sábado, 30 de agosto de 2014

" É PRECISO ADMINISTRAR DE FORMA MADURA O NOSSO MUNDO PSÍQUICO"

Entrevista Espanhol Inglês
Ano 8 - N° 378 - 31 de Agosto de 2014
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)

 
Juliana Mandato Ferragut: 
Especialista em infectologia, a confreira e médica diz que nossos pensamentos e sentimentos comprometem para melhor ou para pior o nosso relacionamento com os agentes infecciosos
 

Juliana Mandato Ferragut (foto), espírita de berço, natural de São Paulo e residente em Vinhedo, no interior do estado, é médica especialista em infectologia. Vincula-se ao Centro Espírita Allan Kardec, da mesma cidade onde reside. Palestrante, expositora do ESDE e participante de grupo mediúnico, respondeu às nossas perguntas acerca

de infectologia à luz do Espiritismo. 
Para situar o leitor, por favor, situe em linhas gerais a infectologia.

Infectologia
  é a especialidade médica que se ocupa do estudo das doenças causadas por diversos patógenos, como príons, vírus, bactérias, protozoários, fungos e animais. O infectologista atua na prevenção primária (educação em saúde, vacinação etc.) e na prevenção secundária (tratamento de doenças infecciosas e prevenção de incapacidade causada por estas). É uma área do conhecimento médico muito antiga, porém ainda muito necessária nos dias de hoje. No Brasil, a Infectologia é uma especialidade médica, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, sendo determinado que, além do curso de Medicina, o profissional deva fazer uma residência médica que tem a duração de três anos. 
O que mais lhe chama atenção nesse ramo do conhecimento humano e de especialidade médica?
Para mim, como espírita, o que mais surpreende no trabalho diário no campo infectológico é o manancial de aprendizado na relação médico-paciente. Desde a antiguidade as doenças infectoparasitológicas produzem verdadeiros marcadores de marginalização e preconceito nas comunidades. Desde antes de Jesus, quando tínhamos o exílio de portadores da moléstia de Hansen (antigamente conhecida como lepra, hoje este nome entrou em desuso pelo preconceito que lhe foi atribuído), o mesmo com a sífilis, a tuberculose e a própria Aids, sempre vimos na história da humanidade as doenças infectocontagiosas segregando populações e servindo como provas e expiações muito dolorosas para nós, Espíritos encarnados em evolução. Sendo assim o dia a dia com os pacientes é riquíssimo em aprendizado de resignação e coragem. 
Como surgiu seu interesse por essa área específica?
Como a maior parte das grandes alegrias da minha vida, eu “caí de paraquedas”. Completamente conduzida pela espiritualidade, sinto que fui direcionada por uma oportunidade em me envolver com a área, logo após o término da graduação. Sempre me encantei com o campo de atuação, pois de fato é uma especialidade muito ligada à medicina social, controle de infecções prevalentes na comunidade, medidas para prevenção e educação higienodietéticas e de comportamento. 
Como podemos aplicar o conhecimento espírita nos desdobramentos próprios das infecções na relação saúde/enfermidade?
Hoje nós encontramos, como quase em tudo na medicina, vasto campo de pesquisas e estudos no meio científico espírita, entre o desenvolvimento de doenças infectoparasitárias e predisposições perispirituais associadas ou não a programações reencarnatórias. É maravilhoso perceber que alcançamos esse espectro do conhecimento, comprovando mais uma vez que nada no universo se dá ao acaso e não há injustiça divina em nada do que nos ocorre. Mas sim, sempre, oportunidade de aprendizado e reparação. 
De seus estudos profissionais, como o conhecimento espírita amplia sua visão sobre a questão?
