sábado, 31 de maio de 2014

" OS NOSSOS DESAFIOS DE HOJE SÃO OUTROS, SÃO DE ORDEM MORAL

Entrevista Espanhol Inglês
Ano 8 - N° 365 - 1° de Junho de 2014
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)

 
Wilson Aires Ortiz: 
Segundo o confrade paulista, seria ingenuidade fugir desses desafios, sabendo que eles representam o incentivo
indispensável para o nosso progresso

Espírita desde 1990, Wilson Ortiz (foto) é natural de São Paulo, capital, mas reside em São Carlos, no interior paulista. Doutor em Física e professor titular no Departamento de Física da UFSCar, vincula-se à Associação Espírita Obreiros do Bem, situada na cidade onde mora, na qual exerce atualmente a vice-presidência e integra a equipe de
coordenação doutrinária. Suas respostas à presente entrevista dão-nos uma visão abrangente da evolução humana e mostram os desafios das escolhas que promovem o aprimoramento intelecto-moral.  


Como encarar esse ciclo renovador da vida humana, continuamente exercido pelas leis que comandam a existência?
As leis que regem a vida foram estabelecidas pelo Criador para que possamos desenvolver todas as nossas potencialidades através do aprimoramento contínuo. Partindo da mais absoluta simplicidade, o Espírito transita pelos diferentes estágios da vida, construindo o próprio progresso. É muito importante notar que o Criador – associação perfeita da Inteligência Suprema com o Amor Sublime e a Justiça Plena – traçou para nós um plano altamente desafiador que é, ao mesmo tempo, bastante gratificante: cada um deve conquistar o progresso pelo esforço próprio. Aprendemos assim a valorizar as pequenas vitórias íntimas, na luta cotidiana para corrigir as próprias imperfeições. Aprendemos também a reconhecer que, como não há privilégios na relação do Criador com as suas criaturas, o esforço dos nossos semelhantes não é menor, nem menos importante do que o nosso. De quando em quando, somos convidados a realizar um balanço, confrontando aquilo que foi projetado para determinado estágio da vida, com o que efetivamente realizamos. Nos ciclos da vida, renovam-se os dias, as estações do ano, e também as oportunidades de refazer para corrigir, de redirecionar o foco e o rumo da existência. A reencarnação é, decididamente, o mais notável desses ciclos renovadores. 
Por que um processo tão longo?
Com o tempo, a criatura aprende que o esforço é indispensável para o progresso, e compreende assim a verdadeira dimensão das aquisições. As reformas mais íntimas, do próprio eu, repercutem também na coletividade, nos agrupamentos sociais e, por extensão, na atmosfera espiritual do planeta. Ora, criar sabedoria a partir da ignorância absoluta leva tempo, é obra para muitos milênios. É natural que os estágios iniciais dessa jornada sejam de muitos erros e poucos acertos, sendo então muito frequente a necessidade do recomeço. É justamente daí que decorre essa característica cíclica dos estágios do progresso. Parece longo, mas nunca é demais lembrar que estamos num contexto em que há outros ciclos muito mais longos: as estrelas, por exemplo, que são fonte de matéria e calor para a manutenção da vida, também nascem, crescem, amadurecem, morrem e renascem, em períodos de alguns bilhões de anos. A vida na Terra tem exibido esses ciclos; o mais recente deles já dura mais de duzentos mil anos, tendo culminado com o estabelecimento hegemônico do Homo-sapiens, que, afinal de contas, somos todos nós. Como se vê, curto ou longo, rápido ou demorado, são percepções relativas nesse contexto mais amplo. Nós temos uma tendência imediatista de imaginar que as dificuldades deveriam se resolver rapidamente e sem esforço, mas o plano de Deus para nós é de um crescimento contínuo e sustentado, em que cada um deve conquistar seus valores pela via do exercício cotidiano. 
Que critérios, a seu ver, comandam esses ciclos de renovação para o progresso?
A consolidação de valores morais – que são as nossas verdadeiras aquisições, aquelas que não podem ser corroídas pela ferrugem ou subtraídas pelo ladrão – ocorre, primordialmente, por meio de repetições. Esse modelo acaba moldando e fortalecendo as nossas convicções, levando-nos a reconhecer que há coisas que definitivamente não nos convém fazer. É assim que as leis morais, que estão impressas no íntimo de todo ser, vão ganhando vida dentro de nós, compelindo-nos a repetir, voluntariamente, todas as experiências malsucedidas, com o intuito de aprender. O Espírito cresce e passa a agir como um bom aluno, que deseja aprender o que é certo e, além disso, procura agir com correção sempre, em todos os momentos de sua vida.  
Como se ligam as leis físicas que comandam tais ciclos aos preceitos morais apresentados pelo Evangelho e agora tão clarificados pelo Espiritismo?
