terça-feira, 31 de outubro de 2017

O FRUTO AMARGO DO NOSSO POMAR!

Traduzindo,  a violência é o fruto amargo do nosso pomar!  Todos  nós  temos a nossa parcela de contribuição nessa desgraça,  ainda que seja involuntária.  E, para entendermos  é preciso  que façamos a ligação entre o passado, o presente e o futuro.  Em época passada,  setembro de 1993 em Rosário foi realizado um Seminário  Regional sobre  os Direitos da Criança e do Adolescente. O evento  aconteceu no salão de dança, do Hotel Roda Viva e a palestrante  era Elizabeth Farias de Sousa  Assistente Social e  ex-funcionária  do  CBIA-  Centro para à Infância e Adolescência, já extinto  pelo governo de FHC Fernando Henrique Cardoso.

Nesse encontro  se fizeram  presentes:  Axixá,  Bacabeira,  Icatu e Presidente Juscelino.  A promotora de Justiça da Comarca de Rosário passou o dia inteirinho com nosco e quando de sua fala, ela se comprometeu com a causa. Nessa oportunidade  representava  a prefeitura de Rosário o  engenheiro agrônomo  Antônio Costa Ferreira  (Miruca) estava titular da SEMAS – Secretária Municipal de Assistência Social.  Durante  o evento  percebeu-se  de que havia  uma euforia  para estudarem  o Estatuto da Criança e do Adolescente.  Não  passou disso:

Eu representava a sociedade civil e estava firme estudando e  mobilizando  entidades.  Fundamos o Fórum  de   Entidades Civis de Defesa dos  Direitos da Criança e do Adolescente. Os debatedores  era um público formado por 17 pessoas.  Nesse ínterim,  eu fui convidado  por Maria de Lourdes Silva presidente da Associação de Moradores do Paraíso para realizar palestra sobre o assunto.  Quando eu iniciei  todos conversavam e quando eu terminei a fala que durou 15 minutos e perguntei se haviam entendido, todos ficaram calados.

Na minha exposição  eu alertei para a carrocinha de menores abandonados.  Expliquei  com clareza  e disse: se hoje nós não nos organizarmos iremos nos deparar  com momentos  tristes  em  que filhos de pobres  irão matar filhos de pobres.  Tempo passou, a Senhora Claudina  que havia participado  da palestra  me disse que  as pessoas não entenderam e nem gostaram  do que eu falei. Filho de  pobre matar filho de pobre!

Quando  iniciou a matança em Rosário Claudina me  disse  Seu Reinaldo  eu  lembro  de suas palavras! Filho de pobre  é quem mata  os filhos dos pobres!.  Se você entender  do que trata a legislação do ECA  vai chegar a conclusão de que é  necessário  a Educação. Por tais razões  eu elaborei  uma proposta científica: Educação Familiar! Porque não foi implantada essa proposta? Por causa  da ignorância e da preguiça!  ( Todos somos ignorantes e preguiçosos)
Com tudo que está acontecendo, já pensou  nos malis da mesada dada pela prefeitura?  Já pensou no malefício  do melhor pedir do que roubar?  Por favor, não  dê exemplos  que indignifique as crianças e os adolescentes. O seu mau exemplo  é o estímulo  a violências de toda ordem!

REINALDO CANTANHÊDE LIMA – Aposentado, Sindicalista,  Autodidata, Educador Alternativo, Agente Social Voluntário e Mobilizador Social.  Blog www.reinaldocantanhêde.blospot.com – E-mail : reinaldo.lima01@oi.com.br



quarta-feira, 25 de outubro de 2017

PÍLULAS GRAMATICAIS (280) REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Pílulas gramaticais (280)




Depois de ler o artigo “Pequenos códigos”, de Miguel Sanches Neto, publicado numa das edições do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba (PR), um leitor perguntou-nos como os portugueses conseguem acompanhar e entender as novelas da Globo, que costumam obter em Portugal grandes índices de audiência.
Realmente, embora o idioma adotado seja o mesmo, existe grande diferença entre Brasil e Portugal no modo de falar e na escolha dos vocábulos utilizados na conversação cotidiana.
Se alguém duvida, sintonize uma emissora de rádio de Portugal e tente acompanhar a transmissão de uma partida de futebol. Depois dessa experiência, a conclusão é inevitável: para viver em Portugal temos de nos adaptar e aprender a falar de maneira que eles, os portugueses, nos entendam e que nós possamos de igual modo compreendê-los.
A título de exemplo, veja este texto publicado em um dos sites esportivos de Portugal:

“Já pode fazer a sua equipa do e-Golo com vista à 34ª e última jornada da Liga.
Encerrada a contabilidade da ronda anterior (a classificação já está disponível), estão reabertas as transferências e as equipas, para que possa começar a definir as suas escolhas.
Como a jornada arranca só no sábado de manhã, permitimos alterações nas equipas até às 23h30 da véspera, sexta-feira, dia 13 de maio.
Boas escolhas!
Aceda à página do e-Golo.”

Do artigo de Miguel Sanches Neto, conhecido escritor paranaense então radicado na pátria de Camões, extraímos algumas informações realmente curiosas. Aqui estão algumas delas para que o leitor, caso se interesse pelo assunto, tente “traduzi-las” para o português que falamos no Brasil:
1. Ó, m´nina, dê-me um pé de salada.
2. No mercado uma mulher grita: - Paninhos de secar loiça!
3. Ele atendeu o telemóvel e disse: - Toooou!
4. Na hora de preencher o cadastro: - O senhor pode informar a porta?
5. No bar o jovem pediu: - Quero um fino.
6. No restaurante, um prato típico: - Pica no chão.
7. Na quermesse o cartaz anuncia: - Porras recheadas.
Eis, segundo Miguel Sanches Neto, a “tradução”:
1. Ó, menina, dê-me um pé de alface.
2. No mercado uma mulher grita: - Panos de prato!
3. Ele atendeu o celular e disse: - Alô!
4. Na hora de preencher o cadastro: - O senhor pode informar o número de sua casa?
5. No bar o jovem pediu: - Quero um chope.
6. No restaurante, um prato típico: - Prato feito com galinha caipira e preparado com sangue.
7. Na quermesse o cartaz anuncia: - Churros recheados.
Depois, quando nos dizem que o idioma português poderia ser usado como código secreto de guerra, quem somos nós para contestar?!



Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link:http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



sábado, 21 de outubro de 2017

MEMÓRIAS DO PADRE GERMANO - REP. DE O ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Iniciação aos clássicos espíritas




Memórias do Padre Germano

Amalia Domingo Soler

Parte 8

Continuamos o estudo metódico e sequencial do livroMemórias do Padre Germano, com base na 21ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira. 
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Quem foi Clotilde?
B. Padre Germano acreditava na doutrina da graça?
C. Com que idade Padre Germano foi expulso da própria casa?
D. Como se deu o ingresso de Germano no convento?
E. Que é que Padre Germano falou sobre a Igreja em seu primeiro sermão como sacerdote?