Completamente. Veiculando o tratamento do paciente à compreensão de que a saúde do corpo é apenas mais um item a ser cultivado por todos nós, ou seja, reafirmando a saúde do Espírito como um bem a ser cuidado e valorizado, a minha relação médico-paciente se desdobra de forma completamente diferente aos demais colegas de profissão. Frequentemente o contato do médico com o paciente se dá em um momento muito delicado, onde há oportunidade única para o entendimento da dor/doença como oportunidade de aprendizado, de crescimento. Nesta abençoada profissão eu tenho a oportunidade de conduzir o paciente a essa reflexão enquanto veiculo uma terapêutica que de fato, na grande maioria dos casos, restabelece o status de saúde ou ao menos promove um ótimo controle da doença crônica. Sendo assim, é um momento crucial o instante entre o paciente se ver gravemente doente e o próximo passo, onde se restabelece a saúde do corpo físico. A grande diferença está nesta oportunidade de compreensão do que a doença de fato veio ensinar ao meu irmão, causando modificações internas sólidas, que ele levará consigo para sempre.  
Algo marcante de sua experiência que gostaria de relatar?
Trabalhando hoje no âmbito do SUS, eu tenho a oportunidade de cuidar de vários irmãos em situações socioeconômicas muito difíceis, e que, com o diagnóstico de doenças estigmatizantes como o HIV/Aids, viveram verdadeiras desgraças como rompimento familiar e abandono, estada em sistemas carcerários extremamente sofridos e envolvimento com criminalidade e drogas. Participar do tratamento desses irmãozinhos, acompanhando o restabelecimento de sua saúde física e contribuindo para todo o processo do autoperdão, reafirmação de valores ético-morais e reconstrução de laços familiares, foram as melhores vivências da minha vida profissional. Mesmo quando a vida da carne não era mais possível de ser reconstituída, eu tive oportunidades únicas de compartilhar com alguns pacientes o seu momento de desencarne, sua percepção sobre as limitações do mundo dos vivos, suas despedidas dos que ficaram deste lado, e até mesmo o seu desenlace com o contato com os familiares que já estavam à sua espera do outro lado da vida e vieram recebê-los dos meus braços.  
Com a experiência já acumulada do conhecimento médico e espírita, o que diria para uma pessoa qualquer que queira proteger-se de infecções em geral?
Assim como nos orienta Kardec, é preciso acompanhar a ciência e o entendimento da medicina terrena em primeiro lugar. Todas as medidas profiláticas higieno-dietéticas, educação e cuidados com a sexualidade, bem como a abstenção de vícios, influenciam diretamente em todo processo saúde-doença, e o mesmo se dá com as doenças infecciosas. O não beber, não fumar, manter a higiene do corpo, praticar atividade física regularmente é válido em todas as especialidades médicas, e também na Infectologia. Há sempre benefícios quando tratamos do vaso físico, esse presente maravilhoso que nos possibilita a interação com o mundo, com respeito, cuidado e carinho. Não é apenas da virulência do agente infeccioso em si que depende o estabelecimento da doença infectocontagiosa; há de fato um acordo e um diálogo constante entre microorganismo e hospedeiro em todo processo. E hoje nós compreendemos que além dos cuidados que devemos demandar com o universo celular há também a necessidade de se administrar de forma madura o nosso mundo psíquico. Os nossos pensamentos e sentimentos também influenciam nas características do nosso “jardim” e comprometem para melhor ou para pior o nosso relacionamento com os agentes infecciosos.
Algo mais que gostaria de acrescentar?
Apenas agradecer a Deus pela oportunidade de aprender e trabalhar servindo com Jesus sempre.
Fonte: O Consolador uma Revista de Divulgação Espírita



 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

GURUS DE MARINA E AÉCIO VÃO TER UM TROÇO. DILMA AUMENTA SALÁRIO MÍNIMO DE 2015 PARA R$ 788,00.

Gurus de Marina e Aécio vão ter um troço. Dilma aumenta Salário Minimo de 2015 para R$ 788,00.

Os gurus econômicos que assessoram Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) vão ter um troço: Dilma enviou proposta de Lei do Orçamento da União para 2015 com aumento real do salário mínimo para R$ 788,00. Isto dá um aumento de 8,8%, acima da inflação, como ocorreu durante todos os anos dos governos de Dilma e de Lula.

