terça-feira, 31 de maio de 2016

ERNEST RENAN E A RELEVÂN - CIA DO SEU LEGADO À LUZ DO PENSAMENTO ESPÍRITA

Ernest Renan e a relevân-cia do seu legado à luz do pensamento espírita

Ao contrário do que muitos podem pensar, a humanização de Jesus torna seus seguidores mais determinados na transformação evangélica de si mesmos, pois leva tais discípulos a serem mais maduros e conscientes. A “divinização de Jesus”, pelo contrário, faz do Mestre um exemplo inalcançável e, portanto, torna seus ensinos “menos praticáveis”, pois inerentes à vida de um “deus” (com “d” minúsculo) ou do próprio “Deus” (com “D” maiúsculo). Assim sendo, a aceitação desse “Jesus mitológico” abre precedentes para outras concepções igualmente mitológicas a respeito da vida e do legado do Mestre, assim como de discípulos, apóstolos, familiares e seguidores de Jesus. Tal abordagem nivela a discussão religiosa “por baixo”, limitando os esforços de crescimento da compreensão da questão espiritual da vida. Realmente, a “absolvição mágica de pecados sem nenhuma reforma íntima”; o “Céu” fácil, sectário e claramente discriminatório; as questões associadas à suposta virgindade de Maria e a visão mística e/ou mítica criada sobre o admirável Espírito que foi mãe de Jesus na Terra; a condenação a um inferno eterno, entre outros tópicos, são propostas incompreensíveis sob quaisquer aspectos filosófico-religiosos, mas, apesar de serem ideias esdrúxulas, acabam sendo admitidas como verdadeiras, a partir da aceitação de premissas equivocadas. 
Ernest Renan foi contemporâneo de Kardec 
A análise supracitada remete-nos, indiretamente, ao próprio Mestre Nazareno que dissera: “Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho”. Ou seja, ideias corretas em uma “amarração” conceitual com propostas erradas tendem a gerar inúmeras inferências igualmente equivocadas. Também faz-nos lembrar de Erasto em “O Livro dos Médiuns” que ensinou ser “preferível rejeitar 10 verdades a aceitar uma única mentira, uma única doutrina falsa”. Portanto, a aceitação de ideias básicas deturpadas favorece a aceitação de ideias subsequentes também erradas, pois dá margem a um raciocínio ilógico (mesmo que, em alguns aspectos, possa ter aparência de lógico), o que pode ser facilmente identificado nos estudos sobre o silogismo aristotélico. Ou, por outro lado, a admissão de propostas claramente ilógicas favorece uma outra proposição muito comum em nossa sociedade de que, em matéria de questões religiosas, “tudo é ilógico”, gerando a famosa e irracional resposta “isso é um mistério” ou “são mistérios de Deus, e não adianta tentar entender”.
Tais tipos de conclusões limitam a troca séria e produtiva de ideias sobre as questões espirituais, favorecendo um tipo de separação absoluta entre religião e ciência, a qual, até certo ponto, resiste em nossa sociedade nos dias atuais, em que pese a contribuição decisiva do Espiritismo, verdadeira “aliança entre ciência e religião”.
A discussão acima reforça o valor da contribuição de Ernest Renan ao crescimento religioso da humanidade. De fato, ao questionar duramente análises irracionais a respeito de Jesus e de seus Evangelhos, Renan favoreceu um amplo debate sobre questões antes muito pouco analisadas. Isso porque somente através de uma fé verdadeiramente raciocinada equacionaremos uma série de problemas presentes na cultura religiosa em nosso planeta.
Ernest Renan foi um escritor, filósofo, teólogo e historiador francês que se tornou uma grande referência no pensamento cultural do mundo a partir do século XIX. Nascido em Tréguier em 28 de fevereiro de 1823, Renan viveu fisicamente até 2 de outubro de 1892, quando desencarnou em Paris aos 69 anos. Renan contribuiu significativamente para a busca de uma análise racional das questões religiosas, enfocando, sobretudo, o cristianismo.
Joseph Ernest Renan foi um autor tão marcante no seu tempo que, contemporâneo de Allan Kardec, motivou grande interesse do próprio Codificador a respeito de sua obra “Vida de Jesus”, a ponto de Allan Kardec interrogar os Espíritos da Falange do Espírito de Verdade a respeito do valor real da respectiva obra. Tal questionamento está inserto no livro kardequiano “Obras Póstumas”.  
Como Erasto definiu o livro de Renan sobre Jesus 
Vejamos o que Kardec perguntou e o que Erasto, o responsável pela resposta, esclareceu (Obras Póstumas - tradução de João Teixeira de Paula e Introdução e Notas de J. Herculano Pires - décima segunda edição da LAKE, 1998.):
 
