sexta-feira, 31 de julho de 2015

NO INVISÍVEL (11)


Estudamos semanalmente no Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina (PR), o livro “No Invisível”, um dos clássicos do Espiritismo, de autoria de Léon Denis. São duas as turmas de estudo, uma na terça à noite, a outra na quinta-feira à tarde.
Reproduzimos, em seguida, o texto do módulo concluído nesta semana, cuja publicação tem por finalidade proporcionar, a quem se interessar, a oportunidade de acompanhar o mencionado estudo.

Questões para debate

A. O estudo dos fenômenos é realmente importante?  
Sim. O estudo dos fenômenos é de importância capital, pois que nele é que se baseia inteiramente o Espiritismo. Muitas vezes, a ausência de método e a falta de continuidade e direção nas experiências tornam estéreis a boa-vontade dos médiuns e as legítimas aspirações dos investigadores. Em consequência mesmo do estado de espírito em que fazem as pesquisas, acumulam dificuldades e, se ao fim de algumas sessões não obtêm mais que fatos insignificantes, banalidades ou mistificações, desanimam e abandonam a investigação. É aí então que mais se compreende a importância do estudo. (No Invisível - O Espiritismo experimental: IX - Condições de experimentação.) 

B. É necessário submeter as produções mediúnicas a rigoroso exame?  
Evidentemente. Não apenas é necessário, mas indispensável submeter as produções mediúnicas a rigoroso exame e conduzir as investigações com espírito analítico sempre vigilante. (Obra citada - O Espiritismo experimental: IX - Condições de experimentação.)

C. Qual é, segundo Léon Denis, um importante elemento de êxito nas sessões mediúnicas?  
O estado de espírito dos assistentes e sua ação fluídica e mental constituem importante elemento de êxito ou de insucesso nas sessões mediúnicas. Quanto mais sensível é o médium, tanto mais receptivo é à influência magnética dos experimentadores. Em uma assembleia composta, na maioria, de incrédulos, cujos pensamentos hostis convergem para o sensitivo, o fenômeno dificilmente se produz.
Os pensamentos divergentes se chocam e formam uma espécie de caos fluídico, que a vontade dos invisíveis nem sempre consegue dominar. É o que torna tão problemáticos os resultados nas assembleias numerosas, de composição heterogênea, nas sessões teatrais, por exemplo, como o tem demonstrado a experiência. (Obra citada - O Espiritismo experimental: IX - Condições de experimentação.)