O Evangelho é o código de ética e moral que Jesus nos oferece como referência para a vida. A Doutrina Espírita, constituindo-se no Consolador Prometido pelo Divino Mestre, nos vem relembrar aqueles ensinamentos sublimes. As leis físicas, que governam a matéria densa, também são leis divinas e, da mesma forma que as leis morais contidas no Evangelho, são válidas para tudo o que existe, em todos os recantos do Universo. Na verdade, é esse conjunto de leis divinas – que se manifestam tanto na física que rege a matéria densa, quanto na Justiça Divina que governa a relação entre as criaturas – que garante a harmonia do Universo em todos os planos da vida.
Podemos acelerar ou retardar esses ciclos? Quando e como ocorrem essas acelerações ou retardos dos ciclos de renovação humana?
Sem dúvida, o livre-arbítrio das criaturas é a senha para a aceleração ou o retardamento desses ciclos individuais. A Justiça Divina garante que o plantio seja livre e a colheita, obrigatória. Além dos ciclos de cada indivíduo, há também os das nações e o do planeta como um todo. É possível, por exemplo, que um conjunto de Espíritos, exercendo posição de liderança sobre grandes parcelas da população de uma nação, possa guiá-las de modo equivocado, criando problemas tão graves que o progresso não poderá ser retomado antes que sejam resolvidos os problemas criados. Todas as guerras já ocorridas na face da Terra exemplificam situações assim, com repercussões em toda a coletividade envolvida. São situações em que os ciclos se alongam. Com a evolução das criaturas, podemos sonhar em ver, em um futuro não muito distante, lideranças conduzindo populações inteiras na realização de ações que promovam o bem coletivo, abreviando ciclos e acelerando o progresso. 
Algo em especial lhe chama a atenção no longo processo da evolução humana?
Conversando com as pessoas vamos aprendendo a conhecer melhor os nossos semelhantes, seus sonhos e desejos. É muito comum encontrarmos, dentre os irmãos que procuram a casa espírita, aqueles que gostariam de ter suas dificuldades eliminadas por um milagre divino, sem esforço de mudança, sem qualquer traço de que compreendem a verdadeira razão para o modelo da vida, em encarnações sucessivas governadas pela Justiça Divina. Todos haveremos de compreender que não estamos na vida a passeio, mas a trabalho, e que o progresso decorre necessariamente da superação de desafios. Um exemplo disso, que considero particularmente instigante: o Homo-sapiens, espécie à qual pertencemos todos nós, os modernos seres humanos, estabeleceu-se no planeta em plena era glacial. Seria inconcebível para nós retomarmos pessoalmente a saga daqueles nossos antepassados, que só conseguiram sobreviver em um ambiente tão desfavorável em razão de sua capacidade de enfrentar e superar desafios. Hoje não precisamos viver em cavernas, enfrentando temperaturas extremamente baixas e caçando feras para nos alimentar. Aquela fase já foi superada, e os nossos desafios de hoje são outros, de ordem moral. Seria ingenuidade fugir justamente desses desafios, sabendo que eles representam o incentivo indispensável para o nosso progresso. 
Em seus estudos e pesquisas espíritas, aliados ao conhecimento acadêmico, que tipo de relação encontra nos conhecimentos da questão envolvida com os ciclos de renovação humana?
A evolução intelectual parece sempre preceder o crescimento moral. Sempre que o homem fez descobertas inovadoras, ou mesmo revolucionárias para a vida, houve uma vertente de aplicações que geraram inventos para atacar outros homens, tidos como inimigos. Os horrores da guerra demonstram isso claramente: várias descobertas, cujo uso poderia trazer conforto e novo alento, suprimindo o sofrimento e a dor, têm sido usadas – e com grande eficiência – para a eliminação de oponentes. Foi assim com a navegação, a aviação, a pólvora, a energia nuclear, dentre outros exemplos. Nenhuma dessas conquistas é boa ou ruim em sua essência, e cada uma pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal. A humanidade intelectualizada, detentora de grande conhecimento, está ainda muito distante de práticas éticas, e encontra sempre usos moralmente inadequados para tudo o que descobre. Ainda estamos na fase em que muitas das nossas conquistas são utilizadas para destruição e prejuízo dos semelhantes e da Natureza.  
Suas palavras finais.
Seja no dia a dia de nossas vidas, seja nos longos processos evolutivos das estrelas e dos planetas que preenchem todo o Universo, a vida tem ciclos marcantes, com períodos para crescimento, desenvolvimento, maturação e recomeço. No decorrer dos milênios, a nossa capacidade de compreensão aumentou muito, e temos tido, incessantemente, oportunidades marcantes para repassar as lições preciosas de Jesus. Neste momento em que os mentores espirituais que coordenam o progresso da humanidade nos informam que a Terra, no âmbito coletivo, prepara-se para finalizar seu ciclo como Mundo de Expiações e Provas, dando início a uma nova era, de Regeneração – na qual o bem predominará –, é indispensável que cada um também participe, individualmente, dessa transição, credenciando-se a seguir viagem aqui mesmo, ao abrigo deste planeta abençoado, que testemunhou os nossos primeiros passos e os pequenos progressos que já conquistamos na jornada evolutiva.
Fonte: Retirado de o Consolador Uma Revista Semanal de Divulgação Espírita