Os gurus de Marina e Aécio são contra essa política de aumento real do salário mínimo porque, segundo o fundamentalismo neoliberal deles, trabalhador ganhar melhor "atrapalha" a economia, e "atrapalha" a previdência.

A QUALIDADE DO ESPÍRITO DETERMINA A QUALIDADE DO SEU CORPO ESPIRITUAL

Uma leitora perguntou-nos:
– O Espírito pode ser perfeito quando seu corpo espiritual não é perfeito?
Para entender a resposta a essa pergunta é preciso lembrar, inicialmente, que o corpo espiritual, ou perispírito, tem uma densidade, um peso específico próprio, e que a natureza do envoltório fluídico guarda sempre relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. À condição moral do Espírito corresponde, por assim dizer, uma determinada densidade do perispírito. Maior elevação espiritual, menor densidade fluídica. Menor elevação espiritual, maior densidade, isto é, perispírito mais grosseiro, com maior condensação fluídica. É claro que, apesar de mais densos, os envoltórios fluídicos mais grosseiros continuam imponderáveis aos nossos olhos. 
No cap. XIII da obra Entre a Terra e o Céu, o ministro Clarêncio explica que o corpo espiritual é, por excelência, vibrátil e se modifica profundamente, segundo o tipo de emoção que lhe flui do âmago. Como ninguém ignora, em nosso próprio meio a máscara física altera-se na alegria ou no sofrimento, na simpatia ou na aversão. No plano espiritual, semelhantes transformações são mais rápidas e exteriorizam aspectos íntimos do ser, com facilidade e segurança, porque as moléculas do perispírito giram em mais alto padrão vibratório, com movimentos mais intensivos que as moléculas do corpo carnal. 
Os veículos perispirituais de maior peso específico chumbam os Espíritos às regiões inferiores, impossibilitando-lhes o acesso a planos mais elevados e, por isso mesmo, o ingresso em mundos de maior elevação espiritual. A acentuada densidade do perispírito de grande número de Espíritos leva-os a confundi-lo com o corpo material que utilizaram durante sua última encarnação. Esse é um dos motivos que fazem muitos Espíritos considerar-se ainda encarnados e pensar que vivem em nosso meio, na Terra, imaginando-se entregues a ocupações que lhes eram habituais.
O corpo espiritual ou perispírito dos Espíritos superiores, de reduzido peso específico, confere-lhes uma leveza que lhes permite viver em planos mais elevados e deslocar-se a outros mundos. Eles podem, evidentemente, descer aos planos inferiores e, dada a sutileza do seu envoltório, não serão percebidos pelas entidades desencarnadas inferiores.
Respondendo então à pergunta, diremos que, se o Espírito é perfeito, seu corpo espiritual, ou perispírito, também será perfeito, dada a íntima relação que existe entre um e outro.
Sobre o tema sugerimos aos interessados ler o estudo intitulado natureza e propriedades do perispírito, publicado na edição 90 da revista “O Consolador”. Eis o link que permite acessar o estudo: http://www.oconsolador.com.br/ano2/90/esde.html

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

BLOG FAZ CAMPANHA PARA ENCONTRAR FAMÍLIA DESTE HOMEM

Blog faz campanha para encontrar família deste homem


O blog resolveu fazer uma campanha para tentar localizar os familiares deste homem, um morador de rua que chegou há alguns anos em Bacabeira e ninguém sabe sua procedência.

Carinhosamente conhecido na cidade como “Paquito”, o homem apresenta distúrbios mentais, vive pelas ruas e dorme nas calçadas frias do município de Bacabeira, distante a 50 km de São Luis.

Fazendo serviço de assistência social e humanitário, a intenção do blog é garantir o direito de reencontrar algum familiar do homem, no sentido de cuidar e tratar deste cidadão, além de reassociá-lo à sociedade.

Pedimos a quem puder compartilhar até encontrarmos algum parente de “Paquito”.

Informações e vídeos ao Blog Bacabeira em Foco podem ser enviados por email: bacabeiraemfoco@hotmail.com ou pelo Whatsapp (98) 9965-0206

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

UTILIDADE PÚBLICA!!