Texto para leitura

298. IX - Condições de experimentação - O estudo dos fenômenos é de importância capital, pois que nele é que se baseia inteiramente o Espiritismo. Muitas vezes, porém, a ausência de método, a falta de continuidade e direção nas experiências tornam estéreis a boa-vontade dos médiuns e as legítimas aspirações dos investigadores. Em consequência mesmo do estado de espírito em que fazem as pesquisas, acumulam dificuldades e, se ao fim de algumas sessões não obtêm mais que fatos insignificantes, banalidades ou mistificações, desanimam e abandonam a investigação.
299. Se, ao contrário, se produzem resultados satisfatórios, determinam eles muitas vezes, com irrefletido entusiasmo, uma tendência prejudicial para a credulidade, uma disposição para atribuir aos Espíritos desencarnados todos os fenômenos obtidos. Em casos tais não se fazem esperar as decepções necessárias, porque fazem nascer a dúvida e, com ela, restabelecem o equilíbrio mental, o senso crítico, indispensável em todo estudo experimental e, mais que qualquer outro, nesse domínio das investigações psíquicas, em que a sugestão, o inconsciente e a fraude se podem a cada passo misturar com as manifestações do mundo invisível.
300. Noutros lugares fazem-se críticas levianas, são acusados os grupos de má direção, os médiuns de incapacidade e os assistentes de ignorância ou misticismo. Queixam-se de não obter senão comunicações destituídas de interesse científico e consistindo de repisadas exortações morais.
301. Essas críticas nem sempre são infundadas; mas é preciso não esquecer, como geralmente se faz, que nenhum bem se adquire sem trabalho e que se não deve procurar colher os frutos antes da maturação. Em tudo se requer moderação e paciência. As faculdades mediúnicas, como todas as coisas, estão submetidas à lei de progressão e desenvolvimento. Em lugar de estéreis críticas, mais vale, pelo concurso de mentes de boa-vontade reunidas, facilitar a tarefa do médium, formando em torno dele uma atmosfera de simpatia que lhe seja ao mesmo tempo sustentáculo, estímulo e proteção.
302. É indispensável submeter as produções mediúnicas a rigoroso exame e conduzir as investigações com espírito analítico sempre vigilante. A falta de benevolência, a crítica exagerada, a malsinação sistemática podem, entretanto, desanimar o médium, compeli-lo a abandonar tudo, ou pelo menos afastá-lo das reuniões numerosas, para se incorporar aos grupos familiares, aos círculos restritos, onde encontrará sem dúvida mais favorável ambiente, mas em que os seus trabalhos só aproveitarão a reduzido número de escolhidos.
303. Há, portanto, antes de tudo um duplo inconveniente a remover. Se demasiado cepticismo é prejudicial, a credulidade excessiva constitui perigo não menor. É preciso evitar um e outra com igual cuidado e conservar-se num prudente meio-termo.
304. Entre os homens de ciência é que se encontram os mais inveterados preconceitos e prevenções a respeito dos fatos espíritas. Querem eles impor a essas investigações as regras da ciência ortodoxa e positiva, que consideram os únicos fundamentos da certeza; e se não são adotadas e seguidas essas regras, rejeitam todos os resultados obtidos.
305. Entretanto, a experiência nos demonstra que cada ciência tem suas regras próprias. Não se pode estudar com proveito uma nova ordem de fenômenos, socorrendo-se de leis e condições que regem fatos de uma ordem inteiramente diversa. Só mediante pesquisas pessoais, ou graças à experiência nesse domínio adquirida pelos investigadores conscienciosos, e não em virtude de teorias a priori, é que se podem determinar as leis que governam os fenômenos ocultos.
306. São das mais sutis e complicadas essas leis. Seu estudo exige espírito refletido e imparcial. Mas como exigir imparcialidade àqueles cujos interesses, nomeada e amor-próprio estão intimamente ligados a teorias ou a crenças que o Espiritismo pode aniquilar? “Para achar a verdade – disse notável pensador – é preciso procurá-la com o coração simples.”
307. É, sem dúvida, por isso que certos sábios, imbuídos de teorias preconcebidas, escravizados pelo hábito aos rigores de um método rotineiro, colhem menos resultados nessas investigações do que homens simplesmente inteligentes, mas dotados de senso prático e de espírito independente. Esses se limitam a observar os fatos em si mesmos e lhes deduzir as consequências lógicas, ao passo que o homem de ciência se aferrará principalmente ao método, ainda quando improdutivo.
308. O que nesse domínio importa, antes de tudo, são os resultados, e o único método que os favorecer, mesmo que pareça defeituoso a alguns, deve ser por nós considerado bom. Não é necessário ser matemático, astrônomo, médico de talento, para empreender, com probabilidade de êxito, investigações em matéria de Espiritismo: basta conhecer as condições a preencher e submeter-se a elas. Nenhuma outra ciência nos pode indicar essas condições. Só a experimentação assídua e as revelações dos Espíritos no-las permitem estabelecer com precisão.
