com o seu merecimento.
12. Todos somos médiuns, asseverou o codificador do Espiritismo, mas nem sempre possuímos uma faculdade operante capaz de ser transformada ou caracterizada como mediunidade-tarefa. Nesse caso, todos os esforços por desenvolvê-la serão infrutíferos. Não devemos, no entanto, deixar-nos envolver pelo desânimo e, sim, abraçar com alegria outras tarefas na seara espírita, até mesmo nas reuniões mediúnicas, onde há espaço para a atuação dos médiuns passistas e dos médiuns esclarecedores, convictos de que, independentemente de possuirmos ou não uma mediunidade produtiva, o objetivo fundamental da nossa presença no mundo é servir sempre e fazer a parte que nos cabe na obra do Criador.

Respostas às questões propostas

1. Por que a algumas pessoas é concedida a faculdade mediúnica?
A mediunidade é, na maioria das vezes, um dom que o Espírito pede diante da sua necessidade de, uma vez encarnado, conscientizar-se de forma indelével de sua condição de Espírito eterno. Esse dom é também instrumento de agilização do seu progresso espiritual. Eis por que a faculdade mediúnica é concedida a determinadas pessoas. 
2. Quais são os sintomas precursores da mediunidade?
Os sintomas que anunciam a mediunidade variam ao infinito. Martins Peralva os enumera: reações emocionais insólitas, calafrios e mal-estar, sensação de enfermidade, irritações estranhas... Algumas vezes, porém, pode a faculdade mediúnica eclodir sem nenhum sintoma, espontânea, exuberante. É por isso que a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade, o estudo e o trabalho constituem fatores de extrema valia na educação e no desenvolvimento da faculdade mediúnica.
3. Por que a maioria dos médiuns, sobretudo no início das suas tarefas na mediunidade, se envolve com problemas diversos ligados às suas faculdades?
Esse fato não é difícil de compreender, uma vez que vivemos em um mundo de expiações e provas, habitado por seres encarnados e desencarnados com os quais nos afinizamos e em quem predomina a imperfeição moral, expressa na forma de inveja, ciúme, ódio, despeito, vingança e tantos outros filhos do orgulho e da ignorância. São as vibrações decorrentes dessas imperfeições que o médium iniciante, com a sensibilidade ampliada, passa a sentir, sem ter ainda condições de lhes oferecer resistência, o que lhe virá posteriormente com o trabalho nobre, a perseverança no bem, o estudo sério, a oração e a vigilância. 
4. Os médiuns, em sua generalidade, podem ser considerados missionários na acepção comum do termo?
Não. Embora existam no mundo médiuns que vieram ao orbe com tarefas importantes definidas, os médiuns não são, em sua generalidade, missionários na acepção comum do termo. São, em grande número de casos, almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram sobremaneira o curso das leis divinas e que resgatam seu passado obscuro e delituoso, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, como informa Emmanuel em seu livro Emmanuel, cap. XI, que Chico Xavier psicografou.
5. Por que a existência de muitos médiuns é pontilhada de dificuldades, provações e desventuras?
Conforme foi dito na resposta anterior, os Espíritos que fracassaram no passado, uma vez arrependidos, procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insânia. Eis por que as existências de muitos médiuns constituem-se, de um modo geral, em romances dolorosos, em vidas de amargurosas dificuldades, em histórias repletas de provações, continências e desventuras. 

Bibliografia:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, itens 200, 205 e 210.
O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, questão 383.
Emmanuel, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 66 e 67.
Encontro Marcado, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, p. 133.
Mediunidade e Evolução, de Martins Peralva, pp. 19 a 21.
Dimensões da Verdade, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, pp. 19 a 21.

