terça-feira, 30 de maio de 2017

REMINISCÊNCIA - REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Contos e crônicas


Reminiscência

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

‒ O senhor pode me ensinar a construir violinos? ‒ o menino Antoine perguntou ao antigo vizinho de bem antes de ele nascer.
Após a escola e o almoço, o menino se aproximava da oficina onde o senhor Marion construía muitas peças lindas em madeira. A casa mais antiga era a de Marion e a menos um pouco, ao lado, a de Antoine que nascera ali, herança de seus avós maternos. Por volta normalmente das catorze horas, o menino já estava sentado num banquinho construído pelo senhor e observando a arte que Marion dava a qualquer pedaço de madeira. Era antes um grande carpinteiro que se tornara um artista sensível, no entanto, sem alarde, apenas manteve-se com sua simplicidade.
O senhor construíra desde pequenos brinquedos a grandes móveis que enfeitavam as nobres casas francesas daquela região. E há alguns anos, ganhara muitas madeiras de boa qualidade e algumas delas apropriadas para o feitio de violinos ‒ madeiras que eram ideais para a acústica ‒, no entanto, nunca havia construído nenhum instrumento sequer. Mas, como ele sempre dizia, “tudo se pode aprender”, então, Marion foi em busca de projetos para a construção de violino. A mesma pessoa que o presenteara com as madeiras também havia encomendado o primeiro instrumento ao carpinteiro.
“Todo objetivo precisa de empenho”, uma das falas de Marion. E com este não fora diferente, pois não era tão comum encontrar um projeto ideal para um bom violino; porém, quem deseja sinceramente alcança o objetivo e, assim, Marion conheceu um senhor inglês radicado numa cidade bem próxima de onde morava que construía instrumentos de madeira com cordas. Além do objetivo, também angariou uma preciosa amizade de já alguns anos que dura até os dias presentes.
Marion tomou um grande gosto pela feitura de violinos que passou a ser o seu trabalho, vez ou outra construía outros objetos ou brinquedos. Ele se tornou um reconhecido luthier, não só da região como do país e referência no exterior. E Antoine nascera ali do lado e era natural ver um senhor construindo violinos.
No entanto, Antoine sabia que não eram violinos tão comuns, mas construídos com muito cuidado e requinte. O menino observava atenciosamente cada gesto e forma utilizados em cada parte da construção do instrumento. Sabia quais ferramentas seriam usadas, qual a sequência para a feitura, a medida das partes. Ele sabia que cada violino construído ali era “incomparável, único, por isso tão especial”, pois era assim que o senhor Marion falava em voz alta.
E naquele dia, sem responder ainda à pergunta, o luthier pediu ajuda ao menino, que segurasse o pedaço de madeira para o senhor terminar o acabamento; era uma encomenda feita por um dos mais renomados violinistas da Suíça. O projeto fora desenhado pelo próprio instrumentista, um design inovador e perfeito, pareceria inteiramente com vida o reverberar das notas no instrumento, seria pura emoção.
O pequeno Antoine segurou com precisão a madeira, uma das partes do violino. Com respeito pelo trabalho, com carinho pelo instrumento, com a certeza do magnífico som que sairia, foi assim que o menino ajudou o luthier.
Quando o sol já ameaçava esconder-se é que o senhor e o menino terminaram a parte do violino para aquele dia. O senhor Marion deu um sorriso de canto de boca, entretanto, seus olhos estavam radiantes.
E o senhor já havia percebido que Antoine amava violinos. Naquele fim de tarde, Marion ofereceu um violino da oficina com o arco para o menino vê-los de mais perto e senti-los. Agora, os olhos de Antoine é que estavam radiantes.
Ele observou cada partinha do instrumento, enquanto isso, o senhor organizava a oficina. E quando o último raio de sol se escondeu para iniciar o turno das estrelas, foi ouvido o som imensamente sensível vindo do instrumento das mãos de Antoine.
O senhor parou imediatamente o que fazia e muito devagar se virou para o menino.
‒ Sim, posso ensiná-lo a construir violinos já que é seu instrumento tão particular de há muito tempo... certamente de muitas existências ‒ falou em tom baixo ouvindo a melodia.