ATENÇÃO PARA SE PROTEGEREM CONTRA OS QUE GOSTAM DE APLICAR GOLPES EM PATRÕES DESAVISADOS!
PARA QUEM CONTRATA DIARISTA

  Informações Jurídicas sobre Contratação de Diarista

Interesse geral - aprovado pelo TRT 1ª Região (RJ)
PARA QUEM CONTRATA DIARISTA...A LEI AGORA É DEFINITIVA

Havia um entendimento de que a partir de 2 dias de trabalho desses prestadores de serviço, fosse considerado Vínculo Empregatício.
Isto agora mudou. Vejam a decisão abaixo.
Assunto: Diarista - Sumula 19
Data: 17 de fevereiro de 2012 14:15:10 BRST

A PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO
, no uso de suas atribuições legais e regimentais, tendo em vista o decidido pelo Tribunal Pleno, reunido em Sessão Ordinária, no dia 5 de maio de 2011, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Maria de Lourdes Sallaberry, Luiz Augusto Pimenta de Mello, Carlos Alberto Araújo Drummond, Gloria Regina Ferreira Mello, Elma Pereira de Melo Carvalho, Maria das Graças Cabral Viégas Paranhos, José da Fonseca Martins Junior, Tania da Silva Garcia, Ana Maria Soares de Moraes, José Nascimento Araújo Netto, Aurora de Oliveira Coentro, Edith Maria Corrêa Tourinho, Luiz Alfredo Mafra Lino, Damir Vrcibradic, Mery Bucker Caminha, Cesar Marques Carvalho, José Geraldo da Fonseca, Flávio Ernesto Rodrigues Silva, Jorge Fernando Gonçalves da Fonte, Evandro Pereira Valadão Lopes, Alexandre de Souza Agra Belmonte, Valmir de Araújo Carvalho, Ricardo Damião Areosa, Marcos Palacio, Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha, Marcos Cavalcante, Maria Aparecida Coutinho Magalhães, Roque Lucarelli Dattoli, Marcelo Augusto Souto de Oliveira e Rildo Albuquerque Mousinho de Brito,

RESOLVE:

Aprovar a edição da SÚMULA Nº 19, com a seguinte redação:

“TRABALHADOR DOMÉSTICO. DIARISTA. PRESTAÇÃO LABORAL DESCONTÍNUA. INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO.
A prestação laboral doméstica realizada até três vezes por semana não enseja configuração do vínculo empregatício, por ausente o requisito da continuidade previsto no art. 1º da Lei 5.859/72.”

O ministro Ives Gandra Martins Filho, relator de um processo no qual foi negado reconhecimento de vínculo a um jardineiro que trabalhava duas ou três manhãs por semana numa residência, definiu em seu voto a situação:

"O diarista presta serviços e recebe no mesmo dia a remuneração, geralmente superior àquilo que receberia se trabalhasse continuamente para o mesmo empregador, pois nela estão englobados e pagos diretamente ao trabalhador os encargos sociais que seriam recolhidos a terceiros”, afirmou o ministro Ives. “Se não quiser mais prestar serviços para este ou aquele tomador, não precisará avisá-lo com antecedência ou submeter-se a nenhuma formalidade, já que é de sua conveniência, pela flexibilidade de que goza, não manter um vínculo estável e permanente com um único empregador, pois mantém variadas fontes de renda provenientes de vários postos de serviços que mantém."

É neste sentido que tem se inclinado a jurisprudência do Tribunal nas diversas decisões em que negou o reconhecimento do vínculo de emprego a diaristas que trabalhavam em casas de família. Cabe ressaltar que o termo “diarista” não se aplica apenas a faxineiras e passadeiras, (modalidades mais comuns dessa prestação de serviço). Ela abrange também jardineiros, babás, cozinheiras, tratadores de piscina, pessoas encarregadas de acompanhar e cuidar de idosos ou doentes e mesmo as “folguistas” – que cobrem as folgas semanais das empregadas domésticas. Uma vez que o serviço se dê apenas em alguns dias da semana, trata-se de serviço autônomo, e não de empregado doméstico – não se aplicando, portanto, os direitos trabalhistas garantidos a estes, como 13º salário, férias, abono de férias, repouso remunerado e aviso-prévio, entre outros previstos na Constituição Federal.
Fonte: recebi por meio de E-mail de Leda Flaborea
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terça-feira, 26 de agosto de 2014

