quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

PÉROLAS LITERÁRIAS (131) Mensagem de companheiro



Mensagem de companheiro

Jésus Gonçalves (Espírito)

A ti, meu irmão, que assumiste comigo os pesados encargos da existência num sanatório de hansenianos, sem possibilidades de cura física; a ti, para quem a ciência da Terra não conseguiu trazer, tanto quanto a mim, o medicamento salvador; a ti, que não tiveste, qual me ocorreu, a consolação dos egressos; a ti, que sofres entre a fé viva e a dúvida inquietante, entre a tentação à revolta e a aceitação da prova, acreditando-te frequentemente esquecido pelas forças do céu, 
ofereço a lembrança fraternal destes versos:

Não te admitas réu de afrontosa sentença,
Largado de hora em hora à sombra em que te esmagas,
Varando tanta vez humilhações e pragas
À feição de calhaus da humana indiferença.

Crueldade, paixão, injúria, crime, ofensa
Criaram-nos, um dia, a estamenha(1) de chagas!…
No pretérito abriste o espinheiro em que vagas
E, embora a provação, trabalha, serve e pensa.

Ânsia, tribulação, abandono, amargura
São recursos da lei com que a lei nos depura
O coração trancado em nódoas escondidas…

Bendize, amado irmão, as feridas que levas,
A dor extingue o mal e o pranto lava as trevas
Que trazemos em nós dos erros de outras vidas.


(1)
 Estamenha: tecido comum de lã; hábito, burel de frade.

Do livro Na Era do Espírito, obra de autoria de Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires e Espíritos Diversos.


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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

PÍLULAS GRAMATICAIS (185)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Pílulas gramaticais (185)


Considere estes textos e diga qual é o correto:
- Soou cinco badaladas no sino da catedral.
- Soaram cinco badaladas no sino da catedral.
O texto correto é o segundo, visto que a regra diz que, quando usados na indicação de horas, os verbos “soar”, “bater” e “dar” têm sujeito e com este devem concordar.
Exemplos:
- O relógio deu duas horas.  (Sujeito: o relógio).
- Deram duas horas no relógio do cinema. (Sujeito: duas horas.)
- Deu uma hora no relógio da praça. (Sujeito: uma hora.)
- O sino da catedral bateu cinco badaladas. (Sujeito: o sino.)
- Bateram cinco badaladas no sino da catedral. (Sujeito: cinco badaladas.)
- Soaram oito badaladas no relógio da praça. (Sujeito: oito badaladas.)
*
O verbo aspirar muda de sentido conforme seu complemento na oração.
Se o complemento é direto, significa “absorver”, “sorver”.
Exemplos:
- O jovem aspirou o suave perfume da namorada.
- O Espírito aspirou o ar a plenos pulmões.
- Na serra, as pessoas aspiram o ar puro.
- Aspiramos muito pó nessa viagem ao interior.
Se o complemento é indireto, significa “pretender”, “desejar”.
Exemplos:
- O empregado aspirava a um aumento no salário.
- Todos nós aspiramos a um futuro melhor.
- Os jogadores aspiravam à vitória.
- A meta a que aspiramos exige muito esforço.
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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A DIVERSIDADE DEVE SER ABENÇOADA E NÃO DISCRIMINADA Reproduzido de o Espiritismo Século xxi



CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@g­mail.com
De Londrina-PR
Iniciando um novo ano, com novas expectativas, sonhos e desejos de paz e harmonia, há algo bem simples que trará felicidade ao Planeta: o respeito pela diversidade dessa grande família a que pertencemos.
Em pleno século XXI ainda se verifica, explicitamente, a discriminação, esta que nada mais é que segregar de modo injusto e desrespeitoso o indivíduo por sua característica cultural, religiosa, racial, opinativa entre outras observações. Se buscamos a liberdade e nos foi concedido o livre-arbítrio, apenas o que for ilícito e prejudicial é que se deve receber o cerceamento e sua definida punição para o próprio bem e o comum.
Quando se fala em etnias, fala-se também da maravilhosa variedade que enormemente enriquece o Planeta com a soma dos povos, costumes, culturas, criatividade, beleza, cores, credos, opiniões e, assim, a diversidade se torna determinante e presente.
Se houvesse apenas uma espécie de flor, o que seria dos campos coloridos, lindos e curativos que nossos olhos amam ver e nossas mãos se encantam em poder tocar essas doces flores?
Se houvesse apenas uma nota musical, seria possível a composição de músicas belíssimas que só é possível por meio da combinação simultânea de notas diferentes que gera harmonia e encanta, eleva a alma, acalma o coração e anima para a caminhada futura? Certamente, não. Também não haveria nenhuma canção acompanhando os momentos marcantes da vida, com nossos amores daqui... e de lá.
Se houvesse apenas uma palavra como se poderiam escrever, relatar, registrar os momentos reais que só por meio das diversas palavras escritas ou faladas isso se conduz? Como seria um mundo sem poemas nem poesias, sem as prosas inventadas nem as prosas relatadas, como seria a vida sem nenhum registro nem história, sem as instruções, as descobertas transcritas? Quase tudo maravilhosamente pode ser escrito, o que apenas supera é o doce e verdadeiro olhar de quem se ama; para isso o sentimento dispensa palavras.
E os pássaros? Se houvesse apenas uma espécie e um canto deles, como os bosques verdes ficariam? E toda a linda melodia executada por pássaros e cantos diferentes que embelezam a sinfonia encantada?
Pois bem. Poderia ficar descrevendo como a vida é maravilhosa com sua perfeita diversidade; exemplos não faltam.
Assim ocorre com a cor, a religião, a raça, a posição social e cultural, as tantas variedades. Todos nós somos valiosos, todos nós temos um propósito na vida. Ninguém é menor por ser homem ou mulher; branco, negro, amarelo; cristão ou não; professor ou aluno; doutor ou mendigo. O que sempre determinará a posição de uma alma é a conduta, o pensamento, o sentimento e a palavra. Para onde esses quatro guiarem a centelha é também o estágio no qual se encontrará, independente dos valores equivocados geradores de uma cega discriminação.
Quando se compreende que a diversidade é riqueza e desenvolvimento, compreende-se também que, de agora em diante, se houver a insistente segregação, não é mais caminhada, mas um grande retrocesso cujos sentimentos resultantes são ainda os da total incompreensão de que todos somos filhos de Deus, portanto, irmãos, e que uma família deve sempre estar fortalecida pelo amor, respeito, companheirismo e caridade e nunca pelos tristes e injustos desrespeito e intolerância sinônimos perfeitos de orgulho e desamor.
Os mais lindos momentos da vida foram construídos por pessoas diferentes em tempo diferente. E agora é uma feliz ocasião para se construir definitivas e abençoadas novas amorosas atitudes, começando por erradicar a discriminação.
Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/
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domingo, 27 de dezembro de 2015

A PROPÓSITO DO NATAL

Especial Inglês Espanhol    
Ano 9 - N° 445 - 20 de Dezembro de 2015
FELINTO ELÍZIO DUARTE CAMPELO
felintoelizio@gmail.com
 
Maceió, Alagoas (Brasil)
 
 
Felinto Elízio Duarte Campelo

O Natal – o aniversário de Jesus – está chegando. Sente-se no ar um misto de alegria, de emoção, de esperança, de fé
 