Texto para leitura

86. Um ano depois, a esposa do magnata que tentara contratá-lo também morreu, sem que Germano lhe desse oportunidade de confessar seu amor por ele. “Amai-me em espírito” – disse-lhe o Padre –; ajudai-me com o vosso amor a suportar as misérias e provações da vida.” (P. 189)
87. “Clotilde!” é o título do cap. 19, em que Padre Germano confessa que menos de um mês transcorrido, desde que pronunciara seus votos, já estava convencido do seu erro: “A Religião é a vida, sim, mas as religiões causam a morte”. (P. 191)
88. Clotilde, filha do duque de S. Lázaro, fora entregue pelo próprio pai aos Penitentes Negros, e Padre Germano empenhou todas as suas forças para salvá-la, depois de três meses de luta, na qual ele teve de entrar na sombria fortaleza daquela organização para restituir a vida à pobre moça, injustamente acusada de delação por seu pai. (PP. 193 a 198)
89. Dias depois, o Geral da Ordem dos Penitentes, acompanhado de vinte confrades, penetrou na igreja do Padre Germano para reclamar a jovem. O pároco não se intimidou e desmascarou os planos da organização, que, após sacrificar o próprio duque como traidor da pátria, pretendia livrar-se de Clotilde, tomando-lhe antes a herança. (PP. 200 e 201)
90. Palavras duras foram então dirigidas por Germano ao poderoso chefe dos Penitentes, a quem ele conhecia desde criança e que, apesar de chefiar uma organização da Igreja, duvidava da existência da imortalidade e do próprio Deus. (PP. 201 e 202)
91. Padre Germano doutrinou-o então, afirmando sua convicção em Deus, na imortalidade e na reencarnação, fato que exerceu sobre o visitante um efeito inesperado. “Esse homem tremeu um dia, teve medo do futuro, sua conversão é certa”, anotou o pároco em suas memórias, referindo-se ao Geral dos Penitentes. Estava salva Clotilde! (PP. 202 a 205)
92. No cap. 20, Padre Germano recorda algumas cenas de sua infância, lembrando, porém, ser um erro acreditar que o homem é salvo pela graça ou pelo sangue do Cristo, visto que cada ser se engrandece por si mesmo. (P. 208)
93. Antes de ingressar no convento, Germano vivia num casebre miserável, na companhia de sua mãe. Uma noite, gritando e golpeando os poucos móveis que ali havia, chegou seu pai. Apresentados um ao outro por sua mãe, ele repeliu com um gesto brusco o menino, que contava apenas cinco anos. Dias depois, dizendo que com cinco anos Germano já tinha condições de cuidar de si mesmo, o pai arrastou-o para a rua, sob os protestos da esposa. Cerca de dois anos o menino viveu entre pobres pescadores, enquanto seus pais, abandonando o povoado, desapareceram para sempre. (PP. 209 e 210)
94. Um ano depois de se encontrar só no mundo, um grupo de Penitentes Negros estabeleceu-se na velha abadia que cercava o monte, aonde o menino Germano costumava ir, a mando dos pescadores, levando peixes para o mosteiro. (P. 210)
95. Germano já tinha, à época, notória aversão pelos frades e fugia deles; mas um dia, errando o caminho, penetrou um grande salão rodeado de estantes pejadas de livros, pergaminhos e papiros, onde dois monges liam. Acercando-se do monge mais velho, o menino lhe disse: “Quero ler como vós; quereis ensinar-me?” (P. 211)
96. O velho monge encarou o rapazinho, enquanto seu companheiro lhe dizia: “É este o menino enjeitado, do qual já vos tenho falado mais de uma vez”. A partir daquele dia Germano passou a viver na abadia, onde a vida era muito triste, de uma monotonia insuportável, só amenizada com a presença dos pais de Sultão, Leão e Zoa, visto que os demais habitantes do convento nunca lhe dirigiram qualquer palavra de conforto. (P. 211)
97. Naqueles tempos o saber residia nos conventos e Germano queria ser sábio a todo o transe; por isso, consumiu a sua infância e a sua juventude lendo todos os livros que havia na biblioteca da abadia, chegando a decorá-los. Aos dezesseis anos, um discurso em que refutava todos os silogismos teológicos valeu-lhe severíssima reprimenda de seus superiores. O fato repetiu-se no ano seguinte, quando Germano teve, de acordo com o regulamento do ensino, que pronunciar um novo discurso, que lhe proporcionou um ano de reclusão a pão e água. (P. 212)
98. Poucos dias antes de celebrar, pela primeira vez, o sacrifício da missa, o mesmo monge que o acolheu na abadia chamou-o à sua cela para aconselhar-lhe prudência, visto que, se não refreasse os ímpetos do seu caráter, pouco viveria. (P. 212)
99. “Serei – respondeu-lhe Germano – fiel à Igreja sem trair meus sentimentos.” O monge, que revelou ser um grande amigo, advertiu-o: “Recorda-te de que, agindo desse modo, tua vida será como o caminho do Calvário, além de ser estéril teu sacrifício”. (P. 212)
100. Na hora de iniciar o sermão, perante uma multidão imensa, parecia que línguas de fogo lhe caíam sobre a cabeça e Germano acabou falando por mais de três horas. Quando falou sobre o que eram os sacerdotes, todos os monges se puseram de pé, ameaçadores, mas o pároco não se intimidou e, entre outras coisas, disse que o sacerdote “é um homem como outro qualquer, às vezes mais vicioso que a generalidade dos homens”. (P. 214)
101. Criticando acerbamente o celibato sacerdotal e o instituto da confissão, Germano asseverou que seria “um dos enviados da nova religião, porque – não o duvideis – a nossa Igreja sucumbirá, cairá... ao peso enorme dos seus vícios”. (PP. 215 e 216)
102. No momento em que lembrou as palavras de Jesus sobre as criancinhas, algumas crianças adormecidas no colo de suas mães despertaram e voltaram-se para ele, e uma delas em especial lhe atraiu a atenção: uma menina de três anos que lhe estendeu naquele momento as mãozinhas. Era a menina pálida dos cabelos negros, que dez anos depois, na adolescência, confessaria seu amor impossível pelo Padre. (PP. 216 e 217)
103. Quando o sermão terminou, a multidão tomou de assalto a escada do púlpito para abraçá-lo, e até os Penitentes Negros deixaram de fitá-lo com rancor. (P. 217)(Continua na próxima edição.)