P. (A Erasto) Qual é o efeito que produzirá a “Vida de Jesus” de Renan?
R. Será imenso. Grande será o rumor no seio do clero, porque esse livro lança por terra os fundamentos do edifício, em que ele se abriga há dezoito séculos. O livro não é irrepreensível; ao contrário, oferece larga margem à crítica, por ser o reflexo de uma opinião exclusiva, que se circunscreve a um estreito círculo da vida material.
Renan não é materialista, mas pertence à escola, que não nega o princípio espiritual, mas não lhe atribui função efetiva e direta nas coisas do mundo. Ele é destes cegos inteligentes que explicam a seu modo o que não podem ver; que, não compreendendo o mecanismo da vista a distância, imaginam que se não pode conhecer uma coisa senão tocando-a. Por isso, reduziu ele o Cristo às proporções do homem mais vulgar, negando-lhe todas as faculdades, que são os atributos do Espírito livre e independente da matéria. Entretanto, de par com erros capitais, principalmente no que toca à espiritualidade, aquele livro contém observações muito justas, que tinham até agora escapado aos comentadores e que lhe dão alto relevo sob certos aspectos.
O autor pertence à legião dos Espíritos encarnados que podem ser chamados demolidores do velho mundo e cuja missão é nivelar o terreno, em que se edificará novo mundo mais racional. Quis Deus que um escritor de grande fama viesse, com o seu talento, lançar a luz sobre certas questões obscuras e envoltas em preconceitos seculares, a fim de predispor os Espíritos para as novas crenças. Sem querer, Renan aplainou os caminhos para o Espiritismo. (Grifos meus.) 
Nota de J. Herculano Pires (Revisor da tradução): “A evolução se realiza através de uma engrenagem de ações e reações combinadas. A obra de Renan, não somente nesse livro, representou um esforço paralelo ao Espiritismo, no campo religioso, contribuindo poderosamente para arejar o clima mental da época”. (Grifos meus.) 
Renan: um cego inteligente? 
Conforme registrado em “Obras Póstumas”, os Espíritos opinam que Renan seria uma espécie de “cego inteligente” e que a sua contribuição, indiretamente, auxiliaria o Espiritismo, através de significativa contribuição na “demolição do velho mundo” para favorecer as condições de uma reconstrução de valores culturais relacionados à área religiosa.
A explicação de um dos grandes colaboradores da “Falange do Espírito de Verdade”, tal como Erasto, a Allan Kardec faz-nos lembrar, indiretamente, o célebre ensinamento do Mestre Jesus: “Aqueles que não estão contra nós estão por nós”.
De acordo com os Mentores orientadores de Allan Kardec, Renan era um Espírito inteligente que elaborou uma obra inteligente e interessante, mas com várias ressalvas. De qualquer maneira, segundo os Espíritos, entre pontos positivos e pontos negativos, o saldo dessa obra seria altamente favorável ao estudioso francês. De fato, em vários assuntos associados direta ou indiretamente ao Espiritismo, identificamos a contribuição de estudiosos não espíritas, os quais pesquisando questões espirituais têm muitas vezes corroborado as conclusões espíritas.
A ideia de “cego inteligente” sugere alguém que tem muita dificuldade de perceber alguns tipos de evidências, mas que, apesar dessas limitações, teria uma grande capacidade de análise racional de alguns ângulos da questão. Realmente, tal análise parece ser bastante adequada quando estudamos Renan e seu livro mais famoso “Vida de Jesus”.
Renan desenvolveu uma análise racional bastante objetiva sobre os textos evangélicos. Ele literalmente “humanizou” Jesus, rejeitando sua suposta “divindade”, como, inclusive, o dogma católico da “Santíssima Trindade” defende. Com uma ampla capacidade de análise crítica, defende que “Jesus de Nazaré” era “um homem incomparável”, valorizando o papel educador de Jesus na história da humanidade. Essa valorização era uma análise independente de rótulos e das conceituações religiosas tradicionais, tanto que diferencia drasticamente “Jesus de Nazaré” do mito divinizado que seria o “Jesus de Belém” (vide a obra “Revisão do Cristianismo” de J. Herculano Pires).
Ernest Renan, que havia sido nomeado professor de hebraico no Collège de France, teve seu curso suspenso pelo governo de Napoleão III após sua primeira aula, justamente por ter chamado Jesus de “homem incomparável”. O curso foi, de fato, suprimido até 1870. 
Renan e sua rejeição aos fenômenos “paranormais” 
Apesar de elaborar uma obra em que é possível perceber uma boa cota de opiniões pessoais, que poderiam ser questionadas por estudiosos de várias correntes e também por livres pensadores, Renan contribui para o crescimento cultural da humanidade ao propor uma análise crítica realmente racional sobre os textos evangélicos, assim como a obra e o legado de Jesus de Nazaré, mesmo considerando que podemos discordar de muitos de seus posicionamentos à luz da Doutrina Espírita.