 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

PÍLULAS GRAMARICAIS




A regência do verbo “dar” apresenta facetas curiosas.
Eis alguns casos de uso correto desse verbo:
– O deputado deu boas notícias aos eleitores (e não “para os eleitores”)
– O amigo Ivan sempre deu contribuições à entidade (e não “para a entidade”).
– O advogado deu entrada a um processo contra o vereador corrupto (e não “entrada em um processo”)
– Maria deu-se ao luxo de ir de longo à festa do sobrinho.
– O governador deu-se ao trabalho de telefonar pessoalmente ao velho amigo.
– Joana deu à luz três filhos (e não “deu a luz a três filhos”).
O último caso explica-se assim: dar à luz significa “pôr no mundo”.
  
*
A locução “que nem” deve ser evitada. Assim, não digamos: “É inteligente que nem o pai”, mas sim: “É inteligente como o pai”.

0 comentários

quinta-feira, 29 de maio de 2014

SEGUNDO O ESPIRITISMO, QUE É MEDIUM?


Vilma pergunta-nos se uma pessoa qualquer que não tenha nenhum conhecimento do Espiritismo pode ser médium.
A resposta é sim. A mediunidade não é propriedade dessa ou daquela religião e, portanto, pode haver médiuns em qualquer meio e em qualquer povo.
Moisés foi um médium poderoso, assim como Jeremias e mais tarde, na época do Cristo, João, o evangelista.
Maomé recebeu, em momentos de transe, as suratas que formam o Alcorão.
Em todos esses casos o mundo não conhecia ainda a Doutrina Espírita, que nos ensina que a faculdade mediúnica é inerente ao homem e, por isso, não constitui privilégio de ninguém em especial.
Segundo o Espiritismo, todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium, e raros são os indivíduos que disso não possuam alguns rudimentos.
Essa é a explicação por que certas pessoas que jamais viram ou ouviram Espíritos ao longo de uma existência, quando chegadas a certa idade puderam vê-los e mesmo ouvi-los, fato que também se dá nos casos de enfermidade prolongada que debilita o corpo físico e, com isso, favorece o desprendimento da alma.
Esclareça-se, no entanto, que para fins didáticos só chamamos de médiuns aqueles em que a faculdade mediúnica se mostra caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