Não estamos trazendo para vocês, propriamente, uma mensagem. Chamar de mensagem seria força de expressão. São apenas algumas palavras, pobres, descoloridas, alinhavadas à guisa de mensagem natalina, para não fugir do compromisso assumido, lembrando o magnífico evento da vinda de Jesus à Terra.
Simples e despretensiosa como nós próprios, sem valor e qualificação literária, enfocando esparsas citações de cunho doutrinário, o seu conteúdo, entretanto, está cheio de sentimento.
Sincera, foi ditada pelo coração, escrita com a emoção que a festa natalina inspira, será transmitida sem os arroubos oratórios, mas dirigida a vocês com muito amor e como uma pálida expressão do muito que nos vai n’alma e não sabemos traduzir em palavras.
Os potentados e conquistadores se sucederam na Terra. Dominadores e cruéis, escravizaram homens, esmagaram nações, alcançando, pelas armas, as glórias efêmeras do mundo, e deixando em seu rastro a morte, a dor, o desespero, o ódio.
O Egito, sábio, poderoso e dominador, viu-se derrotado e ocupado pelos persas.
A Assíria empenhou-se em guerra com a Babilônia e a seguir foi tragada pelo Império dos Caldeus.
Nabucodonosor atacou e arrasou a cidade de Nínive, para depois desaparecer.
Esparta e Atenas, da velha e gloriosa Grécia de tantos e importantes filósofos, agrediam-se mutuamente em sanguinolentas batalhas fratricidas.
Roma, tirânica e invencível por muitos séculos, assistiu ao seu império esboroar-se. 
Ainda criança, Jesus confundiu e maravilhou os doutores da lei 
Os déspotas vieram, implantaram o regime da violência, da ambição, do orgulho, passaram num turbilhão de desencantos, foram vencidos, caíram no esquecimento. Os historiadores registram suas façanhas, a humanidade não mais se lembra deles.
Jesus, porém, teve como berço um punhado de palhas, como maternidade uma estrebaria, humildes pastores e bandos de animais foram os seus primeiros companheiros.
Quando do seu nascimento, hora maior da humanidade, os hinos de guerra foram substituídos por cânticos abençoados saudando a chegada libertadora do Embaixador Celeste.
Ainda criança, no Templo, Jesus confundiu e maravilhou os doutores da lei.
Feito jovem, no lar, trabalhou como simples carpinteiro, exemplificando que em toda realização não podemos dispensar o esforço próprio.
Já adulto, amando, perdoando, curando, consolando, ensinando, o Mestre revogou todas as legislações opressivas e impiedosas e promulgou a lei do amor, do perdão e da caridade.
Em sua peregrinação terrena, pregando aos homens a nova doutrina de fraternidade, fez do seu Evangelho um MANUAL DE CONDUTA HUMANA, para orientação dos nossos passos pelas sendas da vida; compôs um POEMA DE AMOR, que enternece e leva os corações renovados a vibrarem em uníssono com o Criador; doou-nos uma FONTE PERENE DE ESPERANÇAS, quando dos seus lábios brotaram, com inesquecível ternura, judiciosos ensinamentos.  
Sede, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai Celestial 
Em seu código de ética, Jesus registrou: 
“Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso entendimento. Este é o primeiro e o maior mandamento. E o segundo, semelhante ao primeiro, é: amareis o vosso próximo com o a vós mesmos. Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.”
“Aprendestes o que foi dito: Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos inimigos. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus. Sede, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai Celestial.”
“Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas, que, afetadamente, oram em pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai ao Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa.”
“Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.”
“Tirai primeiro a trave do vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão.”              
“Não julgueis, a fim de não serdes julgados; porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros.” 
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra 
Continuemos buscando conhecer, agora, o Evangelho em sua feição poética, recordando o Sermão da Montanha, hino de exaltação aos humildes e sofredores, e de louvor aos bons e justos:      
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.  
Quanta poesia também nas palavras de Jesus, contidas em Marcos, cap. X: “Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que a eles se assemelham”. 
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” – afirmou Jesus 
Foi Jesus também um inspirado trovador, como podemos comprovar no cap. VI de Mateus: 
“Observai os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, nada guardam em celeiros; mas vosso Pai Celestial os alimenta.”
“Observai como crescem os lírios dos campos: não trabalham nem fiam, entretanto, eu vos declaro que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles.”