309. Os sábios tomam muito pouco em consideração as afinidades psíquicas e a orientação dos pensamentos, que, entretanto, constituem um importante fator do problema espírita. Encaram o médium como um aparelho de laboratório, como máquina que deve produzir efeitos à vontade, e procedem a seu respeito com excessiva desatenção. As inteligências invisíveis que o dirigem são por eles equiparadas a forças mecânicas. Nelas recusam-se, em geral, a ver seres livres e conscientes, cuja vontade entra numa considerável proporção, nas manifestações – seres que têm suas ideias, seus desígnios, seu objetivo, desconhecidos para nós, e que nem sempre julgam conveniente intervir: uns, porque o desembaraço e os intuitos excessivamente materiais dos experimentadores os afastam; outros, porque, demasiado inferiores, não se preocupam com a necessidade de demonstrar aos homens as realidades da sobrevivência.
310. Força é, todavia, reconhecer que as exigências e os processos dos sábios podem, num certo limite, ser justificados, em vista de fraudes com que têm sido muitas vezes desfigurados ou simulados os fenômenos. Não somente hábeis prestidigitadores têm praticado esse gênero de exercícios, mas verdadeiros médiuns têm sido, não raro, surpreendidos em flagrante delito de simulação. Daí a bem legítima prevenção de certos investigadores e a obrigação, que se lhes impõe, de eliminar, nas experiências, tudo o que apresenta caráter suspeito, todo elemento de dúvida, todo motivo de ilusão.
311. É indubitável que, no fenômeno de transporte, por exemplo, será preciso uma grande acumulação de provas, irrecusável evidência, para acreditar-se na desmaterialização e sucessiva reconstituição de objetos, passando através das paredes, de preferência a admitir que tenham sido trazidos por algum dos assistentes. A desconfiança, entretanto, não deve ser levada ao extremo de impor ao fenômeno condições que o tornem impossível.
312. A ignorância das causas em ação e das condições em que elas se manifestam explica os frequentes insucessos daqueles mesmos que, supondo dar lições aos outros, só conseguem demonstrar insuficiência das regras de sua própria ciência, quando as querem aplicar a esta ordem de pesquisas. Além disso, o espírito de suspeita e malevolência em que envolvem o médium atrai as entidades inferiores, que se comprazem em perturbar e impelem o sensitivo à prática de atos fraudulentos.
313. Quando esses elementos fazem irrupção num grupo, o melhor alvitre a adotar é suspender a sessão. É sobretudo nesse caso que a presença e os conselhos de um Espírito-guia são de grande utilidade; e os que, deles privados, se entregam a experiências, ficam expostos a graves decepções.
314. O médium é um instrumento delicado, repositório de forças que se não renovam indefinidamente e que é preciso utilizar com moderação. Os Espíritos esclarecidos, os experimentadores sensatos, aos quais merece cuidado a saúde dos sensitivos, sabem deter-se aos primeiros sintomas de esgotamento; os Espíritos levianos e embusteiros, que afluem às reuniões mal dirigidas, em que não reina a harmonia nem a elevação de pensamentos, têm menos escrúpulos. Senhores dos intuitos dos investigadores inexpertos, não trepidarão em exceder o limite das forças do médium, para produzirem fenômenos sem interesse, e mesmo para mistificarem os assistentes.
315. Quase sempre, forças, causas, influências diversas intervêm nas experiências; daí uma certa confusão, uma mescla de verdadeiro e falso, de coisas evidentes e duvidosas que nem sempre é fácil distinguir. Os próprios sábios reconhecem que, na maior parte dos casos, pode a sugestão intervir numa considerável proporção; do que resulta que, para obter fenômenos espíritas verdadeiramente autênticos e espontâneos, deve-se evitar com cuidado tudo o que pode influenciar o médium e perturbar a ação dos Espíritos.
316. Ora, é do que parece menos se preocuparem certos homens de ciência.  Julgam lícito embaraçar o sensitivo com perguntas inoportunas, pueris, insidiosas. Perturbam as sessões, entretendo-se em conversas particulares e colóquios. Quando são indispensáveis a calma, o silêncio, a atenção, uns mudam de lugar, entram e saem, interrompem as manifestações em curso, apesar das injunções dos Espíritos; outros, como certo doutor de nosso conhecimento, fumam e tomam cerveja durante as experiências. Em tais condições tão pouco sérias, tão pouco honestas, como é possível, legitimamente formular conclusões?
317. Algumas vezes a experiência segue uma direção normal, satisfatória; o fenômeno se desenvolve com feição prometedora. E subitamente age uma nova causa; uma vontade intervém; uma corrente de ideias contrárias entra em jogo; a ação mediúnica se perturba e transvia; já não produz senão efeitos em desacordo com as esperanças do começo. Fatos reais parece ladearem coisas ilusórias; às sessões imponentes sucedem manifestações vulgares.