ESTA É A VERDADE VERDADEIRA



 HISTÓRICO PARA AUXILIAR  NA DEFESA DE  WALDEMAR MONTEIRO DA SILVA, CLAUDIO E OUTROS
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA VILA SÃO JOSÉ FORMALIZADA JURIDICAMENTE FUNDADA EM 05/08/2012, CNPJ 18.630.054.0001/04, ESTABELECIDA EM SUA SEDE PROVISÓRIA, S/N RUA SÃO JOSÉ – BAIRRO SÃO DOMINGOS – ROSÁRIO MA.
INTRODUÇÃO:
Conheci Waldemar Monteiro da Silva, por intermédio  da Senhora Maria Odete da Conceição ex-trabalhadora doméstica da nossa casa. Bigo como é conhecido em companhia de Benilma  procuraram-me para me solicitar pudesse eu arranjar um engenheiro para construir casas  para uma comunidade  da periferia da cidade de Rosário. Nessa oportunidade me apresentaram  os Estatutos de uma Associação havia sido criada para lutar por melhoria  da sua Comunidade que encontrava-se  em falta de tudo  e que haviam batido em portas de vereadores e não encontraram apoio.
Nessa semana estava mobilizando pessoas para realizar uma manifestação na porta da Secretaria de Estado da Saúde em São Luís aconteceu no dia 14 de agosto de 2013. Nesse dia apresentei Bigo e outros Diretores da Entidade para Cleinaldo que após ouvi-los  orientou fosse apresentada a demanda da entidade para que ele encaminhasse para a Vice- Governadoria.
DOS FATOS
De volta à Rosário os visitei eu nunca havia passado antes por lá.  Ouvi atentamente a todos  e tomei a decisão de sistematizar  suas aspirações  em documentos e com a mesma redação encaminhamos para a Prefeita Municipal de Rosário e para o vice-Governador do Estado do MA.
Em um período de mais ou menos 15 dias o Senhor Rosendinho  foi  até a residência de Bigo fica na Rua São José  na Vila São José Bairro São Domingos Rosário MA.  Trataram de imediato da organização dos documentos de 50 moradores associados da mencionada Associação com o objetivo  de construir casas por meio do Programa do governo federal Minha Casa Minha Vida. Nessa oportunidade foi dito que era preciso que fosse providenciado  a legalização da terra para que pudesse ser construído as casas.
No documento já  anteriormente encaminhado para a prefeita no ultimo paragrafo está contido- Portanto, em caráter de urgência vimos solicitar a visita de um fiscal para definitivamente determinar o marco divisório entre a área da prefeitura onde se encontram nossas residências (Vila São José) e terras que dizem ser propriedades do Senhor Reginaldo. Transcrito do documento anexo protocolo nº 023/0522/13
Foi-nos informado de os Diretores da mencionada Associação terem ido à prefeitura em busca do despacho do mencionado documento 12 vezes em dias alternados  e, a prefeita agindo assim omitiu-se do seu dever de ofício.  Isso foi suficiente para que moradores da proximidade  ansiosos por serem também contemplados por casas do Programa Minha Casa Minha Vida decidirem pela ocupação da área principalmente  após um funcionário da prefeitura municipal  antes do setor de Patrimônio  e naquela época da Secretaria Municipal  de Infraestrutura o Senhor José Abreu Aragão ter fornecido um croquis contendo a metragem da área afirmando ali ser sobra de terra da prefeitura.
A  primeira ocupação da Terra dita do Senhor Reginaldo Askar de Carvalho foi no dia 06 de dezembro. No momento da invasão encontrava-se  mais ou menos 100 pessoas todos com facão e foice para roçar o matagal.  Por volta das 16 horas  compareceu ao local o Comandante da PM  de Rosário  e o Senhor Reginaldo.  Quem  explicou  as razões da invasão  foi  o Senhor Reinaldo Cantanhêde Lima  foi nos prestar esse socorro por solicitação da Senhoras Benilma.  Seu Reinaldo disse para o Seu Reginaldo que a competência de resolver o impasse era da prefeita. Os ocupantes eram pessoas desempregadas lavradoras, pescadoras, mães solteiras empregadas domésticas as últimas que sequer ganhavam um salário mínimo. Essa terra está improdutiva e até o presente o senhor Reginaldo  não apresentou documento que comprovasse a posse  da área. Dito isso  tanto os PMs como Seu Reginaldo retiram-se do local.
No dia 07 ficamos  sabendo que outras pessoas  haviam  invadido também a área  reclamada pelo Senhor Álvaro  Antônio Serra de Castro. Em momento nenhum  a entidade  presidida por Waldemar tenha  reunido para tomar determinada decisão de invadir a terra de quem quer que seja.  Entretanto, alguns membros da  mencionada Associação foram se integrando ao trabalho de organização das Ruas e dos lotes tendo em vista o conhecimento e a disposição de trabalharem  pelo bem estar social e  comunitário.