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segunda-feira, 29 de maio de 2017

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (244) REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


As mais lindas canções que ouvi (244)


A noite do meu bem

Dolores Duran

Hoje eu quero a rosa mais linda que houver
E a primeira estrela que vier
Para enfeitar a noite do meu bem.

Hoje eu quero paz de criança dormindo
E abandono de flores se abrindo
Para enfeitar a noite do meu bem.

Quero a alegria de um barco voltando,
Quero ternura de mãos se encontrando,
Para enfeitar a noite do meu bem...

Ah, eu quero o amor, o amor mais profundo,
Eu quero toda a beleza do mundo,
Para enfeitar a noite do meu bem.

Quero a alegria de um barco voltando,
Quero ternura de mãos se encontrando,
Para enfeitar a noite do meu bem.

Ah, como esse bem demorou a chegar,
Eu já nem sei se terei no olhar
Toda pureza que quero lhe dar...



As cifras desta música você encontra em: http://www.cifras.com.br/cifra/dolores-duran/a-noite-de-meu-bem



Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando nos links indicados:
Maysa Matarazzo:
Analu e Raul Gil:
Elizete Cardoso:
Ângela Maria:
Nana Caymmi:




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domingo, 28 de maio de 2017

REFLEXÕES À LUZ DO ESPIRITISMO - REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Reflexões à luz do Espiritismo



Aristocracias

A falência moral que se observa nos quadros políticos e administrativos de nosso País, posta a nu pelas inúmeras ações realizadas pelo Ministério Público Federal, com apoio da Polícia Federal e o necessário respaldo do Judiciário, faz-nos lembrar um interessante estudo escrito por Allan Kardec a propósito do tema Aristocracias.
Publicado na 1ª parte do livro Obras Póstumas, o texto contém uma espécie de antevisão de Kardec acerca do advento futuro em nosso mundo do que ele chamou de aristocracia intelecto-moral.
Aristocracia é palavra que nos veio do grego Aristos, o melhor, e Kratus, poder. Significa, pois, o poder dos melhores, conquanto saibamos que o sentido primitivo da palavra foi por várias vezes deturpado.
De acordo com o estudo escrito por Kardec, verificaram-se na história da Humanidade terrena cinco espécies de aristocracia:
1ª - Aristocracia dos patriarcas - Nas sociedades primitivas, quando surgiu, em decorrência da formação dos grupos sociais, a necessidade de uma autoridade, esta foi conferida aos chefes de família, aos anciãos e aos patriarcas. Surgia desse modo a primeira de todas as aristocracias, um fenômeno que ainda se vê em pleno século 21 em algumas comunidades indígenas.
2ª - Aristocracia da força - Com o surgimento dos conflitos e das guerras, a autoridade foi sendo transferida aos poucos para os indivíduos fortes e vigorosos, ocorrendo então o advento dos chefes militares. Nascia com isso o segundo modelo de aristocracia.
3ª - Aristocracia do nascimento - Os detentores do poder foram, com o tempo, transferindo seus privilégios e sua autoridade aos descendentes. Nascia então o terceiro modelo de aristocracia, geralmente fundamentada em leis outorgadas por quem estava no poder e nisso tinha particular interesse. Na organização política atual, como ocorre, por exemplo, no Brasil, governadores, prefeitos, senadores e deputados costumam inserir seus filhos e netos na política, transferindo-lhes seu prestígio e seus votos, o que constitui um resquício do terceiro modelo de aristocracia surgido no mundo.
4ª - Aristocracia do dinheiro - Com o surgimento das grandes fortunas, elevou-se na Terra um novo poder, o do ouro, visto que com o ouro pode-se dispor de homens e coisas. O que não se concedia mais aos títulos, concedia-se à fortuna e esta, como ainda é bastante comum em nossos dias, passou a ser detentora do poder. Foi esse o quarto modelo de aristocracia em nosso mundo.
5ª - Aristocracia da inteligência - Este modelo é o que se vai insinuando no mundo, em que técnicos e especialistas nas mais diferentes áreas é que ditam as regras que governam os povos. Ocorre que a inteligência, por si só, não é garantia de que todos os seres humanos serão de igual modo contemplados pelos detentores do poder. O desenvolvimento intelectual sem o guia dos princípios morais pode, como ninguém ignora, ter consequências desastrosas para a sociedade.
Kardec previu, então, no texto que mencionamos, o surgimento de uma sexta forma de aristocracia no mundo, como decorrência da própria evolução da Humanidade – aaristocracia intelecto-moral –, em que, por definição, a inteligência e a moralidade estarão presentes na autoridade, à qual todos podem submeter-se, confiados em suas luzes e em sua justiça. 
Fato semelhante já se vê em algumas comunidades espirituais, como a colônia “Nosso Lar”, descrita por André Luiz no livro de mesmo nome. O governador da citada colônia reuniria as duas condições que o Codificador do Espiritismo assinala como características da aristocracia intelecto-moral e, por isso, sua autoridade era respeitada por todos.
É importante, contudo, reconhecer, dado o atraso moral que caracteriza a maioria dos habitantes do nosso mundo, que a sexta forma de aristocracia prevista por Kardec é algo para um futuro muito distante, quando a evolução do planeta assim o permitir. Dar-se-á, então, em nosso mundo o que já se verifica nas relações além-túmulo, como podemos inferir à vista da informação abaixo reproduzida:

274. Da existência de diferentes ordens de Espíritos, resulta para estes alguma hierarquia de poderes? Há entre eles subordinação e autoridade?
“Muito grande. Os Espíritos têm uns sobre os outros a autoridade correspondente ao grau de superioridade que hajam alcançado, autoridade que eles exercem por um ascendente moral irresistível.”
a) Podem os Espíritos inferiores subtrair-se à autoridade dos que lhes são superiores?
“Eu disse: irresistível.” (O Livro dos Espíritos, Parte Segunda, Capítulo VI, questões 274 e 274-a.)



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sábado, 27 de maio de 2017

TENTE SE PASSAR POR BOBO, NÃO EXIJA QUE EU SEJA!


Zépolino nunca passou pela tua cabeça que a organização verde e amarela tenha sido patrocinada por Federações de Empresários (Patrões) com o objetivo de tomar o poder do PT para dar para outros e um deles seja o Temer?  Porque a pressa de o Temer querer fazer a reforma da previdência e a reforma trabalhista?  As reformas como temer quer fazer prejudicando os trabalhadores e, isso, deve ser o preço que eles devem aos patrocinadores dos golpistas.  Alguém patrocina as manifestações Zé! Do nosso lado quem paga as despesas são as organizações dos trabalhadores. Sindicatos, Centrais e Federações -organizações de trabalhadores que lutam por melhoria dos trabalhadores, dos que constroem as obras e as riquezas.


Só os cegos e cínicos não enxergam. Você já sabe que quem patrocina as campanhas dos políticos são as empresas Riquíssimas.  Deduz-se, que, alguma Federação de empresas ricas de São Paulo tenha gastado bastante dinheiro para comprar camisetas de seda e pagar alimentação e cachê de manifestantes. Somados a compra de votos de deputados e senadores para darem o golpe.  Tomaram o Governo.  É preciso pagar aos patrocinadores. Vão pagar aos empresários patrocinadores com as reformas que beneficiam os patrões e prejudicam os trabalhadores. 

sexta-feira, 26 de maio de 2017

INICIAÇÃO AOS CLÁSSICOS ESPÍRITAS - REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Iniciação aos clássicos espíritas





A Reencarnação

Gabriel Delanne

Parte 6

Continuamos o estudo do clássico A Reencarnação, de Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Que vinculação existe entre o sistema nervoso e o perispírito?
B. Que experiências estabeleceram a certeza absoluta da existência do perispírito?
C. É possível ativar a recordação do passado por meio do magnetismo?
D. Que fato torna possível renovar as lembranças do passado a uma pessoa que, mesmo desencarnada, tenha esquecido suas existências anteriores?