Renan rejeitava praticamente todo episódio (ou pelo menos as interpretações “supranormais” dos respectivos episódios) que narrava alguma experiência de caráter dito “paranormal” atribuído a Jesus. Portanto, ignorou toda e qualquer possibilidade de fenomenologia mediúnica e/ou de emancipação da alma e, consequentemente, das chamadas “curas espirituais”. Ignorando a possibilidade da comunicabilidade da alma e da influência dos magnetismos humano e espiritual sobre a saúde humana, Renan rejeita a ideia de paranormalidade, por estar longe do conhecimento dos pré-requisitos que viabilizam uma interpretação racional de tais fenômenos. Realmente, a compreensão, por exemplo, da realidade do perispírito era algo muito distante dos conhecimentos de Renan, o que favorecia uma interpretação “simplista” dos textos evangélicos.
Apesar de seus equívocos à luz da Doutrina Espírita, a rejeição aos dogmas, sobretudo à ideia da “Santíssima Trindade”, com a consequente “humanização” de Jesus, não deixa de ser uma importantíssima contribuição para que muitos estudiosos fossem motivados a uma busca mais racional e profunda da vida e da obra do Mestre de Nazaré. De fato, a ideia básica de rejeição ao “milagre” coaduna com o pensamento espírita. A diferença está no fato de que o Espiritismo estuda a “comunicabilidade com os Espíritos” como fenômeno natural, e dá inúmeras e contundentes evidências da realidade desse tipo de comunicação. Tais informações estavam, àquela época, muito longe do horizonte cultural de Ernest Renan.
De qualquer forma, a atitude de estudo crítico constante por parte de Renan perante as questões religiosas induz a sociedade a refletir sobre o significado da verdadeira religiosidade e os problemas intrínsecos a análises literais focadas nos chamados “textos sagrados”. Esses dois itens serão sempre importantes para o amadurecimento do Espírito imortal. Importantes autores espíritas, tais como J. Herculano Pires, principalmente através de sua excelente obra “Revisão do Cristianismo”, e Hermínio Miranda, estudaram Renan com muita atenção percebendo o valor da contribuição desse escritor francês, em que pesem seus eventuais equívocos à luz do Espiritismo. Vale citar igualmente Divaldo Franco que elaborou interessantes seminários e palestras baseados na análise do pensamento de Renan à luz da Doutrina Espírita. 
Jesus teria sido realmente tentado por Satanás? 
Realmente, se Jesus também é Deus, e um Deus que supostamente (na opinião de católicos e protestantes) pode ser tentado pelo “Diabo” e titubeia ante a provação, como supostamente teria ocorrido no Jardim das Oliveiras (também de acordo com a opinião de católicos e protestantes), tudo ou quase tudo pode ser admitido, pois as premissas supracitadas, previamente admitidas, são contraditórias, ilógicas e totalmente incoerentes com o mínimo bom senso, abrindo caminho para outras ideias igualmente absurdas. Seria o caso de se questionar: quem governava o Universo (admitindo que Jesus seria também Deus), quando Jesus era tentado e/ou quando ele titubeava antes das provações de sua tarefa?!
Se como espíritas, que não admitimos que Jesus seja Deus, é inaceitável que Jesus tenha sido efetivamente tentado assim como hesitado frente à tarefa que veio cumprir na Terra, não seria ainda mais incoerente admitir tais hipóteses para aqueles que o consideram (inexplicavelmente) Deus?!
Ao admitir tais proposições, as questões religiosas passam a trilhar caminhos de uma “fé não raciocinada” ou, pelo menos, sem qualquer sustentação racional logicamente aceitável. Dentro desse contexto, qualquer proposta, por mais insustentável que possa parecer, pode ser admitida por religiosos que não buscam cultivar uma fé “que possa encarar face a face a razão em todas as épocas da humanidade”, conforme a diretriz espírita apregoa como ideal.
Essa noção comum de religião sem lógica, quando levada a graus extremos de fanatismo e de incoerência, tem dado, tanto no passado como no presente, exemplos terrivelmente tristes de quão prejudicial pode ser o ideal religioso sem critérios mínimos de ética e bom senso.
Mesmo desprezando a possibilidade de autenticidade de aspectos ditos “paranormais” da atuação de Jesus, as premissas racionais da reflexão de Renan já foram suficientes para gerar uma grande polêmica no século XIX (e até mesmo nos séculos XX e XXI). A polêmica, nesse caso, foi muito valiosa, uma vez que em “matéria de fé”, ainda mais naquele tempo, as questões religiosas, sobretudo aquelas relacionadas a Jesus, nem sequer podiam ser levantadas (em relação ao status quo associado à cultura do homem médio da época, o qual era mantido em um nível de racionalidade bem baixo devido, entre outros responsáveis, à atuação dos líderes religiosos do século XIX) e muito menos refutadas (pelo menos no que diz respeito aos conceitos tidos como “oficiais” pelas instituições religiosas dominantes, haja vista a famigerada “infalibilidade papal”, que seria “promulgada” no Concílio Vaticano I pelo papa Pio IX alguns anos depois, em 18 de julho de 1870). 
Fonte: O Consolador uma Revista de Divulgação Espírita  