É verdade  que  Bigo ficou  liderando  a ocupação  da terra de domínio  do município de Rosário. E, ele  sabia de a Senhora Graça ter solicitado em Juízo a reintegração da posse da sua terra. O que  ele não esperava era que o Senhor Álvaro que ele diz não conhecer ter denunciado da Associação que nunca comandou ocupação ou invasão.  Isso é provável com o livro de atas.
Ao ter sido condenado em revelia e de forma brutal tendo em vista que o Senhor Álvaro sequer procurou eles  para  saber quem na realidade havia invadido  a sua propriedade. E, considerando  os fatos,  os dirigente da Associação foram para as ruas juntamente com os ocupantes da área diz Álvaro ser dono  para a Câmara Municipal para a prefeitura e contaram com o apoio tanto do Legislativo como do Executivo por terem acreditado nos  argumentos. Agora sim, a Associação  vai  responder em juízo em defesa das pessoas supostas invasoras da propriedade da terra do Senhor Álvaro por terem eles em assembleia Geral tomado a decisão de solicitarem  ser associados da mencionada  entidade e, aceitamos,   em condições: de que, aqueles que encontrasse dentro da terra de Álvaro desocupasse. E, assim foi feito, alguns que estavam dentro da área do Senhor Álvaro já desocuparam.
Alegam as pessoas que a parte que atualmente estão morando ou com seus barracos armados não estar dentro dos limites de terras do Senhor Álvaro e que  apesar da área está cercada pode o Senhor Álvaro ter agido como o Senhor Reginaldo. Dizem os ocupantes que não derrubaram muro, não quebraram colunas em cimento e que  a Chácara Karoline está abandonada  já por mais de cinco  anos.  Afirmam também  que não destruíram plantações e que o matagal é terra de caatinga e a vegetação era de mais ou menos 2,5 metros de altura, conhecida como junquira.
A madeira para construção das moradias improvisadas  vieram  das terras de São Miguel, Flecheira, Mato Grosso,  Fonte grande e Pedra preta, Igaraçu, Itaipu, Pirangi Reforma e Paissandu.  Os vendedores da madeira e da palha babaçu cobram a importância de R$ 300,00 cada casebre e o nome dos vendedores os conhecem por: Alcina, Ana Luiza, Carlinhos, Berto, Raimunda Viajeiro Cambél, Tadir, Falcão, Daniel, Edson e Chinesinho.  Daí comprovam que o próprio Álvaro  sequer tem conhecimento de suas alegações contidas na peça, levando-nos a crer que nunca tenha ido na área reclamada.  Quando se diz que a madeira veio de São Miguel e demais povoados se necessário podemos comprovar.  
Alegam também os  ocupantes que o matagal estava servindo de esconderijo para marginal e desmonte de bicicleta. Que todos os empreendimentos de propriedade do Senhor Álvaro encontrar-se fechado.  A Clínica Roseana Sarney fica na Rua Benedito Leite está fechada por vários anos. A Escola de Música está fechada. O Complexo Esportivo está abandonado.  A Rádio está funcionando em um prédio em Ruína fica também na Rua Benedito Leite. Os utilitários  estão quebrados e abandonados.
 Os ocupantes da área que  alega  o Senhor Álvaro ser sua propriedade sugere que  deve ele ou esse juízo  solicitar um fiscal da Prefeitura para medir a área comparando com metragem comprobatória em documento e feito busca nos livros da prefeitura. E, mesmo que fique comprovada a cessão de uso  da terra para o Senhor Álvaro  e, por  o imóvel está improdutivo deve a prefeitura utilizar-se  das prerrogativas legais  para utilizá-las  em benefício de uma comunidade vulnerável desprovidas dos mínimos sócias de sobrevivência.
Por fim, anexamos documentos comprobatórios do que ora estamos alegando nesta peça para que possa ser utilizado se o advogado  que vai fazer a nossa defesa considerar necessário.
Atualmente morando na área reclamada Chácara Karoline encontram-se 70 famílias e com barracos armadas e lotes marcados  mais 330  pretensos moradores. Na Vila São José ao todo ou  anexo terra de domínio do município são 280 ainda sem o título somados  50 pessoas moradoras antigas que  já possuem títulos doados pela Prefeitura Municipal de Rosário. A empresa que vai construir as casa é de propriedade de Rosendo Lima cunhado de Washington.