Texto para leitura

92. Se admitirmos, com Claude Bernard, que todos os movimentos produzidos no organismo exigem a destruição da substância viva, como explicar que nos velhos são as lembranças da mocidade que mais persistem? Essa anomalia seria inexplicável, se o sistema nervoso fosse o registrador de todas as sensações, e não o perispírito. (PÁG. 142)
93. É aqui que intervém o ensino de Kardec sobre o corpo espiritual, a que deu o nome de perispírito: ele é o molde no qual a matéria física se incorpora, ou, mais exatamente, o plano ideal que contém as leis organogênicas do ser humano. (PÁG. 142)
94. Ligado ao corpo por intermédio do sistema nervoso, toda sensação, que abala a massa nervosa, desprende essa espécie de energia a que deram os mais diversos nomes: fluido nervoso, fluido magnético, força psíquica... (PÁG. 142)
95. Essa energia age sobre o perispírito para comunicar-lhe o movimento vibratório particular, segundo o território nervoso excitado (vibração visual, auditiva, táctil, muscular etc.), de maneira que a atenção da alma seja acordada e se produza o fenômeno da percepção. (PÁG. 142)
96. Desde esse momento, essa vibração faz parte, para sempre, do organismo perispiritual, porque, em virtude da lei de conservação da energia, ela é indestrutível. (PÁGS. 142 e 143)
97. Foram as experiências espíritas que estabeleceram a certeza absoluta da existência desse corpo espiritual, que se torna visível durante o desdobramento do ser humano, as aparições e as materializações. (PÁG. 143)
98. Porque o perispírito é indestrutível, conservamos após a morte a integridade de nossas aquisições e a memória. (PÁG. 143)
99. A separação entre o espírito e a matéria produz um período de perturbação, durante o qual a alma não tem consciência exata de sua nova situação; pouco a pouco, essa espécie de doença perispiritual tem fim, quer normalmente, quer sob a influência dos Espíritos protetores. (PÁG. 144)
100. Em certos pacientes o estado fisiológico é inseparável do psicológico, que lhe está associado; isso nos permite entender como, durante uma materialização, o Espírito pode reconstituir seu corpo físico por simples ato de sua vontade, isto é, por autossugestão. (PÁG. 144)
101. Se a memória da última vida terrestre é renovada depois da morte, o mesmo não se dá, em muitos casos, com as existências anteriores. (PÁG. 145)
102. Vimos que existem séries de memórias superpostas e que as camadas superficiais são acessíveis à consciência; se quisermos penetrar, porém, mais profundamente no armazém das lembranças, é preciso mergulhar o paciente no estado sonambúlico, para dar ao perispírito o movimento vibratório que lhe é próprio. Há no corpo espiritual zonas de  intensidade vibratória prodigiosamente diversas, e as camadas perispirituais das vidas anteriores têm um mínimo de movimentos vibratórios, que as torna inconscientes para os Espíritos pouco evolvidos: é por isso que ignoram se viveram anteriormente. (PÁG. 145)
103. É possível despertar tais recordações, magnetizando-os. Kardec alude a isso na "Revista Espírita" (caso Dr. Cailleu). Se magnetizarmos um paciente terrestre, de maneira a atingir as camadas profundas do perispírito, poderemos renovar a memória de suas vidas anteriores, como fizeram os espíritas espanhóis e o Coronel de Rochas. (PÁGS. 146 e 147)
104. Em 1887, Fernandez Colavida obteve idêntico resultado, no Grupo Espírita "Paz", na Espanha. O registro é de Estevan Marata. (PÁG. 149)
105. Em obra publicada em 1911, o Coronel de Rochas refere suas experiências de regressão de memória, com passes e sugestão. (PÁG. 158)
106. Flournoy, professor de Psicologia em Genebra, estudou de perto o caso Helena Smith, que descrevia duas existências anteriores, como Maria Antonieta e uma princesa hindu, e a vida no planeta Marte. (PÁGS. 159 e 160)
107. No caso da princesa Simandini, as investigações do prof. Flournoy conduzem à conclusão de que Helena é a reencarnação da princesa. (PÁG. 163)
108. Para Flournoy, a mediunidade não é incompatível com uma vida normal e regular, e o médium não é necessariamente um nevropata. (PÁG. 164)
109. A experiência confirma o despertar dos conhecimentos anteriormente adquiridos, no período de transe do estado sonambúlico. (PÁGS. 166 e 167)
110. Muitos exemplos mostram Espíritos descrevendo, em sessões mediúnicas, suas vidas anteriores e dando provas disso. (PÁGS. 168 e 169)
111. Todas as sensações visuais, auditivas, tácteis, cenestésicas, que agem sobre nós, ficam gravadas de maneira indelével no perispírito e podem renascer espontaneamente, ou durante o sono sonambúlico. (PÁG. 170)
112. Parece que cada período da vida deixa no perispírito impressões sucessivas inapagáveis, formadas por associações dinâmicas estáveis que se superpõem sem se confundir, mas cujo movimento vibratório diminui à medida que o tempo passa, até cair abaixo do limiar da consciência espírita. (PÁG. 170)
113. Se dermos a esse corpo fluídico movimentos vibratórios análogos aos que ele registrou em qualquer momento de sua existência, far-se-á renascer todas as lembranças concomitantes desse período. (PÁG. 171)
114. Foi o que sucedeu nas experiências de Richet, Bourru, Burot, Pitres, Rochas e outros, mas nem todos os pacientes se acham aptos a fazer renascer o passado, em virtude de múltiplas causas, e a principal resulta, ao que parece, do que se poderia chamar a densidade perispiritual, isto é, a imperfeição relativa do corpo fluídico, cujas vibrações não podem achar a intensidade necessária para ressuscitar o passado. (PÁG. 171)

