sábado, 31 de março de 2012

O voo artístico


"(...) Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória (...). O solo do mundo espiritual estruturado com semelhantes recursos, todos eles raiando na quintessência, corresponde ao peso específico do Espírito, e, detendo possibilidades e riquezas virtuais, espera por ele a fim de povoar-se de glória e beleza (...). A consciência, aprendendo a realizar complexas transubstanciações de força nas diversas linhas da Natureza, em se adaptando aos continentes da esfera extrafísica, passa a manobrar com os fenômenos de mentação e reflexão, de que o pensamento é a base fundamental. (...) Pela troca dos pensamentos de cultura e beleza, em dinâmica expansão, os grandes princípios da Religião e da Ciência, da Virtude e da Educação, da Indústria e da Arte descem das Esferas Sublimes e impressionam a mente do homem, traçando-lhe profunda renovação ao corpo espiritual, a refletir-se no veículo físico que, gradativamente, se acomoda a novos hábitos." ("Evolução em Dois Mundos", André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, cap. XIII, FEB.)
Transcrevo o excerto acima com o intuito de fundamentar e ilustrar devidamente, com os relatos inatacáveis do Espírito André Luiz, o assunto que pretendo abordar, a partir de reflexões sobre o lamentável acontecido nos últimos dias com os atores Thiago Fragoso e Daniele Winitz, ao se acidentarem durante a cena de voo de grande beleza na sua apresentação do musical Xanadu.
Alguém, durante a semana, comentou que a plateia adora assistir a cenas de voo. E recordaremos com facilidade que se trata de uma tendência mundial, já que ouvimos sempre sobre apresentações teatrais e musicais noutros países lançando mão deste recurso de grande inspiração – e, infelizmente, também, sobre casos de acidentes semelhantes.
Isto me remeteu com espontaneidade à constatação obtida em variadas experiências anteriores e projetivas do Espírito, quando de visitas às localidades etéreas e luminescentes do espaço, que nos permitiram presenciar e constatar, com grande enlevo e surpresa, que o recurso do voo em shows e musicais, no nosso plano de vida, certamente encontra a sua inspiração primeira nas realidades interdimensionais, já que, nestas instâncias mais avançadas, onde contamos com o recurso sublime da volição espiritual para deslocamento mediante o uso puro e simples da vontade, de há muito as plateias se deleitam, maravilhadas, com tais gêneros e recursos mais avançados de entretenimento, que aos poucos, e somente de tempos a esta parte, começam a se materializar nos nossos cenários artísticos.
Já as obras respeitáveis de André Luiz nos asseguram que o plano material terreno nada mais é que reprodução mais lenta, mais grosseira, e em vários quesitos mais imperfeita, de tudo o que viceja e floresce em outras instâncias invisíveis aos sentidos humanos ordinários, onde estagiamos durante algum tempo após cada desencarnação, para depois retornarmos, certamente mais enriquecidos intimamente, visando oferecer ao orbe físico a nossa contribuição para as melhorias paulatinas, em várias frentes.
Naturalmente, portanto, que, e a exemplo da própria Nosso Lar, onde as expressões da Arte se acham em estágio mais avançado, e onde falanges inteiras de seres dedicados por vocação à nobre profissão artística colaboram, incansavelmente, para a manutenção do trabalho criativo, muitos outros locais cheios de vida no infinito acima e em torno de nós também prosseguem na realização de espetáculos e de trabalhos artísticos esmerados, para o constante engrandecimento do espírito humano.
Assim que incontáveis seres voltam à crosta terrestre comprometidos com a transmissão desta mensagem especial, destinada a atingir os seres na sua sensibilidade e despertá-los para as suas realidades maiores, propiciando cura genuína dos males das almas, e enaltecendo a harmonia, a estética e o belo, em todas as suas possíveis manifestações, sejam elas através da música, do cinema, da literatura, da pintura e das múltiplas demais vertentes artísticas, como constatamos com facilidade em inumeráveis produções mais ou menos recentes. Tomemos para exemplo as músicas clássicas atemporais, as atuais composições new age e da música universal, filmes extraordinários com temática transcendente como Além da Vida, Avatar, Amor além da Vida, e Ghost, dentre tantos outros, e, no nosso país, as produções para o cinema Nosso Lar, O Filme dos Espíritos e Chico Xavier, e novelas de enredo envolvente e esclarecedor como A Viagem e Escrito nas Estrelas.
Todavia, conta-se, na materialidade, com determinadas limitações rudes de recursos a serem contornadas com inteligência e sensibilidade, e devidamente melhoradas e solucionadas, pois que, certamente, tendo mantido contato estreito outrora com tal gênero de inovações criativas nas dimensões etéreas do espaço infinito, anseiam, estes excelentes trabalhadores da criação, ardentemente, por manifestá-las por aqui, para a encantadora renovação das expressões artísticas terrenas. 
Assim, para tanto, não medem esforços para realizar, durante a apresentação de um musical ou peça teatral, a magnífica produção do voo artístico diante das plateias encantadas, justamente porque tais imagens evocam-lhes às sensações nostálgicas dos Espíritos as recordações fugazes dos tempos de plenitude espiritual, durante a qual, em lugares vários da existência, talvez que inimagináveis pela maior parte dos reencarnados, assistiam a tais imagens idílicas, sem a necessidade de amarras de sustentação ou de outros recursos grosseiros, mas produzidas pela volição leve, graciosa, natural e inerente à nossa condição de libertação da matéria, em palcos magníficos, e ao som de músicas celestiais de indescritível entonação, emoldurando enredos mágicos nos cenários cheios de luz e de cor de um Universo abundante de Vida! 
Fonte:
O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita
 