AS FLORES NASCIDAS DAS LÁGRIMAS DA DOR


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Quem dera fosse a espera pelos pais que retornavam de uma viagem. O filho estava, sentadinho, esperando, mas não chegariam com novidades. A família já se reunia na casa do menino; porém, o choro foi maior do que os abraços de reencontros felizes.
Inexplicavelmente, os pais de Isaac amanheceram mortos no leito do casal. Não se sabe a causa do inesperado acontecimento... os dois de uma vez. Cogitou-se uma suposta ocorrência, com alguma comida imprópria servida na festa da noite anterior, à qual toda a família comparecera, no entanto, somente o casal sofrera tamanha complicação levando-o à fatalidade.
Poderia ser encontrado o motivo, mas não traria, ao convívio comum, os pais do menino.
De repente, as urnas chegaram para o velório; momento importante para preces e ocasião para o desapego do corpo físico, ligação mais intensa com o plano espiritual, pois a bondade do Pai é a eternidade dos dias para o espírito.
Primeiro foi o corpo da mãe a ser posicionado, em seguida, o do pai. Isaac, ficou sentadinho entre um e outro. Colocou uma mãozinha em um e depois em outro, levantou-se, olhou para cada um com tanto amor, tanto carinho.
As pessoas presentes se comoveram muito pela docilidade do menino, do filho do casal. Mesmo com a frágil situação, Isaac não se desesperava, cuidava do pai e da mãe, mesmo sem mais necessitarem do amparo físico. Sentadinho na cadeira entre os dois, balançava os pezinhos, era franzino e nem alcançava o chão para repousá-los.
Os avós, os tios, um por vez chegavam ao ouvido do menino, e com tanta brandura, perguntavam-lhe se precisava de alguma coisa; até água e suco eram levados até ele, pois não se distanciava do posto de cuidador amoroso. Somente duas vezes havia ido ao banheiro durante o período da manhã e já dois quartos da tarde também se findavam.
Isaac tanto foi cumprimentado com abraços e beijos na face, e as pessoas deixavam sempre um pouquinho de lágrima em seu rosto. Talvez essas lágrimas não fossem somente pela perda do casal, mas muito mais pela comovente atitude do pequenino órfão. A ternura de seu olhar perante os pais, adormecidos nos caixões, fora dificilmente vista antes em outros olhos.
Como se não bastasse toda essa comoção, o filho ainda conversava com os pais sobre assuntos cotidianos, como se os dois pudessem lhe responder; os três normalmente conversavam e compartilhavam com risadas e tanta felicidade as conversas simples e maravilhosas do dia a dia.
E esse momento tão marcante para Isaac estava prestes a se encerrar, pois um homem com jeito calmo e amoroso adentrara o recinto onde ocorria o velório para dizer bondosas e confortantes palavras para os presentes, enfatizando, para o filho e família. Após a mensagem de conforto, as urnas seriam recolhidas e encaminhadas até o túmulo da família, que era preparado para recebê-las.
Quando foi informado o horário para o fechamento das tampas, naturalmente, algumas pessoas mais próximas começaram a se despedir e virou um ritual as pessoas se despedirem com um olhar para os dois falecidos e com um beijo na face ou na cabeça do filho do casal.
Exatamente às dezessete horas de uma tarde primaveril, haveria o enterro dos pais de Isaac.
Como é comum, antes de haver o sepultamento, já no cemitério, é realizada mais uma oração de corpo presente e, assim, ocorreu naquele momento; entretanto, as palavras amorosas e reconfortantes foram proferidas por um filho, agora órfão, de apenas onze anos.
O menino se soltou, com calma, da mão da avó materna e pediu para dizer algo. Todos, já muito emocionados pelo pouco comum acontecimento, ainda com mais expectativa, se puseram a ouvir. Isaac, aparentemente tão frágil, começou a falar, posicionado em um local onde todos podiam vê-lo.
Com as mãos entrelaçadas à altura do coração, o pequenino começou o discurso de um filho proferindo sobre seus pais:
– Antes de tudo, agradeço a Deus por ter sido o filho desses meus pais queridos. Quantos momentos felizes passamos juntos, tantas coisas descobrimos, quanto os meus pais fizeram por mim.
O jovenzinho deu uma pausa e seus olhos brilhavam como a gota do orvalho na manhã de um novo dia, mas sem desespero, pois seus pais haviam-lhe passado ensinamento sobre o significado de uma existência em relação à eternidade da vida. Isaac era iluminado por uma luz encorajadora e calma, e amigos do outro plano o sustentavam para a ocasião. Ele continuou:
– Quando tinha medo de dormir, sozinho, à noite, mamãe conversava com papai e ele logo me buscava e em seus braços me trazia para a sua cama e, com tanta felicidade, nós três conversávamos e tanta risada surgia, mas isso só quando estava com muito medo. E nas vezes que precisava me explicar alguma coisa, quando era bem criança ainda, papai se abaixava e de joelhos ficava e me olhava na direção dos meus olhos para, assim, com palavras bem simples e de fácil entendimento, eu compreender e aprender a nova lição. Quando estava bem frio, nós três ficávamos encolhidos no sofá, mas mamãe me colocava, sentadinho entre os dois para eu ficar quentinho e protegido. Mamãe, todas as noites, fazia comigo a oração de agradecimento e pedido pelos bons acontecimentos, saúde e proteção, também para eu ser um menino e homem de bem, que respeitasse e compreendesse as pessoas, os animais e a natureza inteira, pois mamãe falava que ter respeito era o início do amor, e mesmo que ainda não amasse alguém como amo meus pais, mas com o respeito já estaria compreendendo a sua importância e um dia, também, poderia amá-lo.
Devagar algumas lágrimas escorreram dos olhinhos do menino, enquanto que no rosto dos presentes, até nos mais aparentemente insensíveis, estava o banho da lágrima das emoções. Momentos assim são pura reflexão de como está o convívio com os mais próximos e com a vida de uma forma geral.
E o filho retomou mais uma vez para a conclusão de seu discurso tão simples e verdadeiro:
– Só mais um pouquinho. Quero muito agradecer a Deus e pedir que Ele leve meus pais para um lugar bem bonito e protegido, e como papai um dia me falou: “nós nos reencontraremos, filho”, aguardo esse dia, mas com muita felicidade para viver ainda aqui, pois mamãe me falava que o sorriso dos olhos traz alegria para todas as coisas. E também agradeço a todos por estarem aqui e me fortalecerem com palavras, carinhos e muitos abraços... e agora continuarei a minha vida e, também, serei o homem de bem com que tanto mamãe se importava.
Isaac colocou uma mão em cada caixão e o soluço veio forte e incontido. As duas urnas foram descendo à medida apropriada e logo estavam recolhidas e o lugar, com o acabamento necessário.
No final daquela tarde, com os raios de sol bem fraquinhos, o menino, de mão dada com a avó materna que teria agora a importância de sua mãe, voltava para a casa sem os pais. Uma nova vida se iniciara. Aquele aparente e frágil menino caminhava amparado por seus parentes e por amigos espirituais tão dedicados ao bem comum.
Os atos obedecem a uma lei universal, à lei de Deus. Inúmeras vezes não se compreende o desencadeamento das ações e reações, no entanto tudo possui uma razão de ser. A mesma energia receberá a sua resultante em curto tempo ou na duração de existências inteiras.
Isaac estava no curso que, por algum motivo, lhe conveio essa ocasião e o amor de Deus, perfeito Criador, por meio de ajudantes amorosos encarnados e desencarnados, sempre o ajudará a buscar uma melhor maneira para o cumprimento do dever, degrau da evolução.
O livre-arbítrio é comum a todo espírito, o que diferenciará em bem ou mal são as escolhas na caminhada da vida.
E a avó de Isaac, a partir de agora, o levaria para a sua casa, cuidaria dele como o filho que em outro tempo não foi capaz de cuidar.
Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/
  