Rosário-MA, 26 de maio de 2014.
 
Reinaldo Cantanhêde Lima
Sistematizador das informações




terça-feira, 27 de maio de 2014

A GRATIDÃO PELA VIDA TORNA-SE LUZ PARA A CAMINHADA

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Com miseravelmente pouco, muitos são extraordinariamente felizes.
E de fato, com simplicidade material, mas com prosperidade de entendimento, torna-se, indubitável, uma alma mais satisfeita e posteriormente um espírito mais venturoso.
Quanto bem-estar resplandece onde há pessoas amorosas, otimistas e que buscam a luz da compreensão, pois essas dificilmente ficarão alojadas no mesmo ancoradouro por um período maior de tempo, elas, assim, com naturalidade, conquistam estados mais felizes e patamares também mais elevados.
Foi como a passagem de um homem na África. Ele se denominava trabalhador das nascentes da vida; o seu trabalho consistia em ligar canos simples, de plástico, das nascentes de água e direcionar esse bálsamo a povoados que dificilmente tinham acesso a essa fonte.
O pagamento pelo trabalho era irrisório, mas a alegria e o sorriso estampados na face eram as características vistas naquele homem simples que se importava com os irmãos da jornada contemporânea. Ainda a cada ligação que construía e entregava ao novo povoado, no ato da cessão, ministrava, com humildade, sobre a real importância de preservar e manter a fonte de água fresca e vital. Ensinava-o a cuidar da nascente e o orientava a protegê-la da melhor maneira. O ensinamento ainda era mais objetivado às crianças, pois são a grandeza da continuação de tudo.
Todos se encontram onde serão proveitosos, aprendizes ou professores.
Um homem simples, em sua singeleza, em muitos casos, é a roupagem de um espírito com eminentes características amparadoras, mesmo assim, também a aprender e a reparar, como era o caso do senhor africano das nascentes.
No entanto, em meio a tão gigantescas vicissitudes, ele era feliz, seu olhar sorria juntamente com seus lábios de meia idade. O brilho dos olhos eram feixes seguros de luz.
Quando se reconhece o valor da vida, razão de tudo, por meio do respeito, paciência e amor, as mais simples coisas tornam-se fatores primordiais para a conquista das aparentemente maiores que, na verdade, são apenas as singelas que se desenvolveram.
Contentar-se hoje é criar forças para o passo de amanhã, pois se sabe quão mais produtivo, edificante e benéfico é o coração que se mantém feliz.
Entretanto, debilitar-se pelos fatores infelizes criados pelo próprio ser é, sem dúvida, permanecer no mesmo lugar com os olhos voltados para o chão, sem forças, sem esperança. A vida é luz, é estrada maravilhosa, a atenção deve haver para o caminho que se busca e a maneira que se anda.
E muitas nascentes puras ainda existem e são direcionadas aos que desejam libertar-se da ignorância e da autopiedade.
Como os campos floridos, o sorriso de criança, um abraço em quem se ama, a primeira onda que molha os pés, a água fresca que mata a sede; a vida é também isso, a vida é tudo e é presente e deve ser recebida e aberta, delicadamente, com o alegre sentimento de gratidão por, mais uma vez, brilhar a luz e trazer a oportunidade para o progresso da centelha que também é divina, mas necessita desenvolver-se para o aprimoramento, e isso concretizado com alegria tanto mais fácil será para o próprio coração, com evidência para todo o bem do plano coletivo.
Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/

MÁGOAS DE CABOCLO

Leonel Azevedo e J. Cascata
Cabocla, seu olhar está me dizendo
Que você está me querendo,
Que você gosta de mim...
Cabocla, não lhe dou meu coração,
Hoje você me quer muito,
Amanhã não quer mais não.
Não creio mais em amor nem amizade,
Vivo só para a saudade
Que o passado me deixou,
A vida para mim não vale nada
Desde o dia em que a malvada
O coração me estraçalhou.
Às vezes pela estrada enluarada
Lembro-me de uma toada
Que ela para mim cantava,
Quando eu era feliz e não pensava
Que a desgraça em minha porta
Passo a passo me rondava.
Depois que ela partiu eu fiquei triste,
Nada mais pra mim existe,
Fiquei no mundo a penar...
E quando eu penso nela,
Oh! grande Deus!
Eu sinto dos olhos meus
Triste lágrima rolar...