318. Como destrinçar essa complicação que nos deixa perplexo? Como evitar a sua reprodução? E aí que a necessidade da disciplina nas sessões se faz vivamente sentir e, mais ainda, a assistência de um Espírito elevado, cuja vontade enérgica exerça império sobre todas as correntes adversas.
319. Quando a harmonia das condições se estabelece e a força do Alto é suficiente, já se não produzem essas contradições, essas incoerências que provêm, quer das forças inconscientes, quer de Espíritos atrasados, quer mesmo do estado mental dos assistentes. O fenômeno se desenvolve, então, em sua majestosa grandeza e o fato probatório se apresenta.
320. Mas para isso, para obter essa assistência do Alto, fazem-se precisas a união, a elevação dos pensamentos e dos corações; são necessários o recolhimento e a prece. As entidades superiores não se põem de boamente ao serviço dos experimentadores que não são animados do sincero desejo de instruir-se, de um amor profundo ao bem e à verdade.
321. Aqueles que fazem do Espiritismo um passatempo, uma frívola diversão, não têm que contar senão com incoerências e mistificações. Pode haver mesmo nisso, às vezes, um perigo. Certas pessoas se comprazem em conversas mediúnicas com os Espíritos inferiores, com almas viciosas e degradadas, e isso sem intenção benéfica, sem intuito de regeneração, movidas por sentimento de curiosidade, pelo desejo de divertir-se. Ao passo que não teriam suportado a convivência desses seres, na vida terrestre, não receiam atraí-los, depois de desencarnados, e com eles entreter palestras de mau gosto, sem reparar que desse modo se abandonam a perigosas influências magnéticas.
322. Se entrardes em relação com almas perversas, fazei-o com o fim de sua redenção, de sua reabilitação moral, sob o amparo de um guia respeitável; doutro modo vos exporeis à nociva promiscuidade, a obsessões temíveis. Não abordeis essas regiões do Além senão com o propósito firme e elevado, que vos seja como a arma assestada contra o mal. A mediunidade, esse poder maravilhoso, foi concedida ao homem para um nobre uso. Aviltando-a, aviltareis a vós mesmos, e de um puríssimo eflúvio celeste fareis um sopro envenenado.
323. O antigo iniciado, como os orientais em nossos dias, só se entregava às evocações depois de se haver purificado pela abstinência, pela prece e pela meditação. A comunicação com o invisível era um ato religioso, que ele executava com sentimento de respeito e de veneração pelos mortos.
324. Nada há mais diametralmente oposto que o modo de proceder de certos experimentadores atuais. Apresentam-se nos lugares de reunião depois de copioso jantar, impregnados do cheiro do fumo, com o desejo intenso de obter manifestações ruidosas ou indicações favoráveis aos seus interesses materiais. E admiram-se, em tais condições, de só se apresentarem Espíritos fraudulentos e mentirosos que os enganam e se divertem em lhes causar inúmeras decepções!
325. Mau grado à repugnância dos modernos sábios pelos meios com cuja aplicação se realiza a elevada comunhão das almas, será forçoso a eles recorrer, a não ser que se queira fazer do Espiritismo uma nova fonte de abusos e de males.
326. O estado de espírito dos assistentes, sua ação fluídica e mental, é por conseguinte, nas sessões, um importante elemento de êxito ou de insucesso. Quanto mais sensível é o médium, tanto mais receptivo é à influência magnética dos experimentadores. Em uma assembleia composta, na maioria, de incrédulos, cujos pensamentos hostis convergem para o sensitivo, o fenômeno dificilmente se produz. A primeira das condições é abster-se de toda ideia preconcebida, a fim de deixar ao Espírito a necessária liberdade de ação. Tenho, por minha parte, em certos casos, podido verificar que uma vontade enérgica e persistente pode paralisar o sensitivo, se é fraco, e constituir obstáculo às manifestações.
327. Os pensamentos divergentes se chocam e formam uma espécie de caos fluídico, que a vontade dos invisíveis nem sempre consegue dominar. É o que torna tão problemáticos os resultados nas assembleias numerosas, de composição heterogênea, nas sessões teatrais, por exemplo, como o tem demonstrado a experiência.
328. As pessoas ávidas de propaganda pública, que, sem cogitar das necessárias precauções, se aventuram nesse terreno, expõem-se a bem graves reveses. Aí correm os médiuns grande risco: não somente se acham à mercê dos Espíritos atrasados que se comprazem na permanência entre as turbas, mas ainda ficam à disposição de todo mal-intencionado que, aparentando de sábio, deles exigirá experiências contrárias às verdadeiras leis do Espiritismo. E quando tiver usado e abusado de suas forças sem resultado prático, persuadirá os espectadores de que, nessa ordem de ideias, não há mais que fraude ou erro.
Nota:
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A LUTA PELO HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA A REGIONAL DE ROSÁRIO INICIOU NO ANO 2007