ATÉ O PRESENTE, O GOVERNADOR FLÁVIO DINO E ASSESSSORES NÃO TÊM MORAL PARA PEDIR VOTOS EM ROSÁRIO!

segunda-feira, 23 de maio de 2016

CADÊ WILLAME ANCELES E CALVET FILHO? OS PROTEGIDOS DO GOVERNADOR FLÁVIO DINO ESTÃO CALADOS!



ELES DIZIAM QUE NÃO IAM  FAZER HOSPITAL,  IAM FAZER ERA AS AÇÕES BÁSICAS DE SAÚDE. NÃO FIZEREM NADA ATÉ AGORA, NÃO IMPLANTARAM OS PROGRAMAS BÁSICOS DE SAÚDE! PORQUÊ?
 
Com a palavra o Gestor Regional de Saúde de Rosário Willame Anceles

          
Não fizeram no governo de Roseana Sarney conforme consta no PPA- Plano Plurianual 2012/2015. Não estão fazendo   no governo   de Flávio Dino até agora!  O Plano Plurianual (PPA), no Brasil, previsto no artigo 165 da Constituição Federal e regulamentado pelo Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998 é um plano de médio prazo, que estabelece as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal ao longo de um período de quatro anos.
O QUE É O PLANO PLURIANUAL (PPA)?
É um planejamento governamental que estabelece diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para um período de 4 anos, organizando as ações do governo em programas que resultem em bens e serviços para a população. É aprovado por lei quadrienal, tendo vigência do segundo ano de um mandato majoritário até o final do primeiro ano do mandato seguinte. Nele constam, detalhadamente, os atributos das políticas públicas executadas, tais como metas físicas e financeiras, público-alvo, produtos a serem entregues à sociedade, etc.
No PPA - Plano Plurianual 2016/2019 conforme levantamento realizado em 2015 na cidade  de Barreirinhas ficou decido como primeira prioridade para a Regional de Rosário a Construção de um  Hospital Regional em Rosário com a previsão de inicio  em 2016. Aguarda-se. Quanto aos Programas básicos de saúde; Rede Cegonha, Rede Atenção às Urgências, Rede de Atenção Psicossocial e Rede de Atenção ao Câncer de Colo de Útero e de Mama até o presente a situação é a seguinte:
O ESTADO  ( SES)  QUE TEM O DEVER INSTITUCIONAL  DE ASSESSORAR,
 NÃO FAZ  É UMA DECEPÇÃO! 
 O MUNICÍPIO  É UM CEGO QUE NÃO QUER ENXERGAR;
O PROMOTOR NÃO CONHECE A LEGISLAÇÃO DO SUS.  ESSA É A REAL SITUAÇÃO!

segunda-feira, 30 de maio de 2016

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (192) PARTILHAO DE O BLOG O ESPITISMO SÉCULO XXI