Respostas às questões preliminares

A. Que vinculação existe entre o sistema nervoso e o perispírito?
A vinculação entre um e outro é ampla. O corpo espiritual, ou perispírito, é o molde no qual a matéria física se incorpora, ou, mais exatamente, o plano ideal que contém as leis organogênicas do ser humano. Ligado ao corpo por intermédio do sistema nervoso, toda sensação, que abala a massa nervosa, desprende essa espécie de energia a que deram os mais diversos nomes: fluido nervoso, fluido magnético, força psíquica... Essa energia age sobre o perispírito para comunicar-lhe o movimento vibratório particular, segundo o território nervoso excitado (vibração visual, auditiva, táctil, muscular etc.), de maneira que a atenção da alma seja acordada e se produza o fenômeno da percepção. (A Reencarnação, cap. VII, págs. 142 e 143.)
B. Que experiências estabeleceram a certeza absoluta da existência do perispírito?
Foram as experiências espíritas que estabeleceram a certeza absoluta da existência do corpo espiritual, que se torna visível durante o desdobramento do ser humano, as aparições e as materializações. (Obra citada, cap. VII, pág. 143.)
C. É possível ativar a recordação do passado por meio do magnetismo?
Sim, é possível despertar tais recordações, magnetizando o indivíduo. Kardec alude a isso na "Revista Espírita" (caso Dr. Cailleu). O Coronel de Rochas e Fernandez Colavida comprovaram experimentalmente essa possibilidade. (Obra citada, cap. VII, págs. 145 a 149.)
D. Que fato torna possível renovar as lembranças do passado a uma pessoa que, mesmo desencarnada, tenha esquecido suas existências anteriores?
Todas as sensações visuais, auditivas, tácteis, cenestésicas, que agem sobre nós, ficam gravadas de maneira indelével no perispírito e podem renascer espontaneamente, ou durante o sono sonambúlico. Parece que cada período da vida deixa no perispírito impressões sucessivas inapagáveis, formadas por associações dinâmicas estáveis que se superpõem sem se confundir, mas cujo movimento vibratório diminui à medida que o tempo passa, até cair abaixo do limiar da consciência espírita. Se dermos a esse corpo fluídico movimentos vibratórios análogos aos que ele registrou em qualquer momento de sua existência, far-se-á renascer todas as lembranças concomitantes desse período. (Obra citada, cap. VII, págs. 166 a 171.)


Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:






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quinta-feira, 25 de maio de 2017

INICIAÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA - REP DO BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Iniciação ao estudo da doutrina espírita





Os reveladores das leis de Deus

Este é o módulo 29 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Além de Jesus, que reveladores das leis de Deus existiram no mundo?
2. Um deles é tido por Kardec um dos precursores do Espiritismo. Qual o seu nome e quando viveu?
3. Por que Jesus não pode ser nivelado aos grandes reveladores que já passaram pela Terra?
4. Muitas das verdades ensinadas pelo Espiritismo têm no Evangelho as suas bases. Mencione três citações evangélicas que nos recordam os princípios espíritas.
5. Qual é, segundo Jesus, o maior mandamento da lei de Deus e como Kardec o sintetizou?