 





sexta-feira, 30 de março de 2012

ACABOU-SE O JUDICIÁRIO?? VAMOS SALVAR O BRASIL ENQUANTO É TEMPO Entrada X

Assunto: ACABOU-SE O JUDICIÁRIO?? VAMOS SALVAR O BRASIL ENQUANTO É TEMPO
O Judiciário não acabou, mas está a beira de um desabamento. O Supremo Tribunal Federal possui 12 Ministros e 2.822 funcionários (cerca de 260 para cada Ministro) e  435 seguranças (idem 36 para cada), segundo revela no artigo abaixo o professor Marco Antônio Villa, da Universidade Federal de São Carlos. Convenhamos que isso seja dose pra leão. Penso que nem no Iraque existe tanta segurança para um magistrado. Claro que em Brasília, sabemos, existem terroristas que sempre ameaçam a segurança dos cofres públicos, mas nunca soube da existência de ameaças a vida de algum magistrado. Um viva, portanto, a Ministra Eliana Calmon. Foi ela quem, com sua garra e coragem, possibilitou que isso e outros absurdos viessem a público. Óbvio de que já estávamos cientes de que nossos políticos são os mais corruptos do mundo, mas o nosso Judiciário, com essas extravagâncias, realmente, deve ser surpresa para todos. Confesso que, desde que o Supremo, sob o comando do indefectível Jobim, conseguiu derrubar a cláusula pétrea que protegia o direito adquirido dos aposentados, tinha alguma desconfiança, mas nesse nível jamais. Parece, porém, que o PT está obtendo êxito na sua nefanda tarefa de desmoralização das instituições brasileiras. Os Ministros nomeados pelo apedeuta, aliados a alguns sobreviventes de nefastas indicações anteriores, estão deteriorando nossa colenda Corte. Vamos fazer pela internet uma corrente de apoio a essa valente mulher que querem derrubar do CNJ, é minha proposta de hoje. Se você, realmente, se interessa pelo futuro do Brasil, leia toda matéria abaixo. Estou com Eliana Calmon e não abro. Abrs.
Fonte : Correte de apoio encaminhada por meio de internet

quinta-feira, 29 de março de 2012

Família Lobão é campeã de faltas no Congresso

Destaques

Família Lobão é campeã de faltas no Congresso

A mulher e o filho do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, foram os parlamentares que mais estiveram ausentes das sessões de 2011. Mesmo tendo comparecido a apenas 20 dos 121 dias de votação, a deputada Nice recebeu R$ 470 mil Leia mais