Teu jeito de sorrir
Arlindo Cruz, Júnior Dom e Babi
Não foi teu olhar,
Não foi teu andar,
Foi teu jeito de sorrir
Que me cativou,
Que me fez sonhar,
Fez meu mundo se abrir...
Sofrido, carente,
Cansado demais,
O meu coração
Encontrou a paz.
Se estou do teu lado,
Esqueço o passado
E mergulho nesse amor,
Ah nesse amor!
Se estou do teu lado,
Esqueço o passado
E mergulho nesse amor...
O nosso amor
Tem gosto de céu, tem cheiro de mar,
É puro, é flor de maracujá,
É calmo, é chá de erva-cidreira.
O nosso amor
É luz do luar, é sol de queimar,
Estrela que vem para abençoar
Porque nosso amor é pra vida inteira...
O nosso amor
Tem gosto de céu, tem cheiro de mar,
É puro, é flor de maracujá,
É calmo, é chá de erva-cidreira.
O nosso amor
É luz do luar, é sol de queimar,
Estrela que vem para abençoar
Porque nosso amor é pra vida inteira...
Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando nos links citados:
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domingo, 29 de maio de 2016

"O LAR DA CRIANÇA É A NOSSA PAIXÃO"

Entrevista Espanhol Inglês
Ano 10 - N° 467 - 29 de Maio de 2016
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)

 
Eduardo Croys Felthes: 
O presidente do Lar da Criança Legionárias de Ismael fala-nos sobre a instituição e também a respeito da 55ª Semana Espírita Intermunicipal de Barretos, prevista para julho próximo 
 

Espírita desde a infância, mas dedicado efetivamente com mais afinco às atividades espíritas a partir de 1991, Eduardo Croys Felthes (foto) nasceu e reside em Barretos, no interior paulista. Formado em Matemática, ex-bancário e agente fiscal de rendas aposentado, vincula-se ao Centro Espírita Bezerra de Menezes, do qual é vice-
presidente, e ao Lar da Criança Legionárias de Ismael, que preside. Na presente entrevista, cujo foco é a tradicional Semana Espírita de Barretos, ele nos fala também sobre o Lar da Criança, que confessa ser sua paixão, e pelas oportunidades de trabalho ali existentes, onde coloca seu tempo e seu amor em favor dos inúmeros atendimentos. 
A Semana Espírita de Barretos é um evento tradicional na cidade. Quando se iniciou?  
Neste ano de 2016 será realizada a 55ª Semana Espírita Intermunicipal de Barretos. Segundo informações, a primeira edição ocorreu em 1948. 
Ela congrega todas as casas da cidade?  
A promoção da Semana Espírita é da USE Intermunicipal Barretos e dela participam todas as Casas filiadas à USE. O evento é realizado em datas diferenciadas, sendo a primeira semana (3 a 9 de julho) em Barretos e a segunda semana (11 a 15 de julho) em Colina, Guaíra e Jaborandi. Também se nota a presença de público não espírita durante as palestras. 
Na programação de 2016 quais os palestrantes escalados? 
Em Barretos, de 3 a 9 de julho, falarão: Fernando Arrobas, Cosme Massi, Américo Sucena, Serginho Grande, Sandra Fiore, Alexandre Perez e Nazareno Feitoza. Em Colina, de 11 a 15 de julho, André Luiz Iesi Sobreiro, Júlio Fornazari, Ronaldo Campos, Artur Valadares e Reginaldo Aparecido Cordoa. Em Guaíra, de 11 a 15 de julho, Sandra Duran, Luiz Carlos Barros Costa, José Ronaldo De Castro, André Luiz Iesi Sobreiro e Valdir Monteiro. Em Jaborandi, no dia 13 de julho, falará André Luiz Iesi Sobreiro. 
Existe uma temática central? No caso, qual o tema central do ano? 
Não há um tema central. Os temas são livres, de escolha dos palestrantes. 
As palestras ocorrem no mesmo local? 
Em Barretos, será realizada no Lar da Criança Legionárias de Ismael, sito na Rua 34, nº 1.332, Centro. Nas demais cidades as palestras serão nas Casas Espíritas da localidade. 
Qual o fato mais marcante nesses anos todos que gostaria de destacar para os leitores? 
O fato mais marcante para a USE Intermunicipal Barretos aconteceu no ano de 2010, quando, depois de mais de 50 anos, a USE foi regularizada com a união das Casas, elaboração e registro do Estatuto Social, passando, assim, a ter existência legal. Podemos destacar também o ano de 2011, em que tivemos a honra de receber em Barretos os oradores Alberto Almeida, José Raul Teixeira e Divaldo Franco, além de outros excelentes palestrantes.  
De suas lembranças, qual o fato mais positivo de sua realização? 
Como fato positivo destacamos a realização da Semana Espírita no Lar da Criança, que é um local neutro e que acolhe os frequentadores de todas as Casas Espíritas em um local amplo. A Diretoria do Lar da Criança, quando das obras de ampliação, preocupou-se em edificar um espaço amplo, agradável e aconchegante, especialmente projetado para eventos da USE. A volta da Feira do Livro Espírita durante a Semana Espírita também merece destaque para a divulgação da Doutrina. 
Fale-nos sobre o Lar da Criança. 
O Lar da Criança é a nossa paixão, uma instituição que realiza excelente trabalho de formação de caracteres e de dignificação do ser humano, colaborando para uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. Fundado em 01/06/1947, desenvolve atualmente os Projetos: Educando Feliz, Menina Mãe, Mãe Operária, Preparando o Papai, Cantinho do Bebê, Click para a Vida, Sorriso Feliz, É Plantando que se Colhe. 
Comente sobre a loja para gestantes mantida pelo Lar. 
O Cantinho do Bebê é uma loja completa, fornecendo o enxoval para as gestantes e para o bebê, materiais de higiene, decoração. A moeda utilizada na loja é o "Bônus-Lar", que a gestante adquire através da participação dela e do papai nas atividades realizadas. Ao final do curso, que é estruturado em 16 semanas, ela utiliza os Bônus-Lar conquistados, efetuando sua troca por mercadorias no Cantinho do Bebê, possibilitando que ela leve todo o enxoval e demais produtos necessários para exercer uma maternidade responsável. 
Algo mais que gostaria de acrescentar? 
Destacamos a importância de eventos que promovam a divulgação da Doutrina Espírita em seu tríplice aspecto e a responsabilidade de todos os Dirigentes Espíritas na preservação dos princípios doutrinários, no esclarecimento sobre o papel do Espiritismo na transformação moral do homem e na prática do Evangelho de Jesus. 
Suas palavras finais. 
Convidamos os leitores para que nos prestigiem na 55ª Semana Espírita Intermunicipal de Barretos e que aproveitem para conhecer as atividades desenvolvidas pelo Lar da Criança. Que neste momento nós, espíritas, possamos ser exemplo e fazer a diferença em nossa sociedade através do Trabalho, da Solidariedade e da Tolerância, conforme nos ensinou Allan Kardec.
Fonte: Retirado de o Consolador uma Revista de Divulgação Espírita