Rememoremos, outrossim, o Evangelho como manancial inesgotável de consolações para o presente e de certeza num futuro melhor:
“Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus. Mas o meu reino ainda não é aqui.”
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. Depois que me tenha ido e vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também aí estejais.”
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai, senão por mim.”
“Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei ao Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco.”                   
“Em verdade, em verdade, vos digo: Se o homem não renascer da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus.”
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo.”
“Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bate à porta, ela abrir-se-á.” 
Jesus é verdadeiramente o divisor do tempo 
Jesus foi o exemplo maior de amor, de bondade, de simplicidade; foi meigo, doce e compassivo, austero e disciplinador, sem jamais empregar a violência.
Tolerante, compreendeu e relevou todas as fraquezas humanas.
Enérgico, usou de sua força e superioridade moral, para exprobrar os mercadores do templo e expulsar Espíritos obsessores, perversos e ignorantes, que subjugavam criaturas infelizes.
Por efeito de sua magna importância, Jesus é verdadeiramente o divisor do tempo. A História Universal identifica as eras como antes de Cristo e depois de Cristo.
Ainda hoje, vinte séculos decorridos, o Enviado Celeste reina soberano no coração da cristandade.
Como ocorreu há dois mil anos, preciso se faz que Jesus nasça em cada um de nós. Nasça como uma criancinha risonha, bela, sadia, que nos comova e encante com seu sorriso inocente, que nos leve a sonhar. Uma criança que não estacione no tempo, cresça e se torne adolescente lúcido, pronto para esclarecer e corrigir os vaidosos que se julgam detentores da verdade, tal qual aconteceu no templo em Jerusalém.
Um adolescente que alcance a juventude, compenetrado dos seus deveres, dotado de nobres predicados, trabalhador, honesto, equilibrado, mensageiro da concórdia.
Um jovem que atinja a idade adulta, fortalecido na fé, alimentado de amor, aureolado pela luz interior, que faça da caridade a virtude principal da sua vida.
Cada alma é um mundo onde Jesus – o Cristo Bendito de Deus – deve nascer e crescer. Façamos com que neste Natal Ele renasça em nós e, como carpinteiro que foi, venha esculpir em nosso coração um altar de reverência ao Pai.     
O Natal – o aniversário de Jesus – está chegando. Sente-se no ar um misto de alegria, de emoção, de esperança, de fé. A mesma alegria que naturalmente nos visita nas festividades mundanas. A grande emoção que nos envolve quando das confraternizações entre colegas, amigos, confrades e familiares. A renovada esperança de vermos dias melhores na virada de página do calendário do tempo. A abençoada fé, qual lírio virgíneo, que se desabrocha iluminada e se eleva em prece de louvor ao Divino aniversariante. 
É imperioso que diariamente Jesus renasça entre nós 
Repete-se, amiúde, ser o Natal o momento de reflexão, de análise do que foi feito, como foi feito, do que ficou por fazer.
Certo, o Natal nos enseja uma profunda reflexão sobre o que nos sucedeu no transcorrer do ano, nos leva a reconsiderar atitudes, nos induz a relevar faltas alheias e ofensas recebidas, nos encoraja a reconciliar com os adversários esquecendo mágoas, perdoando incondicionalmente e sem limite. O Natal inspira amor.
Não basta, porém, analisar ocorrências e refletir acerca de atitudes apenas na época natalina. É imprescindível que esse trabalho seja feito sempre, e mais: é imperioso que diariamente Jesus renasça entre nós.
Quando de fato o homem aprender a sublime mensagem do Evangelho e tiver o Mestre presente no relicário do coração, estará sepultado o passado de desacertos, desaparecerão as mágoas, sumirão os rancores, os ódios serão aplacados, as contendas esquecidas. Haverá paz na Terra.
Teremos então, todos os dias, um novo NATAL, o aniversário de Jesus.  
Feliz Natal para todos os que gozam de saúde; para os que desfrutam de uma situação financeira estável; para os que foram premiados com uma família equilibrada.
Feliz Natal para os que são torturados por enfermidades incuráveis; para os que padecem fome e frio, experimentando privações e extrema pobreza; para os que convivem com familiares problemáticos. Para esses nossos irmãos, que o Natal traga a esperança de uma nova vida livre dos tormentos que hoje lhes martirizam a alma.
Que ao refletirmos sobre o Natal de Cristo, sobre o que significa a presença de Jesus na Terra, possamos tentar, mesmo que timidamente, começar a nossa renovação interior.
FELIZ NATAL!
Fonte: Retirado de o Consolador Revista de Divulgação Espírita