Família que prospera unida

Advogado e jornalista, Edison Lobão é dono de um sistema de comunicação que tem três TVs e várias emissoras de rádio Leia mais

O patrimônio declarado da família Lobão

Veja quanto e o que o senador licenciado, seu suplente e sua esposa declararam possuir, em 2010, à Justiça eleitoral Leia mais
 

O peso político do sobrenome

Caso da família Lobão mostra que poderio econômico e político são mais determinantes para uma eleição do que o desempenho parlamentar, diz cientista política da UFMA Leia mais




quarta-feira, 28 de março de 2012

Enc: BISPO SE MANIFESTA: O NÍVEL DA TV NO BRASIL.


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Por Dom Henrique Soares, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracajú-SE
A situação é extremamente preocupante: no Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação.
 
Sem nenhum controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos (aqueles que se podem assistir gratuitamente) fazem a cabeça dos brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram pela frente: a sacralidade da família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião, o temor amoroso para com Deus.
 
Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo!
Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal…
 
A vida é sucesso, é romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que cada um faz e constrói como bem quer e entende!
Na telinha tem a Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho…
Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê…
Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória…
Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família…
 
Na telinha tem o show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama…
 
Enquanto na realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, temos adolescentes grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a injustiça social…
 
E a telinha destruindo valores e criando ilusão…
E quando se questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas:
(1) assiste quem quer e quem gosta,
(2) a programação é espelho da vida real,
(3) controlar e informação é antidemocrático e ditatorial…
 
Assim, com tais desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…
 
Um triste e último exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…).
Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa: “Meus heróis! Meus guerreiros!” – Pobre Brasil!
Que tipo de heróis, que guerreiros!
 
E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!
 
Como o programa é feito por pessoas reais, como são na vida, é ainda mais triste e preocupante, porque se pode ver o nível humano tão baixo a que chegamos!
 
Uma semana de convivência e a orgia corria solta…
Os palavrões são abundantes, o prato nosso de cada dia…
A grande preocupação de todos – assunto de debates, colóquios e até crises – é a forma física e, pra completar a chanchada, esse pessoal, tranqüilamente dá-se as mãos para invocar Jesus…
 
Um jesusinho bem tolinho, invertebrado e inofensivo, que não exige nada, não tem nenhuma influência no comportamento público e privado das pessoas…
 
Um jesusinho de encomenda, a gosto do freguês… que não tem nada a ver com o Jesus vivo e verdadeiro do Evangelho, que é todo carinho, misericórdia e compaixão, mas odeia o fingimento, a hipocrisia, a vulgaridade e a falta de compromisso com ele na vida e exige de nós conversão contínua!
 
Um jesusinho tão bonzinho quanto falsificado…
Quanta gente deve ter ficado emocionada com os “heróis” do Pedro Bial cantando “Jesus Cristo, eu estou aqui!”
 
Até quando a televisão vai assim?
Até quando os brasileiros ficaremos calados?
Pior ainda: até quando os pais deixarão correr solta a programação televisiva em suas casas sem conversarem sobre o problema com seus filhos e sem exercerem uma sábia e equilibrada censura?
 
Isso mesmo: censura!
Os pais devem ter a responsabilidade de saber a que programas de TV seus filhos assistem, que sites da internet seus filhos visitam e, assim, orientar, conversar, analisar com eles o conteúdo de toda essa parafernália de comunicação e, se preciso, censurar este ou aquele programa.
 