Você pode ouvir a canção na voz de um dos cantores abaixo, clicando nos respectivos links:

segunda-feira, 26 de maio de 2014

AS MOSCAS E AS MOÇAS

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Caro leitor, há milhares de anos, o ser humano vem sendo assassinado por nefastos animais. Perguntará você se essas feras seriam os leões, os jacarés, a cobra cascavel, a sucuri, os enormes elefantes ou os tubarões. Ante nossa resposta negativa, imaginará ferozes cães (Nenhuma intenção de rimar com tubarões, é claro.). E eu lhe responderei: “Não, não e não”.
Para tirá-lo do suspense, meu caro, dir-lhe-ei que as feras assassinas são de tal modo subestimadas por nós que as chamamos de insetos, mais precisamente, mosquitos da dengue, da malária, da febre amarela... Não há piquenique que não seja atrapalhado por eles. Também, por analogia, denominamos assim as pessoas desprezíveis, insignificantes, como este mísero escrivão que lhe tenta transmitir minhas luminosas ideias, com pífio sucesso.
Pois bem, tentando controlar a proliferação de insetos, inventamos o DDT, cujos efeitos colaterais têm sido devastadores para a natureza e para a saúde humana. Na busca de uma alternativa ao combate da multiplicação das moscas, cientistas analisaram, no laboratório da Universidade Rockefeller, os processos sensoriais por meio dos quais os mosquitos escolhem suas vítimas.
Agora vem a parte científica da coisa (Que coisa!): para estudar o modo de pousar, picar e alimentar desses insetos, os pesquisadores enfiam o braço na toca dos mosquitos e se deixam picar. As picaduras vão depender de dois quesitos: genética do mosquito e característica da pele do cientista.
A new chapter in our life. Tão logo descubram o que leva os mosquitos a nos picar ou deixar em paz, as soluções irão de pulseiras repelentes a armadilhas para reduzir drasticamente as populações desses insetos. Quando isso acontecer, muita coceira e muitas mortes serão evitadas. Ainda bem que as cobaias têm como se prevenir desses efeitos colaterais, não é mesmo, leitora paciente?
Curiosamente, os machos não são hematófagos; só as fêmeas se alimentam do nosso sangue. Os machos são hematófobos. Na civilização atual, a inversão de gostos sexuais tem sido uma verdadeira epidemia. Será por que o número de picados pelas moscas tem provocado uma mutação genética entre os humanos? Não sei, nem quero saber. Afasta-te de mim, satanás.
É por isso que nosso orgulho é perda de tempo. Um simples inseto mata mais gente no mundo do que todos os grandes animais reunidos. Com todo o respeito aos cientistas que se expõem às picadas, eu é que não dou meu braço à picadura de mosca alguma. Prefiro picar as moças.




0 comentários

sábado, 24 de maio de 2014

" O ESTUDO DO EVANGALHO FAVORECE- NOS A PRÁTICA DO AMOR""

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 
 
Márcio Roberto Silva Corrêa: 
Estudioso do Evangelho e de Jesus, o conhecido palestrante fala sobre a importância do Evangelho em nossa vida e diz como devemos estudá-lo de uma forma mais proveitosa
Márcio Roberto Silva Corrêa (foto), engenheiro civil e professor associado da Universidade de São Paulo, é espírita desde 1971. Natural de Juiz de Fora-MG, reside em São Carlos, no interior paulista. Vinculado ao Núcleo Kardecista Paz Amor e Fraternidade, na cidade onde reside, exerce na instituição o cargo de vice-presidente e é também
palestrante espírita. Estudioso do Evangelho e de Jesus, Márcio concedeu-nos a entrevista abaixo, em que fala sobre os 150 anos de O Evangelho segundo o Espiritismo. 