Respostas às questões preliminares

A. Quem foi Clotilde?
Clotilde era filha do duque de S. Lázaro. Entregue pelo próprio pai aos Penitentes Negros, poderosa organização da Igreja, Padre Germano empenhou todas as suas forças para salvá-la, o que conseguiu após três meses de luta, na qual teve de entrar na sombria fortaleza da citada organização para restituir a vida à pobre moça, injustamente acusada de delação pelo pai. Depois de sacrificar o próprio duque como traidor da pátria, a organização pretendia livrar-se de Clotilde, tomando-lhe antes a herança. (Memórias do Padre Germano, pp. 193 a 201.)
B. Padre Germano acreditava na doutrina da graça?
Não. Ele afirmava ser um erro acreditar que o homem é salvo pela graça ou pelo sangue do Cristo, porque cada ser se engrandece por si mesmo. (Obra citada, pág. 208.)
C. Com que idade Padre Germano foi expulso da própria casa?
Germano contava, então, cinco anos de idade. Antes da expulsão, o menino vivia num casebre miserável, na companhia de sua mãe. Uma noite, gritando e golpeando os poucos móveis que ali havia, chegou seu pai. Apresentados um ao outro por sua mãe, o pai repeliu com um gesto brusco o menino. Dias depois, dizendo que com cinco anos Germano já tinha condições de cuidar de si mesmo, o pai arrastou-o para a rua, sob os protestos da esposa. Depois, seus pais desapareceram. (Obra citada, pp. 209 e 210.)
D. Como se deu o ingresso de Germano no convento?
O menino tinha, à época, notória aversão pelos frades e fugia deles, mas um dia, errando o caminho, penetrou um grande salão rodeado de estantes pejadas de livros, pergaminhos e papiros, onde dois monges liam. Acercando-se do monge mais velho, o menino lhe disse: “Quero ler como vós; quereis ensinar-me?” O velho monge encarou o rapazinho, enquanto seu companheiro lhe dizia: “É este o menino enjeitado, do qual já vos tenho falado mais de uma vez”. A partir daquele dia Germano passou a viver na abadia. (Obra citada, pág. 211.)
E. Que é que Padre Germano falou sobre a Igreja em seu primeiro sermão como sacerdote?
Primeiro, referindo-se aos sacerdotes, disse que eles eram homens como os outros homens, e às vezes mais viciosos que a generalidade das pessoas. Criticou em seguida, acerbamente, o celibato sacerdotal e o instituto da confissão e, por fim, previu que a Igreja sucumbiria, ao peso enorme dos seus vícios. Quando o sermão terminou, a multidão tomou de assalto a escada do púlpito para abraçá-lo, e até os Penitentes Negros deixaram de fitá-lo com rancor. (Obra citada, pp. 214 a 217.)

Nota:
Links que remetem aos 3 textos anteriores:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link:http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



sexta-feira, 20 de outubro de 2017

PORQUE NÓS PREFERIMOS SER REPETIDORES E REPETIDORAS?