Texto para leitura

O mais perfeito dos reveladores
1. A Lei Divina ou Natural rege toda a criação no Cosmo infinito, nos seus múltiplos e diversificados planos, sendo ela a única que conduz a criatura humana para o aperfeiçoamento e a felicidade. A desventura humana é, pois, geralmente, a consequência de um desvio ou infração dessa lei.
2. A Lei Natural, subdividida em leis físicas e leis morais, significa a projeção do pensamento divino e a expressão fidedigna de sua vontade, consistindo sempre num preceito normativo que regula todos os fenômenos da vida universal. Eternas, imutáveis, infalíveis, tais leis abrangem os mais variáveis planos evolutivos, de acordo com as diversas categorias dos mundos.
3. O conhecimento da Lei Natural é dado à Humanidade de maneira gradual, por meio de Espíritos reencarnados como filósofos ou benfeitores, que, aportados no seio da sociedade, são chamados reveladores da Lei Natural, uns vinculados mais diretamente à revelação das leis físicas, enquanto outros se dedicam a iniciar-nos nas verdades relacionadas com as leis morais.
4. O maior e mais perfeito dos reveladores encarnados no planeta foi Jesus. A doutrina que ele nos ensinou é altamente moralizadora e nos revela caminhos que, se seguidos, podem levar-nos à conquista da verdadeira felicidade.
5. Houve, no entanto, em todas as épocas da Humanidade outros reveladores da Lei Natural, localizados nos diferentes campos do conhecimento humano, o que mostra que Deus nunca nos deixou à mercê de nossas próprias imperfeições.
6. Uma mostra disso foi Imotep, que viveu no Egito Antigo, perto de Mênfis, entre 2980 a.C. a 2950 a.C. Homem erudito, Imotep constitui o primeiro exemplo histórico do que hoje chamamos de cientista. Além de ter sido o arquiteto responsável pela construção da pirâmide de degraus ou de Sacará, que é a mais antiga do Egito, Imotep teria sido também médico, e com tamanho poder de cura, que os gregos o igualavam ao seu próprio deus da Medicina.

Sócrates, um dos precursores das ideias cristãs
7. Eis, a seguir, outros vultos notáveis nascidos na Terra antes da Era Cristã.
8. Tales de Mileto, matemático e filósofo grego, que viveu entre 624 a 546 a.C., foi considerado pelos gregos o fundador da Ciência, da matemática e da filosofia gregas, sendo-lhe creditada a paternidade da maior parte do saber de sua época. Pitágoras, que também viveu na Grécia, no período de 582 a 497 a.C., foi filósofo, astrônomo e matemático e o primeiro sábio a afirmar que a Terra era esférica, além de haver descoberto que a harmonia universal podia ser expressa com os números.
9. Sócrates, que viveu em Atenas entre os anos 470 e 399 a.C., teve uma vida nobre como as verdades que ensinava, a ponto de ter sido considerado por Kardec um dos precursores das ideias cristãs e espíritas. Nunca houve quem o pegasse em erro, falha ou contradição, o que não impediu fosse condenado à morte devido a uma acusação de traição e corrupção levantada contra ele pela inveja de seus patrícios.
10. Na Era Cristã, entre os anos 130 e 200, viveu Galeno, médico grego que é considerado o “pai da anatomia”. No ano 780 nasceu o matemático árabe Muhammad Ibumusa Al Khwarizmi, que revolucionou a arte de calcular. Em 1473 nasceu Nicolau Copérnico, que descobriu que a Terra não era o centro do Universo.
11. Em 1548, perto de Nápoles, na cidade de Nola, nasceu Giordano Bruno, que foi levado à morte pela Inquisição por defender a infinitude do espaço e os movimentos da Terra. Dois séculos depois, em 1791, nasceu em Charlestown (EUA) Samuel Finley Morse, que se notabilizou pela invenção do telégrafo, com o que se inaugurou o campo das comunicações modernas.