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

RECADO AOS FILHOS

Crônicas e Artigos
Ano 8 - N° 377 - 24 de Agosto de 2014
LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 
 

Honrar pai e mãe é lei divina a ser seguida rigorosamente

Filhos, amem a seus pais! Honrem seu pai e sua mãe, pois pior que tê-los longe fisicamente, é tê-los na ausência da morte ou do abandono.
Jovens, não vivam a vida de forma tão egoísta, pensando apenas em seus problemas, na satisfação dos seus desejos e caprichos. Olhem para eles! Estão envelhecendo e é chegada a sua hora de olhar por eles.
Quantas noites mal dormidas e, às vezes, nem dormidas!... Quantas aflições por suas doenças, por suas lágrimas!... Quantos sonhos abandonados para que os seus sonhos se tornassem realidade!...
Hoje, com menos vigor físico por males que o avanço da idade provoca, não conseguem mais acompanhá-los nos seus projetos. Sejam, pois, pacientes e agradecidos; estejam com eles na presença física do abraço e do beijo filial, dos pequenos mimos que tanto lhes aquecem o coração já cansado, do riso jovem e fácil que mostram a eles que o dever foi cumprido, do jeito que conheciam e podiam, e que a vida continua.
Não cobrem o que, hoje, não têm para dar. Já deram muito! É hora de retribuir.
Achaques, picuinhas, revides não são bem-vindos em criaturas que pretendem ser pais e formar uma família.
É hora de olharem para e por aqueles que sempre lhes olharam com amor, no espírito da renúncia e do sacrifício das próprias vidas. Cuidem de seus pais! Cumpram o dever que Deus espera de cada filho sobre a Terra, e aproveitem a presença deles nas suas vidas.
Mais tarde, certamente, dirão: “Se meus pais ainda estivessem aqui”... 



 

domingo, 24 de agosto de 2014

NEGLIGÊNCIA HOSPITALAR OU CRIME DE OMISSÃO DE SOCORRO?



Hoje por volta das 10:h40min   fui visitar um amigo: JOSÉ DA PIEDADE CARVALHO MARTINS DE SOUSA( Zequinha do Cartório)  já foi Tabelião,  Secretário Judicial,  Secretário Municipal  de Finanças e é servidor da justiça em Rosário.   Foi atropelado por uma  Moto e, levado para o  Hospital Municipal de  Rosário e,  em lá chegando não foi examinado pelo médico plantonista.  “ Disse Zequinha que a sua maior mágoa a pesar de não ter sido examinado pelo médico plantonista. É, que no hospital havia ambulância e não havia motorista. Foi socorrido pela Ambulância de Bacabeira.

Esse fato foi relatado para Nonato Torres, Secretário Municipal de Turismo. Nessa oportunidade apareceu uma filha de Zequinha e disse que depois de alguns minutos  que o pai dela foi levado pela Ambulância de Bacabeira  para São Luís. A Ambulância de Rosário passou na porta deles.  Zequinha é um  dos cidadãos que tem colocado o seu carro  e levado Reinaldo Lima e seguidores, várias vezes  em municípios vizinhos  na tentativa de mobilizar lideranças  para fazer parte da luta em pró da saúde em favor do Hospital Regional!
 
Se com Zequinha, uma pessoa estimada,  pai de muitos filhos são muitos irmãos e com posição social, sofreu assim.  Faça um  calculo como sofre uma parturiente oriunda da periferia moradora da Vila Vitória.  Amanhã vou solicitara  autorização de imagem para publicar  as partes  lesionadas. Que me critiquem, que me odeiem não fico caldo!  Estas fotos foram feitas em Santa Rita tentando mobilizar o vice-prefeito, não conseguimos