De onde lhe veio o gosto pelo estudo dos ensinos de Jesus?
Veio da minha infância, quando tive a oportunidade de estudar em colégio em que havia aulas de religião e as professoras liam trechos do Evangelho e pediam para que os alunos fizessem resumos e interpretações do que foi lido. Na pré-adolescência, após desencarne de minha avó materna, um tio, que é espírita, nos presenteou com exemplar de “O Evangelho segundo o Espiritismo" e uma assinatura da revista "Reformador" da FEB.  Isso trouxe-me uma grande motivação, pela possibilidade do entendimento facilitado pelo Espiritismo. 
O que mais lhe chama atenção nos Evangelhos?
A profunda coerência entre os ensinos e os atos de Jesus. Não há outro ser humano que tenha mantido tamanha consistência entre discurso e prática. 
Considerando os 150 anos de O Evangelho segundo o Espiritismo, como estudá-lo de forma mais proveitosa? 
Entendo que a forma mais proveitosa é com profunda concentração e com o coração aberto. Lembrando-nos da Parábola do Semeador, devemos deixar que o coração seja terra fértil para a germinação das sementes lançadas por Jesus. E, também, recordar que ele é não só o semeador, mas o grande cultivador dos nossos corações. 
Pensando nas parábolas e ensinos de Jesus, que Kardec utilizou para compor a obra, como estudioso do Evangelho, o que você destacaria para o leitor como autêntico roteiro de vida nos desafios do cotidiano?
O Sermão da Montanha, que constitui a grande síntese do Cristianismo. Ele constitui boa parte daquilo que Kardec escolheu para estudar em sua obra. Mahatma Gandhi, Espírito iluminado, conforme registro de Emmanuel no livro "A Caminho da Luz", certa vez disse que se a humanidade perdesse todos os livros religiosos, mas preservasse o Sermão da Montanha, ela teria tudo o de que necessita. 
Que dicas você daria a quem deseja aprofundar-se nos textos da obra, de forma que eles - em seus 28 capítulos - se transformem efetivamente na luz que clareia os caminhos humanos diante dos gradativos e crescentes desafios do progresso?
Estudar e experimentar no dia a dia os benefícios de sua aplicação. No processo de estudo, é muito produtiva a utilização de obras complementares de interpretação, como, por exemplo, os livros de Emmanuel. Desse querido autor, merecem destaque livros como os da série Fonte Viva, que abrem o nosso entendimento e apontam para as aplicações práticas. 
Pensando nas três obras clássicas de Cairbar Schutel - Parábolas e Ensinos de Jesus, Vida e Atos dos Apóstolos e O Espírito do Cristianismo - que motivação podemos levar ao leitor para conhecer essas notáveis obras, dada sua relação direta com os ensinos de Jesus?
São livros memoráveis, indispensáveis ao estudioso do Evangelho. As interpretações trazidas por Cairbar são verdadeiras pérolas. Cito aqui uma delas, apenas para aguçar a vontade do leitor: "... a Parábola do Bom Samaritano refere-se verdadeiramente a Jesus; o viajante ferido é a Humanidade saqueada de seus bens espirituais e de sua liberdade, pelos poderosos do mundo..." 
De que forma aproximar mais o Evangelho de Jesus do coração angustiado do ser humano da atualidade?
Mostrando que o Evangelho é um roteiro seguro para a redução da distância que nos separa da felicidade. No capítulo VI de “O Evangelho segundo o Espiritismo", O Espírito Verdade aconselha-nos:  "Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo". O estudo do Evangelho favorece-nos a prática do amor, que por sua vez incentiva-nos a estudar mais os ensinos de Jesus. É um círculo virtuoso, cujos benefícios são rapidamente observados pelo estudioso atento. 
Algo mais que gostaria de acrescentar de sua vivência pessoal como espírita e estudioso do Evangelho?
A minha sincera gratidão a Jesus pela sua obra de amor e a imensa caridade pelo envio do Consolador, que já estava prometido havia dois mil anos.  
Suas palavras finais.
Gostaria de finalizar relembrando Emmanuel: "Jesus e Kardec estão perfeitamente conjugados pela Sabedoria Divina. Jesus, a porta. Kardec, a chave”. 
Fonte: O Consolador é uma Revista Semanal de Divulgação Espírita