 

 














 

É PRECISO HUMILDADE PARA AGUARDAR E COMPREENDER AS RESPOSTAS DE DEUS


Quando ditas de coração, são boas as preces de todos os cultos. Este é um pensamento conhecido no meio espírita, mas ainda assim existem pessoas que contestam a eficácia da oração, com fundamento na tese de que, conhecendo o Criador as nossas necessidades, seria desnecessário e inútil expô-las ao nosso Pai ou a algum dos seus prepostos.
Esse argumento não passa de um sofisma, utilizado talvez inconscientemente por aqueles que não têm o hábito de orar, e é, ademais, fruto de um pensamento incorreto, porque, independentemente de Deus conhecer ou não as nossas necessidades, a oração proporciona por si só a quem ora um bem-estar muito grande, visto que aproxima a criatura do Criador e, filha primogênita da fé, nos encaminha para a senda que conduz a Deus. Como escreveu certa vez Joanna de Ângelis, a prece fervorosa coloca a pessoa que ora em comunhão com as fontes superiores que regem a vida e com isso, tão somente por isso, ela se vitaliza.
Como ninguém ignora, não existe uma fórmula especial para que alguém ore. Quando partem do coração e não apenas dos lábios, as preces são sempre importantes e úteis, mas, independentemente da fórmula utilizada, o principal é que sejam claras, simples, concisas. 
Uma prece pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação.
Se dirigidas a Deus, são elas ouvidas pelos Espíritos incumbidos pelo Criador de executar sua vontade. Eis por que, valendo-se da prece, o homem obtém o concurso dos bons Espíritos, que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Aquele que ora com fervor adquire, desse modo, a força moral necessária para vencer as dificuldades e retornar ao caminho reto, se deste se afastou, podendo também, por esse meio, desviar de si os males que atrairia com novas faltas.
Jesus disse certa vez que tudo o que pedirmos com fé, em oração, nós o receberemos. Seria ilógico, porém, deduzir dessas palavras que basta pedir para obter, do mesmo modo que é enorme injustiça acusar a Providência se esta não atende a toda súplica que lhe fazemos.
Cabe-nos ter sempre em mente que o Criador sabe, melhor do que nós, o que realmente nos convém nessa ou naquela circunstância, porque ninguém ignora que um pai criterioso também recusa ao filho o que seja contrário aos interesses do seu tutelado.
Não podemos também esquecer, em todos os momentos e circunstâncias da vida, é o exercício da prece do trabalho e da dedicação, no santuário das lutas purificadoras, porque Jesus abençoará sempre as realizações decorrentes do esforço sincero. 
O lar que reúne criaturas amantes da oração e dos sentimentos elevados converte-se em campo sublime das mais belas florações e colheitas espirituais, mas, para tanto, não pode a prece ser um movimento mecânico de lábios, ou um disco de fácil repetição no aparelho da mente. Ela é, e deve ser sempre, vibração, energia, poder. 
A pessoa que ora, mobilizando as próprias forças, realiza um trabalho de grande significação e põe-se em contato, como acima foi dito, com as fontes superiores da vida. Os raios divinos expedidos pela prece santificadora convertem-se em fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação da alma e na iluminação da consciência. Toda prece elevada é, pois, manancial de magnetismo criador e vivificante e, por isso, a criatura que cultiva a oração com o devido equilíbrio transforma-se gradativamente em foco irradiante de energias da Divindade. 
Aprendamos, assim, a orar e igualmente a entender as respostas do Alto às nossas súplicas. Se vamos relacionar na oração ao Senhor os nossos obstáculos, suplicando as providências que nos sejam necessárias à paz e à execução dos encargos que a vida nos delegou, peçamos também ao Pai nos ilumine o entendimento para que saibamos receber dignamente suas decisões.
Entre a solicitação que parte da Terra e a resposta que vem do Alto, é imperioso funcione a alavanca da vontade humana, com decisão e firmeza, para que se efetive o auxílio solicitado. Confiemos em Deus e roguemos o seu amparo, mas – se quisermos receber a bênção divina – procuremos esvaziar o coração de tudo o que discorde das nossas petições, para ofertar à bênção divina um clima de aceitação, base e lugar. 
Em verdade, todos podemos endereçar a Deus, em qualquer lugar e em qualquer tempo, as mais variadas preces; contudo, precisamos cultivar paciência e humildade para esperar, aguardar e compreender as respostas de Deus.
Fonte: Compartilhado de o Espiritismo Século XXI
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sábado, 26 de dezembro de 2015