 A luta por um Hospital  Regional  de referência para a  Regional de Rosário  foi iniciada em 2007. Na época  e como sempre faço redigir  a justificativa para que as pessoas não fossem ludibriadas, e distribuir para quem julgávamos ter o interesse em contribuir.  Foi coletada 962 assinaturas protocolada na SES  gerando  o processo: 21063/13/12/2007- SES.

Tempo passou o meu filho Ronald Marques Lima sofreu acidente no retorno de Morros e ele passou mais de 10 horas desmaiado e sujo no corredor do Socorrão I  por falta de leito  e de trabalhadores da saúde  pudessem atender .  E,  para que fosse providenciado o atendimento tive que denunciar o fato ao Diretor do Hospital  que presenciou o fato  e tomou as providências.  O tal episódio  me fez entender de ser necessário continuar  lutando  por um hospital de referência. Com o objetivo de reativar a luta outras assinaturas foram  necessárias e em   primeiro de setembro de 2011 anexamos um pacote com 1.406 assinaturas de pessoas de três municípios: Axixá, Presidente Juscelino e Rosário  requeríamos um Hospital e o CAPS ad II - processo: 14.791/01/09/2011 – SES. Dessa feita iniciamos a participar das reuniões no Departamento de Saúde Mental e, lá ficamos sabendo que só implantar CAPS não adiantaria era preciso lutar pela implantação de todos os programas básicos de saúde.

Tempo passou e os municípios não tomaram providências foi que nos determinamos  a organizar manifestação e realizamos com a participação de 46 pessoas na porta da Secretaria de Estado da Saúde no dia 14 de agosto de 2013 e nesse dia foi protocolado documento pedia reabertura do processo 61063 de 13/12/2007-SES sendo gerado o último  processo: 178596/14/08/2013-SES.  No dia 16/08/2013 recebi telefonema do Gestor Regional de Saúde Cézar Araújo disse que havia sido  realizado uma reunião e lá ficou decidido pela construção de um Hospital com 100 leitos  para atender oito municípios; Axixá, Bacabeira, Cachoeira Grande, Icatu, Morros, Presidente Juscelino, Santa Rita e Rosário. 

Neste ano de 2015 já foi encaminhado um ofício para o Secretário de Estado da Saúde e outro para o Governador Flávio Dino com o objetivo de que técnicos pudessem discorre sobre os entraves impediram não implantarem o PPA- Plano Anual 2012/2015 e a continuação do hospital de 50 Leitos, fomos ignorados. Restando-nos a coletar assinaturas  novamente para mover Ação Popular Contra o Estado, entes federados.  Para esse momento é o que me compete relatar.


quarta-feira, 29 de julho de 2015

PÍLULAS GRAMATICAIS (163)

Voltamos, como dissemos, a tratar do tema crase, vocábulo que significa, em sentido restrito, a contração de dois aa. O vocábulo é usado também para designar-se o acento indicativo de certos casos de crase. Por exemplo, na frase “Eu vou à praia”, dizemos que o “a” deve ter crase.
Em face do conceito exposto, não se usa a crase antes de:
Palavra masculina: andar a pé; viajar a cavalo; caminhar a esmo; vestir-se a caráter. Exceção: quando estiver subentendida na frase a palavra moda ou qualquer outra palavra feminina oculta no texto: salto à Luís XV (à moda de  Luís XV); escreveu à Augusto dos Anjos (à maneira de Augusto dos Anjos); vamos à Melhoramentos (à editora Melhoramentos); referiu-se à Apollo (à nave Apollo).
Nome de cidade: chegou a Roma; foi a Brasília; referiu-se a Lisboa. Exceção: quando o nome da cidade for seguido de um atributo ou qualidade qualquer: iremos à Brasília das mordomias oficiais; referimo-nos à Roma dos césares.
Verbo: começou a falar; passou a andar; pôs-se a dizer bobagens.
Substantivos repetidos: cara a cara; frente a frente; gota a gota.
Pronomes “ela”, “esta” e “essa”: chegamos a esta conclusão; pediram a ela que saísse; dediquei o livro a essa moça.
Pronomes que não admitem artigo: alguém, ninguém, toda, cada, você, alguma etc.
Formas de tratamento: escreverei a Vossa Senhora; pedirei a Vossa Majestade.
Palavra “uma”: fomos a uma festa; vou levá-los a uma cerimônia legal; decidimos ir a uma churrascaria. Exceção: há crase na locução “à uma”, no sentido de “ao mesmo tempo” ou na indicação de hora: Eles chegaram à uma hora. Todos saíram à uma.
Concluiremos o assunto em nossa próxima edição, em que apresentaremos mais oito casos em que não se deve usar o sinal de crase.
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terça-feira, 28 de julho de 2015