REFLEXÕES À LUZ DO ESPIRITISMO - POR QUE CREMOS EM DEUS


Reflexões à luz do Espiritismo



Por que cremos em Deus?
Um amigo pediu-nos algum tempo atrás que escrevêssemos a propósito dos fundamentos de nossa crença – a crença espírita – na existência de Deus.
Por que adotamos semelhante pensamento?
O Espiritismo fornece-nos argumentos importantes e consistentes no tocante à admissão da existência de Deus, a qual é, como se sabe, o primeiro dos chamados princípios fundamentais da doutrina espírita.
Constitui princípio elementar que é pelos efeitos que se pode ajuizar de uma causa, mesmo quando essa causa nos esteja oculta.
Se uma ave, assim que alça voo, é atingida por uma bala de revólver, torna-se evidente que um atirador a alvejou, embora o atirador não tenha sido visto por ninguém.
Deduz-se, pois, que nem sempre se torna necessário que vejamos uma coisa para sabermos que ela existe, porque em grande número de situações é na observação dos efeitos que se chega ao conhecimento das causas.
Outro princípio igualmente elementar e que já passou à condição de axioma é o de que todo efeito inteligente decorre de uma causa inteligente.
Se perguntarmos o nome do autor de uma tela primorosa, que é que pensaremos se alguém nos disser:  “Não existe pintor nenhum; a pintura se fez por si mesma”?
Em toda a parte é possível reconhecer a presença do homem por suas obras.
A existência dos homens antediluvianos não se prova unicamente por meio dos fósseis que foram encontrados. Ela é provada também, e com muita certeza, pela presença, nos terrenos daquela época, de objetos feitos por aqueles indivíduos. Um fragmento de vaso, uma pedra talhada, um instrumento qualquer bastam para atestar sua presença. Além disso, pela perfeição ou grosseria do objeto, reconhece-se o grau de inteligência ou de adiantamento das pessoas que o produziram.
Se estivermos em uma ilha habitada exclusivamente por selvagens e descobrirmos ali uma estátua de linhas perfeitas, todos admitirão que, sendo os selvagens incapazes de tê-la feito, a estátua foi feita por alguém de inteligência superior à deles.
Com referência a Deus, basta que olhemos em torno de nós, seja para o alto, seja para baixo, e veremos a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem às obras que não foram feitas pelos homens, não existindo nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana, quer examinemos os astros que rolam pelo espaço, quer nos detenhamos nos microrganismos que vivem dentro de nosso corpo físico.
Alguns dados bem conhecidos dão-nos uma ideia da grandeza e da perfeição das referidas obras.
O movimento de rotação da Terra é o que nosso planeta faz ao girar em torno de seu próprio eixo, no sentido contrário ao dos ponteiros de relógio. A rotação completa da Terra dura exatamente 23 horas 56 minutos 4 segundos e 9 centésimos, numa velocidade de rotação que é, na linha do equador, de 1.674 km/h.
Nosso planeta cumpre também, como se sabe, outro movimento – o de translação em torno do Sol – numa velocidade orbital de 106.798 km/h.
Um revólver 38 lança balas a 650 km/h. Comparemos esta velocidade com os dois movimentos mais conhecidos de nosso planeta, e teremos uma noção exata do poder criador, que está infinitamente acima da capacidade dos homens mais sábios, sendo, pois, produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos que se acredite que possam existir efeitos sem causa.
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sábado, 28 de maio de 2016