 
 Suponho,  que seja por   falta de conteúdo.  Se o indivíduo não  ler o necessário  para ampliar o seu conhecimento e, mesmo assim,  tem  a necessidade de fazer parte dos bates papos, sente-se obrigado  a simplificar. Escuta os noticiários e sai por aí  multiplicando a notícia colocada no ar e veiculada nos meios de comunicação.  Bate no peito  e diz: eu não sou bobo(a). Essa notícia foi veiculada  na mídia a semana toda cara.

Está na moda:  à corrupção e a crise!  Fazem  uma confusão  e saem dizendo que a crise é política, quando na verdade a crise é moral.  Falam da corrupção como um fato novo e praticado só por políticos, quando  a histórica corrupção no Brasil desde o império foi praticada por políticos e por funcionários  públicos  graduados e outros.

Vamos resgatar  provérbios:  “ pelo que tu dizes estás com a razão e ele pelo que mostra está com mais razão”.  Tal prática descabida,  desumana e rechaçável foi  aceita  e praticada pela plebe. “Leva quem dá mais”.  Uma pessoa  que abre a boca sem pena e sem dó  e chama políticos de ladrões mesmo ainda não tenha sido denunciado e, se denunciado provado o crime. Estou levando em conta, a quantidade de deputados federais  eleitos e denunciados. Essa pessoa  que na casa dela  existem 05 pessoas  que dizem serem pescadoras só para receber benefícios, nunca ninguém pescou,  Ela  é honestíssima? É?  Porque que ela desqualifica todos?

Na outra casa  existem pessoas que recebem  três aposentadorias.  O honestíssimo compareceu ao cartório e pagou pela fraude, ele tem três mães  e nasceu em datas diferentes.  Diante o exposto, a crise é política ou moral?  Qual dos mencionados  têm moral  para fingirem  revolta e não querer votar  para corruptos? É só falácia!  E, tem mais, entretanto, meia palavra para o bom entendedor basta.  Portanto, prezado leitor  se quisermos mudar essa realidade o primeiro a mudar  é cada um  que não concorda  com a tal crise  moral  mantenedora da corrupção!   O meu pai Nazário nunca vendeu o voto dele. O filho Reinaldo Cantanhêde Lima também não. “Porque a lei para ser boa começa na nossa casa”. 

REINALDO CANTAANHÊDE LIMA – Aposentado, sindicalista, Autodidata, Educador Alternativo, Mobilizador Social e Agente Social Voluntário Blog www.reinaldocantanhede.blogspot.com –E-mail: reinaldo.lima01@oi.com.br  - Rosário  Maranhão


terça-feira, 17 de outubro de 2017

OS DESENHOS DE APOLLINE - RPRD. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Contos e crônicas