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (148)



Eu já nem sei
Roberto Corrêa e Sylvio Son
Eu já nem sei se gosto de você ou se gostei,
Você me magoou e eu nem liguei
E nem senti vontade de chorar.
Meu coração não sente
Mais nenhuma emoção,
Meus olhos já não veem com paixão
Aquele seu jeitinho de me olhar.
Você não foi aquele que eu queria para mim,
O amor que eu esperava não ter fim
E que parece agora se acabou...
Só resta, então, dizer adeus sem medo de chorar,
Pois a saudade não vai maltratar
Um coração que não tem mais amor...
(bis)
Eu já nem sei se gosto de você ou se gostei,
Você me magoou e eu nem liguei
E nem senti vontade de chorar...
Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando nos links respectivos:
Wanderléa e Maria Bethânia - https://www.youtube.com/watch?v=VYDUX0-QTJc
Raça Negra e Silvinha Araújo - https://www.youtube.com/watch?v=jc8icEiajGY
  
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sábado, 25 de julho de 2015

ASSIM DISSE O NÁRIO



JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Acabei de ler, num trabalho de teoria literária, que “o interdisciplinar não é uma sinecura”. Então, fiquei pensando comigo mesmo: “Mas o que é mesmo uma sinecura?”. Um dos meus hábitos idiossincrásicos é procurar saber o real significado de palavras pouco faladas numa frase. Daí procurei o Houaiss, que me explicou: “sinecura sf (1881 cf. CA¹) emprego ou cargo rendoso que exige pouco trabalho [...]”.
— E também não me pergunte, amigo leitor, o que significa esse ¹ junto com o restante dentro dos parênteses acima, que não lhe vou explicar, porque eu também não sei, não quero saber e, como você, tenho raiva de quem quer saber...
Assim disse o Nário. E respondi-lhe de bate-pronto:
— Tá bom, tá bom, tá bom... agora já tenho uma ideia do que seja “sinecura”. Mas o que é mesmo interdisciplinar?, já que isso exige muito trabalho, como se depreende do que o autor quis dizer com “sinecura”.
— Vamos lá, mas agora, só por esnobismo, vou trocá-lo pelo Aurélio: “interdisciplinar [De inter- + disciplinar.] Adj. 2 g. Comum a duas ou mais disciplinas ou ramo de conhecimento”.
E só.
Percebeu?
O Houaiss ainda acrescentaria: “2 que é comum a duas ou mais disciplinas”. E outra coisa: o ponto final da definição do Aurélio fica dentro da segunda chave, mas o ponto final de minha citação fica depois das aspas.
Então agora já sei. O autor da frase da primeira linha desta crônica quis dizer que a identificação do que é comum entre duas ou mais disciplinas exige muito trabalho. Agora você já sabe, não é mesmo, amiga leitora?
Parodiando o que disse alhures, em crônica de 6 de janeiro de 1895, “Se a pedra de Sísifo não andasse já tão gasta, era boa ocasião de dar com ela na cabeça dos leitores”, a propósito do significado das palavras. Per accidens, logicamente, tudo o que acabo de lhe dizer. Afinal, “lutar com as palavras é luta mais vã”, como já dizia o poeta Drummond. Por isso, a consulta ao dicionário é o “eterno recomeço” representado pela mitologia de Sísifo, condenado por Zeus a rolar eternamente uma pedra do cimo de um monte alto, para o qual ela sempre retornava, como seu castigo por assaltar os viajantes na estrada.
— O que significa isso, Machado? Perguntar-me-á o amigo leitor. E eu lhe respondo que o correto conceito das palavras é extremamente importante no entendimento de uma frase. Para tanto, é preciso escolher um dos muitos significados de cada termo dicionarizado. Se você achou chata a leitura desta crônica, você ainda não viu nada. Veja no Houaiss os significados da palavra sistema, que ocupa o espaço de mais de uma página do citado livro, correspondente a, no mínimo, três páginas deste texto. A diferença é que, ali, a letra é, também, três vezes menor do que esta.
Já os significados de espaço ocupam apenas um terço de página do Houaiss e meia página do Aurélio, ou seja, umas três páginas como esta que você lê.
Desculpe-me por ocupar, mais um pouquinho, seu tão precioso espaço de tempo, amigo leitor, com tais bobagens, mas ainda gostaria de alertá-lo de que não basta consultar o dicionário para você entender o que um escritor quer dizer, é preciso identificar o significado dado à palavra no contexto em que ela está inserida. Se este é conotativo, o significado é figurado; se é denotativo, ele é real, como real é o espanto que tive quando pedi a um magro aluno de turma de Geografia, anos atrás, para dizer qual o significado de “instalado" e de "entalado”, exemplificando, após consulta ao dicionário. Ele citou o seguinte exemplo:
— Estou bem entalado na cadeira, mas esse assunto ficou instalado em minha garganta...
A outro aluno, de Contabilidade, pedi para ver no dicionário o significado real de “crédito”, no contexto da seguinte frase: “José ficou sem crédito na praça”. Após ler os diversos conceitos, no livro, sua resposta foi a seguinte:
— José era muito mentiroso e ninguém mais acreditava nele, por isso ele ficou sem crédito na praça...
Até que faz sentido, não é mesmo, amiga leitora?