A RECEPIÇÃO DE KARDEC A MACHADO E A CONFIANÇA DE QUE CHICO NÃO É KARDEC REENCARNADO

Contos e crônicas



A recepção de Kardec a Machado e a confirmação de que Chico não é Kardec reencarnado
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Amiga leitora, hoje narrar-lhe-ei minha recepção no mundo espiritual. Tão logo desencarnei, fui recebido por amigos e pessoas que, só após algum tempo, reconheci num hospital maravilhoso. Ao abrir os olhos, percebi a presença de equipe de médicos e enfermeiros cuidadosos ao lado de minha cama. Em seguida, ouvi uma voz, que logo identifiquei ser de Allan Kardec, me dizer:
— Levantai-vos, Machado, e abraçai vossos amigos e amigas que aqui estão. Eles representam uma multidão postada lá fora. Comigo estão Maria Inês, Victor Hugo, Shakespeare, Almeida Garret, Francisco Gonçalves Braga, Paula Brito, Manoel Antônio de Almeida, Gonçalves Dias, Castro Alves, José de Alencar, Francisca Júlia e esposo...
— Todos são-me caríssimos ao coração, mas...
Lendo-me o pensamento, ele respondeu-me:
— Carolina  prepara-vos a recepção em vosso lar, bela reprodução da casa do Cosme Velho, de tão felizes recordações para ambos, mas breve  virá vos abraçar.
— Vê-la, abraçá-la e beijá-la é tudo o que eu mais desejo... Mas e meus pais, minha irmãzinha, falecida aos 4 aninhos, minha madrinha, onde estão?
— Reencarnaram... A vida continua, meu caro, em várias dimensões...
Após abraçar, um a um, todos os amigos e amigas, com destacada efusão de gratidão e reconhecimento a Maria Inês, bem como a Braga, Paula Brito e Manoel Antônio de Almeida, fui carregado no colo por todos aqueles amigos e amigas para fora do hospital. No pátio, uma orquestra tocava as belas músicas entoadas por grande número de cantoras líricas que tanto apreciei nos teatros cariocas.
Quando me aproximei, as músicas e cantos silenciaram para ouvirmos uma ovação e aplauso frenético da multidão que nos aguardava. Nesse momento, fui colocado no chão, e Kardec chamou-me, com um sorriso benevolente e compassivo:
— Vinde, Machado, subi neste palco para receberdes as justas homenagens à vossa obra imortal.
— Envergonhado, por ter escarnecido do Espiritismo e de tão elevada alma, cambaleei e quase caí. Mas ele amparou-me e disse bondoso:
— Não fiqueis encabulado, por nos ter chamado de “loucos”, “idiotas” e quejandos, em vossas crônicas. Tudo tem seu tempo e finalidade na Criação de Deus. Brevemente, o mundo receberá centenas de obras provindas daqui, por intermédio de extraordinários Espíritos e médiuns. E, por incrível que pareça, embora não tenhais chegado a conhecê-la, uma mineira de Juiz de Fora já se encontra pronta para começar o trabalho.
— Zilda Gama?
— Ela mesma — arrematou Victor Hugo entrando no nosso diálogo, para minha grata surpresa. Como precursora da grandiosa obra psicográfica que o Brasil e o mundo conhecerão, ditar-lhe-ei cinco belos romances... (1)
— Exatamente! — falou Kardec. E também estão programados, no Ministério das Comunicações desta cidade espiritual, a partir de 1912, uma série de comunicados meus por intermédio dessa mulher, antecessora, no Brasil, de um dos mais elevados médiuns de todos os tempos, que renascerá em Uberaba, Minas Gerais, em 1910... Quando eu começar a ditar minhas mensagens à Zildinha, ele já estará com dois aninhos. E prosseguirei, por vários anos, a ditar à Zilda orientações ao Movimento Espírita... Quando Chico estiver com 17 anos, cessarei meus comunicados à médium precursora desse missionário. (2)