MACHADO E A MONARQUIA (1)


JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Bom dia, querida leitora. E a você também, amigo leitor. Em minha última crônica comecei pedindo aos deuses para impedir o advento da República no Brasil e concluí com o Pai Nosso comentado dirigido ao Deus único, Nosso Pai. Agora, volto ao tema.
Com a monarquia, ao contrário da república, os projetos de longo curso têm continuidade. Não se começa uma obra, no governo monárquico, na qual se investirá milhões, para deixá-la inacabada; não se constrói uma estrada, como a Belém-Brasília, para depois abandoná-la e deixar as centenas de populações, formadas ao longo dela, isoladas por crateras que também impedem o escoamento de nossa produção comercial etc. etc.
Na monarquia, não é preciso fingir que o acesso aos poderes governamentais é facultado a qualquer cidadão do povo, quando se sabe que somente aqueles filiados escolhidos pelo partido têm condições para isso. Na monarquia, não se permite que bilhões sejam roubados e depositados em paraísos fiscais internacionais em benefícios pessoais ou de grupos corruptos. A casa régia não permitirá a evasão de divisas, com o consequente empobrecimento do seu reino. E, por fim, se o monarca se mostra incapaz, sua própria família, interessada no progresso do país, que também é o seu, o interditará e substituirá pelo primeiro herdeiro da linha sucessória da casa do rei e assim por diante.
O ideal para o Brasil seria a criação de uma monarquia parlamentarista.
Numa monarquia parlamentarista, o monarca exerce a chefia de Estado, cujos poderes e funções de moderador político são determinados pela Constituição. A Carta Magna pode estabelecer como atribuição exclusiva do monarca, em cláusulas pétreas, a resolução dos impasses políticos, a proteção da Constituição e a defesa dos seus súditos contra projetos-de-leis que contradigam as legislações vigentes ou não integrem os planos econômicos e sociais equânimes para todos os cidadãos.
A chefia de governo será exercida por um primeiro-ministro nomeado pelo monarca, dentre os indicados e aprovado pelos parlamentares, após a apresentação do seu gabinete ministerial e do seu plano de governo, podendo ser cassado pelo rei, a pedido do Parlamento e por meio de uma moção de censura.
Por fim, o rei só poderá alterar a constituição por decisão majoritária do parlamento formado pelos três poderes: executivo, legislativo e judiciário independentes e harmônicos entre si.
Faça uma pesquisa, meu caro leitor, verifique quais são os países mais prósperos do mundo e você se surpreenderá: entre as quinze mais ricas nações do mundo, ao menos dez são monarquistas.
As maiores ditaduras de todos os tempos foram republicanas. Exemplifico citando apenas três: a República Socialista Russa, a Nazista da Alemanha e a Comunista da China.
No Brasil, em nome da República, instalaram-se as mais corruptas desgovernanças de nossa história.
Atualmente, foi institucionalizada a corrupção, no governo, e sua total inversão de valores éticos. Com isso, o Ministério Público e o Poder Judiciário jamais tiveram tanto trabalho como agora, em que até um senador se encontra preso. E não é um senador qualquer. Ele foi líder do Governo petista. Os três poderes da República atuais têm, em seus quadros, membros suspeitos de corrupção e improbidade administrativa.
Por tudo isso sugiro o retorno da monarquia para o bem do Brasil ad referendum popular. (Conclusão no próximo sábado.)  Reproduzido de o Blog Espiritismo Século XXI