Observação:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:




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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

CORDIALMENTE IRMÃO X ESPÍRITO - REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI





Cordialmente

Irmão X (espírito)

E se você perdoasse?
Declara-se aflito e exausto. Aproximou-se do Espiritismo, como quem busca a fonte de águas vivas. Deslumbrado, feliz, você saciou a sede de conhecimento e consolação. Sentiu a grandeza da vida que se estende, sublime, além da morte, e passou a cooperar a fim de que outros recebessem a mesma dádiva.
Entretanto, alega a impossibilidade de ajustar-se às demais peças da máquina de serviço. Assevera, contrafeito, haver encontrado na organização doutrinária a inconsciência, a insensatez, a desconfiança e a maldade. Afirma que os irmãos não vibram no mesmo ritmo de fraternidade com que seu coração vai marcando as horas renovadoras.
Suas boas intenções são deturpadas, seus melhores sentimentos feridos...
No entanto, que lavrador do mundo encontrou o campo sem obstáculos e sem erva daninha, convidando-o ao amor da sementeira inicial?
Se você, de mãos postas no arado da própria redenção, avançasse, firme, no esforço silencioso, provavelmente não seria defrontado pelo desapontamento.
Não espere que o amigo venha ao encontro de suas necessidades, nem estabeleça dívidas de gratidão que você mesmo teria dificuldade de aceitar.
Não fomos chamados a servir entre anjos.
Criaturas imperfeitas quais somos, por que exigir um paraíso com exclusividade para os nossos desejos? Permanecemos num imenso campo de trabalho, onde cada servo foi trazido pelos Desígnios Superiores a recanto diferente.
O Espiritismo Evangélico detém gloriosa tarefa a concretizar-se através da colaboração dos homens de boa vontade. Se não nos sentirmos edificados para a melhoria dos outros, como realizar o cometimento?
Além disso, não creia seja você o único a tolerar. Todos nós arquivamos traços condenáveis na personalidade que outros suportam a seu turno.
Falhando-nos o senso de auxílio mútuo, como garantir a integridade das obras? Por que a demora na exasperação ou no desânimo, se há tanto serviço nobre por fazer? Por que disputar funções alheias se cada qual de nós está situado na posição em que será possível produzir mais e melhor?
As abelhas, em plena atividade da colmeia, quando visitadas por algum detrito, não perdem tempo, atribuindo-lhe demasiada importância. Envolvem o elemento indesejável em cera isolante e prosseguem na abençoada faina do mel.
Esqueçamos também o mal perturbador para que o bem não sofra perigoso intervalo.
Depois do sepulcro, na maioria das vezes, é que descobrimos o valor dos detritos nos círculos de luta em que você ainda se encontra.
O corpo constitui para a alma o que a enxada representa para o lavrador –  instrumento bendito para a aquisição de experiência. E acaso poderíamos justificar a deserção do agricultor, diante de pedras e espinheiros? Para que a enxada? Para que a oportunidade de elevação?
Não menoscabe o seu ensejo de aprender, trabalhar e servir.
Quanto à imperfeição dos companheiros, lembre-se de que o doente reclama remédio, tanto quanto o abismo anseia plenitude.
As visões gloriosas e as gloriosas revelações não traduzem mais que responsabilidade.
Paulo de Tarso contempla Jesus, radiante de beleza celestial, às portas de Damasco, todavia, voltando a si do êxtase divino, repara que a paisagem é a mesma e que os seus problemas individuais continuam inalteráveis, exigindo-lhe alta capacidade de renunciação e sacrifício para resolvê-los perante as Leis Eternas. O próprio Mestre, depois de maravilhosamente transfigurado no Tabor, desce o mente iluminado para escalar a cruz em plena sombra.
Que deseja, pois, meu amigo?
Voar sem asas? Não intente. Por enquanto trabalhe por alcançá-las.
É provável que você se aborreça com o meu parecer.
Esta opinião, porém, é de um “morto” para um “vivo” e, por isto mesmo, não tem maior importância.
Se você puder aproveitá-la, parabéns, merece pela atitude arrojada, diante de si próprio, mas se estiver incapacitado, continue procurando a “boa vida” até que a morte lhe descerre a visão.
A essa altura, aprenderá muita lição útil na compulsória, engaiolado no “cárcere do tempo perdido”, contudo, nem por isso esteja abatido e desconsolado porque você não será o primeiro.

Do livro Histórias e Anotações, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



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