Os desenhos de Apolline

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Quando ouvia o sino da matriz, principalmente, às dezoito horas, quando saía da escola e já havia cumprido o compromisso escolar, seu batimento acelerava como um despertar no tempo atual talvez por algum fato do passado, mas o coração de oito anos de Apolline era ainda tão jovem.
E o sino batia quando ela passava em frente à igreja na volta para casa. De segunda à sexta era assim. Nos fins de semana, ou se estava brincando ou fazendo a tarefa, parava, fechava os olhinhos e ouvia o som. Isso acontecia desde que a menina era bem mais novinha. Os pais achavam graça, porém, era tão profundamente que Apolline sentia.
Começou, há pouco tempo, desenhar uma casa com arquitetura mais antiga; a menina desenhava muito bem. Depois vieram o jardim, o campo de flores em volta que se estendia a alguns quilômetros, os animais ‒ quando desenhou um pequeno cachorro branco, a menina sorriu ‒, até que começou a preencher o desenho com algumas pessoas. Após a casa, vieram vários quadros de desenhos. A sequência desenvolvia-se cada dia um pouquinho.
E o tempo passava. Até que num sábado de manhã, depois de ter ouvido o sino tocar às dez horas, Apolline veio até a cozinha onde os pais estavam e disse-lhes que gostaria de mostrar-lhes os desenhos, estavam terminados. Os pais sorriram e pediram-lhe que os trouxesse.
A menina, como um corisco, foi buscá-los em seu quarto. Pegou as várias folhas desenhadas, organizou-as apoiando-as na escrivaninha e, como um raio, voltou à cozinha. Os pais estavam sentados à mesa aguardando-a. A filha colocou as folhas sobre a mesa. Eles sempre lhe deram muita atenção e amor.
Como as folhas estavam sequenciadas, à medida que eles fossem passando-as uma história começava a ser criada. Desde o primeiro desenho, os pais se surpreenderam com o que viram. Os detalhes eram muito encantadores e, ainda nas primeiras folhas, os pais já haviam desmanchado o sorriso e uma surpresa bem definida estava no semblante do casal.
O que os surpreendeu era a própria época, há uns cem anos. Aquela arquitetura, detalhes, cores, eram os mesmos questionamentos que os dois faziam mentalmente. E a filha passava-os e explicava-os com a desenvoltura de quem sabia, de fato, o que estava fazendo. E a pequena apontava algumas partes e lhes trazia as explicações. Foi um total de quinze folhas desenhadas.
A surpresa no olhar dos dois era evidente, pois estavam com os olhos arregalados e quase não piscavam. E passaram todas as folhas até chegarem à última. No fim desta, ao lado direito, estavam duas letras, poderiam ser as iniciais de algum nome ou informação. E o pai não perdeu tempo e logo lhe perguntou qual era o significado. A filha não tinha argumentações prontas nem convincentes, apenas falou com sinceridade que quando terminou os desenhos apenas fez, com muita rapidez, as duas letras.
Após a resposta, o pai, simples, mas com gosto e certo entendimento por desenhos e arte, lembrou-se de que havia folheado, numa livraria, um dia desses, um livro de grandes arquitetos dos séculos XIX e XX e uma das obras arquitetônicas apresentadas era de uma famosa arquiteta que assinava o esboço e suas obras com as mesmas letras e caligrafia com que Apolline fizera.
Os três ficaram quietos ora olhando-se, ora olhando o desenho.
O sino tocou mais uma vez no horário do meio-dia.
Ainda nesse livro, estava escrito que a mesma arquiteta amava o som do sino e adorava seu cão branco, companheiro e tão querido.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura:http://contoecronica.wordpress.com/





Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link:http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



segunda-feira, 16 de outubro de 2017

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (264) REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


As mais lindas canções que ouvi (264)





Sua Majestade, o Neném

Klécius Caldas e Armando Cavalcanti

Silêncio, ele está dormindo...
Vejam como é lindo,
Sua Majestade, o Neném.
A casa já tem novo dono,
Novo rei no trono,
Sua Majestade, o Neném.

Parece com o papai,
Com a mamãe também..
Parece com a vovó? Não!
Não parece com ninguém!
Ele, é ele só,
Sua Majestade, o Neném.(1)



(1) Esta canção é uma singela homenagem que prestamos ao nosso filho Marcelo Cazeta de Oliveira, que nos deixou rumo à pátria espiritual, no dia 12 de outubro último, coincidentemente no Dia das Crianças. A canção era por nós cantada, ao violão, ao lado do seu berço, e muitas vezes ele adormecia ao som da música, que ele tanto amava.




As cifras desta música você encontra em:https://cifrantiga3.blogspot.com.br/2008/11/sua-majestade-o-nenem.html   



Você pode ouvir a canção acima cantada pelo Trio Nagô, clicando emhttps://www.youtube.com/watch?v=F0bhnCHmqKY




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link:http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Blog de Reinaldo Lima: EM CONVERSA UMA AMIGA ME PERGUNTOU COMO FOI A MINH...

Blog de Reinaldo Lima: EM CONVERSA UMA AMIGA ME PERGUNTOU COMO FOI A MINH...: Eu respondi  que  nunca  tive infância. Quando criança e, por ser o filho mais velho  do casal: José Nazário Lima e Antônia Cantanhêde, fui...

EM CONVERSA UMA AMIGA ME PERGUNTOU COMO FOI A MINHA INFÂNCIA!