Correlação Espiritismo e Cristianismo
12. A lista dos grandes gênios que impulsionaram com sua presença o conhecimento das leis naturais no mundo é acrescida com Darwin, Rafael, Leonardo da Vinci, Mozart, Pasteur, Koch, Lister, culminando no século passado com a codificação dos ensinos recebidos dos Espíritos Superiores, tarefa essa confiada a Kardec.
13. O mundo recebeu com impacto o renascimento do Cristianismo e a partir daquele momento a Humanidade, confundida, alertada, crédula ou incrédula, não mais seria a mesma. Chegara a era da espiritualização, séculos depois das primeiras sementes lançadas por Moisés, semeadas e regadas por Jesus na sua extraordinária missão do amor ao próximo e cultivadas ao longo dos tempos por emissários enviados por Deus: os apóstolos e seguidores do Cristianismo que foram conhecidos pelos nomes de Francisco de Assis, Vicente de Paulo e tantos outros.
14. Jesus não pode, todavia, ser nivelado a esses reveladores, por maior que tenha sido a contribuição que eles nos trouxeram, visto que o Cristo estabeleceu um grandioso marco nas conquistas evolutivas do homem. É que o Mestre de Nazaré não se limitou a ensinar e esclarecer, mas constituiu o exemplo vivo das verdades evangélicas, provocando no mundo uma verdadeira revolução.
15. Muitas das verdades anunciadas pelo Espiritismo encontram na doutrina cristã as suas bases. As citações evangélicas que se seguem são ensinamentos de Jesus que se correlacionam com os princípios espíritas da pluralidade dos mundos habitados, a reencarnação, a caridade, a lei de ação e reação e a mediunidade:

“Há muitas moradas na Casa do Pai” (João, 14:1-3)
“Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo” (João, 3:1-12)
“Tudo o que vós quereis que vos façam os homens, fazei-o também a eles” (Mateus, 7:2)
“Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados” (Mateus, 5:5)
“... todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão” (Mateus, 26:52)
“Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demônios” (Mateus, 10:8).

16. É devido a essa correlação entre a doutrina de Jesus e os ensinos espíritas que se diz que o Espiritismo é o Cristianismo redivivo. E, se Jesus disse ser o mandamento maior “o amor a Deus e ao próximo”, Kardec afirma que “fora da caridade não há salvação”, mostrando que ninguém poderá intitular-se espírita se primeiramente não for cristão.

Respostas às questões propostas

1. Além de Jesus, que reveladores das leis de Deus existiram no mundo?
O maior e mais perfeito dos reveladores encarnados no planeta foi Jesus. A doutrina que ele nos ensinou é altamente moralizadora e nos revela caminhos que, se seguidos, podem levar-nos à conquista da verdadeira felicidade. Houve, no entanto, em todas as épocas da Humanidade outros reveladores da Lei Natural, localizados nos diferentes campos do conhecimento humano – seja na filosofia, na ciência, na religião, no campo político ou mesmo nas artes  –  o que mostra que Deus nunca nos deixou à mercê de nossas próprias imperfeições.
2. Um deles é tido por Kardec um dos precursores do Espiritismo. Qual o seu nome e quando viveu?
Seu nome é Sócrates, que viveu em Atenas entre os anos 470 e 399 a.C. Sócrates teve uma vida nobre como as verdades que ensinava e nunca houve quem o pegasse em erro, falha ou contradição, o que não impediu fosse condenado à morte devido a uma acusação de traição e corrupção levantada contra ele pela inveja de seus patrícios.
3. Por que Jesus não pode ser nivelado aos grandes reveladores que já passaram pela Terra?
Jesus não pode ser nivelado a esses reveladores, por maior que tenha sido a contribuição que eles nos trouxeram, porque o Mestre estabeleceu um grandioso marco nas conquistas evolutivas do homem e não se limitou a ensinar e esclarecer, mas constituiu o exemplo vivo das verdades evangélicas, provocando no mundo uma verdadeira revolução.
4. Muitas das verdades ensinadas pelo Espiritismo têm no Evangelho as suas bases. Mencione três citações evangélicas que nos recordam os princípios espíritas.
Eis três citações evangélicas bastante conhecidas e que se correlacionam com os princípios espíritas da pluralidade dos mundos habitados, da reencarnação e da lei de causa e efeito, respectivamente:
“Há muitas moradas na Casa do Pai” (João, 14:1-3)
“Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo” (João, 3:1-12)
“... todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão” (Mateus, 26:52).
5. Qual é, segundo Jesus, o maior mandamento da lei de Deus e como Kardec o sintetizou?
O “amor a Deus e ao próximo” é, segundo Jesus, o maior mandamento da lei, que Kardec sintetizou na conhecida frase “Fora da caridade não há salvação”.


Nota:
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