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FESTA DE MORTE DO BOI O SEU RABO NA CASA DO SAUDOSO DR. SENA



 DR. SENA ARQUIVO
TRAJETÓRIA DE VIDA PROFISSIONAL E POLÍTICA DE:
Raimundo José Sousa Sena nasceu em Buenos Aires num Povoado do Município de Rosário, em 29 de julho de 1.942. Estudou na sede do município de Rosário na Unidade Escolar Dr. Paulo Ramos e depois no Colégio Monsenhor Luís Madureira. Foi para São Luís e estudou no Liceu Maranhense. De volta a Rosário lecionou matemática e desenho, nesse ínterim candidatou-se ao cargo de prefeito, não foi eleito, fez o vestibular, passou e foi para Manaus, estudante de medicina concomitante exerceu ao cargo de árbitro de futebol. De volta para Rosário  quando já cursava o último ano de medicina  ele se formou em 1973.
TRAJETÓRIA FUNCIONAL
Exercendo o cargo de médico trabalhou em uma Maternidade Privada administrada por uma Associação controlada pelo chefe político já falecido Ivar Figueiredo Saldanha. Depois se mudou para Santa Rita e lá trabalhou na condição de médico no Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Foi diretor de um Colégio de 2º graus, Diretor de uma Unidade Mista de Saúde Maria Helena Freire. De volta para o Povoado Buenos Aires exerceu ao cargo de Médico do Programa Saúde da Família em Rosário foi ao período de 1997/2000 deixou o cargo de médico em Rosário para assumir o Cargo de Secretário Municipal de Saúde em Santa Rita.  No mandato de Raimundo João Saldanha Pires Neto  2001 a 2004 foi Secretário Municipal de Saúde. Em 2003 submeteu-se ao transplante de rins e em  08 de 04 de 2014 faleceu em São Luís. Seu corpo foi sepultado  no Cemitério do Centro da Cidade, o cortejo foi acompanhado por uma multidão de amigos.
Raimundo José Sousa Sena foi casado com a Senhora Maria da Gloria Silva Sena professora do ensino pública estadual e, atualmente aposentada, uma esposa que o acompanhou e se fez presente nas atividades festivas em período que sofreram preconceitos em razão da paixão ardente que o médico nutria pela brincadeira de Bumba Meu Boi de Orquestra. A partir de quando já iniciaram as gravações em disco de vinil, onde quer que tivessem,  em suas farras teria que tocar as belíssimas toadas em qualquer época.
Raimundo Sena, foi uma espécie de mecenas, não bastasse ajudar brincadeiras, em 1986  fundou uma Associação Folclórica e organizou uma brincadeira - Botou um boi em um espaço curto  de tempo  por isso, chamou-se  de Boi Ligeiro de Santa Rita, atingiu o píncaro do sucesso.  Mais tarde amargou a decepção... Nessa trajetória conquistaram muitos amigos e alguns deles músicos, que alegravam os momentos de lazer inclusive as datas em que comemoravam aniversários.
O mecenas, mais do que amante do folguedo compunha  belíssimas toadas  algumas inéditas era pretensão do amigo Reinaldo Lima gravar para homenagear em vida.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    
Dr. Sena deixou para mim muitas saudades passamos durante vários anos vivendo momentos de muita alegria. Eu Josias Lima e outros companheiros sempre tocávamos no aniversário dele e de sua esposa a Senhora Maria da Glória e, quando ele estava muito alegre me convidava para cantarmos juntos a toada a seguir;