Eu respondi  que  nunca  tive infância. Quando criança e, por ser o filho mais velho  do casal: José Nazário Lima e Antônia Cantanhêde, fui o cuidador  dos  meus irmãos. O meu pai e a minha mãe tinham como principal atividade a roça no toco, eram lavradores. A minha mãe  exercia outras atividades sazonais, quebrava coco babaçu e coletava e tratava de andiroba. O meu pai  depois que preparava a roça, pescava camarão de escora e  também  extraía madeira em toras, lavrava e serrava com uma ferramenta  que se chamava de serrotão.

Com oito anos de idade eu ficava em casa com a incumbência de comprar sururu no porto do Ribeirão, fazer a comida dar para os irmãos e no final da tarde sambucar o sururu,  varrer a casa e fazer o fogo.  Eu me entretia no jogo de pelada  que acontecia todas as tardes  no terreirão de Dona Avelina  que era anexo ao nosso. Essa atividade da garotada impedia eu   não cumprir com a tarefa caseira porque  eu também participava  era tão bom!   

Quando a minha mãe apontava no início do terreiro com um cofo de palha babaçu meado  com  coco e mais uns  paus  de lenha para fazer o fogo, era que eu corria para cumprir as tarefas. Aí,   Dona Antônia me batia até acabar a vassoura de juçara ou quebrar  as galhadas que chamavam de cipó. Isso era quase todo dia às vezes o excesso do bater  fazia com que a minha avó Dona Avelina  me socorresse ou então eu corria. Eu calculo que apanhava em média três surras por dia.

A vizinhança desaprovava  essa conduta excessiva da minha mãe. Entretanto, a época determinava  que fosse assim. Filho teria que respeitar a todos  ou então apanharia, Havia um corinho: “ quem come do meu pirão apanha do meu cinturão”.  A película da minha costa não é a mesma  com a que eu nasci.  Eu cresci e com 16 anos de idade eu já era um homem  de boa conduta.  Ouvir o meu pai dizer  várias vezes em conversa  na minha casa. Ele  nos finais de semana cortava cabelo para ganhar um dinheirinho e nesse ínterim a conversa  era o  entretenimento.

Quando eu ia trabalhar na roça em terra de barro próprio para plantar arroz eu tinha ojeriza de pisar no chão  e as vezes  amassava a plantação, ele batia na minha perna com força e ia tentar equilibrar a touceira  de arroz. Tempo se passou e eu me queixei para a minha avó.

No outro dia  Dona Avelina  minha protetora, conversou com a minha mãe e o meu pai e aconselhou eles  a  permitir com que eu aprendesse uma profissão para dela sobreviver.  Meu pai  falou  com um primo dele  Maximiano era alfaiate  que havia aprendido o ofício em  São José de Ribamar.  Depois vim para  Rosário aprender  a profissão de Alfaiate com  o Senhor José Maria Lima que  era baterista do JAZZ 4 de MARÇO,  foi  Sou Zé quem  pedi-o para Velho  me ensinar.  Depois  eu pedi para José Serra me ensinar  ler partitura e Depois fui examinado pelo Senhor João dos Santos.

Eu cheguei  em Rosário em 04 de setembro de 1964 e em 14 de setembro de 1965 casei-me  com  Maria Madalena Marques  tivemos 05 filhos e eu tentei implantar o modelo  de educar como eu fui ensinado, não deu certo!  Só descobri  o equívoco  quando o meu primeiro filho já estava  cursando o terceiro ano  no Colégio Agrícola no Maracanã.  Por tais fatos  sou defensor  de que  se eduque e  não se destrua  uma criança. Só a educação combate  a violência!

Reinaldo Cantanhêde Lima - Aposentado, Sindicalista, Autodidata, Educador Alternativo e Mobilizador Social - Blog  www.reinaldocantanhede.blogspot.com - Face: Reinaldo Cantanhede Lima Cantanhêde Lima


terça-feira, 10 de outubro de 2017

EU VIM PARA MORAR EM ROSÁRIO EU QUERIA APRENDER PROFISSÕES PARA DELAS SOBREVIVER!