— Como estamos em 1908, faltam apenas dois anos para o início do nascimento desse grande Espírito, ó Kardec. Diga-me algo mais sobre ele, mestre. Roguei-lhe, humilde.
— Trata-se de Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, que futuramente será eleito “o maior brasileiro de todos os tempos”. Chico já está no Ministério da Reencarnação e será o continuador da obra do Consolador, guiado por Emmanuel, que se prepara para essa missão em esfera de alta elevação.
— Alguém mais o auxiliará nessa grandiosa tarefa cristã?
— Muitos médiuns anônimos e estudiosos da Doutrina Espírita estão sendo encaminhados à Terra para completarem meu trabalho; mas, no Brasil, ainda teremos as obras de dois gigantes da psicografia, Yvonne Pereira e Divaldo Franco. Este ainda continuará, por longos anos, a tarefa de divulgação espírita-cristã, pelo dom da oratória, que Léon Denis está começando...
Antes de iniciar seu pronunciamento, lembrei a Allan Kardec sobre o anúncio, em seus escritos póstumos, de previsão da sua reencarnação no início desse século XX, em que eu deixava a Terra. Gentilmente, ele me respondeu:
— Então não sabeis que imutável somente Deus o é? Esquecestes-vos de que me foi dito, também, que se eu não me incumbisse bem de minha tarefa outro me substituiria? Meu caro, ninguém, na Terra, é insubstituível...
— Quanta humildade... Pensava eu, quando Victor Hugo me tomou a palavra e disse:
— Pois é... Kardec foi tão bem em sua tarefa, que o Conselho Superior, representado por Santo Agostinho, São Luís, e o próprio Paulo de Tarso, entre outros elevados membros da equipe do Senhor, deu sua missão por concluída com louvor, sem que haja necessidade de seu retorno à carne. Isso porém não significa que a Doutrina Espírita esteja acabada e novas revelações sejam desnecessárias. A base é Jesus e Kardec, mas o edifício apenas começou a ser levantado...
— Isso mesmo, concluiu Allan Kardec, centenas de obras psicografadas pelos médiuns escolhidos pelo Senhor e outros mais, de grande elevação espiritual, concluirão minha obra. E você, Victor, dentro de um século, reencarnará, junto com grande número de enviados do Senhor para prosseguir com os trabalhos de regeneração do mundo.
— Nada mais ouvi, pois avistei Carolina se aproximar, sorrindo de alegria, e corri para seus braços...
No palco, um jovem trajado à moda romana, irradiando intensa luz, aproximou-se de Kardec e entregou-lhe pergaminho onde se lia o seguinte título: NO FUTURO(3).
Era Emmanuel... No horizonte, como se projetado por grande tela, Jesus nos contemplava, sorrindo, abraçado a Maria.
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(1) Na sombra e na luz; Do calvário ao infinito; Redenção; Dor suprema e Almas crucificadas. Todas essas obras seriam psicografadas por Zilda Gama, a partir de 1916, publicadas e reeditadas pela Federação Espírita Brasileira até a época atual.
(2) Ver LOUREIRO, Carlos Bernardo.  As mulheres médiuns. Rio de Janeiro: FEB, 1996, p. 435 a 440. Obra esgotada e a ser reeditada pela FEB.
(3) XAVIER, Francisco Cândido. Pão nosso.  Rio de Janeiro: FEB, cap. 41.
Nota: embora baseada em fatos reais, esta crônica é fruto de pesquisa e dos devaneios literários de jlo.
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