POEMA:  ROSÁRIO É MEU TORRÃO  - (AUTOR:  Dr. SENA)
Rosário é minha terra querida
Te amarei por toda vida
Jamais me esquecerei de ti
Por que sou
Como muitos dos teus filhos
Mesmo morando em outras  terras
Jamais  esqueceram  de ti
Mesmo distante
Te carreguei no meu coração
porque tu és o meu berço
És minha mãe és meu torrão!    Fim    (a parte em negrito será repetida)

POEMA: FLOR QUE PERFUMA O MEU JARDIM. Tom - sol +
Autor: Raimundo José Sousa Sena (Dr. Sena)
Em seu período de doença quando eu ia visitá-lo já chegava cantando a toada que fez para a sua esposa - Maria da Gloria (Glorinha de Sena) para fazê-lo alegre!

Ainda me lembro daquele tempo passado
Que éramos namorados e vivíamos a passear
O vento soprava forte e balançava os teus cabelos
Encima da arei branca o teu rostinho eu desenhei
É por isso que eu te amo e te dei meu coração
Eu não vou me esquecer de ti por cantar boi pra São João
Tu és, a rosa linda da minha roseira (repetir)
A linda flor que perfuma meu jardim
Por isso é que vivo satisfeito
Por sempre está junto de mim!   
Fim    (a parte em negrito será repetida)

POEMA: OBRIGADO MEU DEUS

Obrigado meu Deus por ter me dado inteligência
Obrigado meu Deus por ter me dado educação
Eu tenho escutado tantas calúnias e tantas ofensas
Entre pessoas amigas até colegas de profissão
Às vezes eu fico encabulado
Quando Alguém fala em fraternidade
Porque no fundo é um rio de maldade
Porque eu gosto é de viver em paz
Se fosse por mim
Não existia guerra
Não tinha inimigo
Porque eu gosto É de fazer amigo
Como é bom se  viver em paz!   Fim    (a parte em negrito será repetida)


A ultima composição do saudoso Dr. Sena  compôs para homenagear Josias Lima
TOADA: A MORTE ME ENGANOU - Autor: Raimundo José Sousa Sena (Dr. Sena)
Tom Mi menor.  Ele já estava doente procurou-me para ajustar essa toada como de costume. Ele havia tido uma crise e estava hospitalizado  quando Josias  Faleceu  em oportunidade em que sofreu acidente de transito. Ao chegar em casa foi até a minha residência logo após a morte de Josias Lima, afinei o violão e ele cantou:

Saudade como tu me maltrata
Tu que fostes tão ingrata
E me faz sofrer assim
A morte me enganou
Levando o amigo Josias
Sem se despedir de mim
Se ele tivesse vivo
Estaria aqui agora
Tocando o seu banjo
Sempre alegre como foi
Mais é isso mesmo
A vida continua
Como continua
O seu lindo bum boi
 - Fim    (a parte em negrito será repetida)
A varanda da Casa do saudoso Dr. Sena era uma espécie de palco onde tocávamos os sambas, boleros e toadas de bumba meu boi. Às vezes tinha um grupo na varanda e outro no quintal debaixo de uma mangueira.  A ultima vez que fui tocar na casa dele havia três grupos.  Em 2007 estreamos um grupo composto por Reinaldo- violão Ribamar cavaquinho – Tiririca cantor  e Bimba na percussão.  O período que antecedeu o Boi ligeiro de Santa Rita o Grupo era formado por Reinaldo no Violão e Josias no Banjo. Eu e o amigo Sena nos encontramos pela primeira vez  em 1982 no BAR MARÉ MANSA. 
Autor: Organizador Reinaldo Cantanhêde Lima

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