No dia 04 de setembro de 1964 eu cheguei  nesta cidade, tinha dois objetivos:  um era aprender o ofício de alfaiate e o outro era aprender  a arte da música.  Como alfaiate eu aprendi  fazer calça e camisa,  e também  aprendi  tocar a  música por partitura. Tocava as missas, as ladainhas, as procissões, os bailes e depois  toquei  em brincadeiras de boi de orquestra.  Eu compus duas toadas que foram gravadas e muito cantadas. Flores Perfumadas- cantador Juarez Protásio e gravadas pelo Boi Ligeiro de Santa Rita e Noite Linda - cantador Maurício e gravada pela Mocidade de Rosário.

Em razão da decadência das minhas profissões eu fui trabalhar na condição de serviços prestados no IBGE- pesquisa  PNAD  fui listador e entrevistador trabalhei em Rosário e Icatu 1977 e 1978. Em 1979 fui trabalhar como supervisor de PNAD em Barra do Corda. Em 1980 fui ser ACM- Agente de Coleta Municipal em Santa Rita  era o chefe do Censo.

Em 1982, eu fui trabalhar como apontador de campo na empresa Gutierres  que estava  construindo o Lastro o Grande Carajás.  A obra era em Pery de Baixo, em agosto  de 1982 eu fui contemplado  por uma nomeação  de Agente de Administração do Estado do Maranhão pertencente ao quadro de pessoal dos trabalhadores da saúde.  Como  trabalhador da saúde eu fui representante da classe no Conselho Municipal de Saúde. Essa atividade nunca foi remunerada  nem para mim e nem para os demais.

A primeira atividade como funcionário público foi Agente Comunitário do Programa Educação e Saúde da Mulher Maranhense. A equipe era formada por Estevina-Assistente Social, Ana Paula Enfermeira, Tati Médica, Pepita aux. Enfermagem e Reinaldo Lima. O local de trabalho Centro Comunitário e Social de Rosário foi lá que eu conheci Douglas Sena ele esteve Diretor do CSUR.
Na condição de funcionário público e destruído pelo malefício da Droga iniciei na militância dos direitos da criança e do adolescente. Fui o articulador e fundador do Fórum de  Entidade Civil em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Rosário.


Prezados companheiros e leitores eu os convoco para uma trégua sobre assuntos e escritos de terceiros. E sugerindo que contemos a nossa própria história aquela desde quando criança, eu tenho tantas saudades dos meus primos e vizinhos e das brincadeiras, dos canga pés, das peladas, das petecadas, dos jogos com peão,  das toadas dos bois que botamos, dos banhos no Porto do Ribeirão quando íamos comprar sururu e pescar siri. É só saudades! 

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI - PART, DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


As mais lindas canções que ouvi (263)



Marina

Dorival Caymmi       
 
Marina, morena Marina,
Você se pintou.
Marina, você faça tudo,
Mas faça um favor:
- Não pinte esse rosto que eu gosto
E que é só meu.
Marina, você já é bonita
Com o que Deus lhe deu.

Me aborreci, me zanguei,
Já não posso falar.
E quando eu me zango, Marina,
Não sei perdoar...
Eu já desculpei muita coisa,
Você não arranjava outra igual.
Desculpe, Marina morena,
Mas eu tô de mal.

Marina, morena Marina,
Você se pintou.
Marina, você faça tudo,
Mas faça um favor:
- Não pinte esse rosto que eu gosto
E que é só meu.
Marina, você já é bonita
Com o que Deus lhe deu.

Me aborreci, me zanguei,
Já não posso falar.
E quando eu me zango, Marina,
Não sei perdoar...
Eu já desculpei muita coisa,
Você não arranjava outra igual.
Desculpe, Marina morena,
Mas eu tô de mal,
De mal com você,
De mal com você...




As cifras desta música você encontra em:https://www.cifraclub.com.br/dorival-caymmi/marina/



Você pode ouvir a canção acima clicando nos links indicados:
Dorival Caymmi:
Marina de La Riva:
Caetano Veloso, Gilberto Gil e Roberto Carlos:
Myrella Nascimento:
Adriana Calcanhoto:



Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link:http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.