Censura com amor, censura com explicação dos motivos, não é mal; é bem!
Ninguém é feliz na vida fazendo tudo que quer, ninguém amadurece se não conhece limites; ninguém é verdadeiramente humano se não edifica a vida sobre valores sólidos…
E ninguém terá valores sólidos se não aprende desde cedo a escolher, selecionar, buscar o que é belo e bom, evitando o que polui o coração, mancha a consciência e deturpa a razão!
 
Aqui não se trata de ser moralista, mas de chamar atenção para uma realidade muito grave que tem provocado danos seríssimos na sociedade.
 
Quem dera que de um modo ou de outro, estas linha de editorial servissem para fazer pensar e discutir e modificar o comportamento e as atitudes de algumas pessoas diante dos meios de comunicação.
Fonte :  Encaminharam-me por meio de email.

terça-feira, 27 de março de 2012

O NORMAL É SEMPRE LÍCITO E MORAL?

Dr. André Gonçalves Fernandes


André Gonçalves Fernandes
O que é freqüente é normal? E o que é normal é necessariamente lícito? Eis uma das inúmeras questões da moralidade coletiva deste século. A moral é um assunto de foro particular e, portanto, relacionada ao indivíduo.
O homem, contudo, vive em sociedade e, indissoluvelmente, tem uma vida individual encadeada com a vida coletiva, e, por consequência, a vida moral está condicionada (e não determinada) naturalmente pela situação social em que se vive, pelo conjunto de usos e costumes, de regras e pressões sociais.

Diante da natureza pessoal da moral, o fator categórico é a liberdade: o homem é dotado de responsabilidade, o homem realiza sua vida, mas, evidentemente, na medida em que as circunstâncias o consentem. Todavia, o projeto é próprio. Cada qual vislumbra seus projetos de vida e tenta realizá-los, mas sob o influxo das inumeráveis circunstâncias sociais.

A liberdade, sempre fundamental e decisiva, faz também com que o homem seja responsável por seus atos: eu sou responsável, não pelo conteúdo último da minha vida nem por aquilo que me afeta do exterior, mas sim por aquilo que escolho, prefiro e decido dentro das possibilidades. Eu sou eu mais minhas circunstâncias.

O homem atual é afetado por uma série de interpretações da realidade que, muitas vezes, têm uma conotação moral. Surgem modos de vida e de família, de relacionamento humano e de ética política, que são, sob certo ângulo de vista, juízos valorativos, favoráveis ou desfavoráveis conforme o caso concreto e, não raro, apresentam-se como normais só porque são frequentes.

Penso que esta identificação emerge com algum perigo: considerar o frequente como normal, o normal como lícito e o lícito legalmente como se fosse moral. A conclusão nem sempre é válida. Pode haver situações frequentes que não são normais. Pode haver conjunturas normais, mas que, apesar disso, nem por isso são lícitas. Pode haver coisas lícitas legalmente, porém que não o são moralmente.
Lembre-se que a palavra “moral” deriva do substantivo latino “moris”, que significa costume. Ou seja, os costumes têm um caráter moral, vivem-se como algo que tem condição moral e, evidentemente, a moral é afetada pelos costumes. Desde pequeno, sempre se ouve falar de “bons costumes” ou “maus costumes”, diante dos quais o homem, saliente-se, é sempre livre.

Em última análise, o homem pode acatar as infinitas vigências sociais ou resistir a elas, mas deve submetê-las ao ponderável. A vigência é algo dotado de força e, logo, devo sopesá-la, precisamente porque exerce pressão. No entanto, no final das contas, sempre posso recusar ou aceitar, com veemência ou mesmo frouxamente. Não se trata de tarefa fácil e, na prática, a vida coletiva fica influenciada por este sistema de pressões.

Quando se age de acordo com os bons costumes, eles criam, em suma, hábitos. Em razão disso, não se circunscrevem a fazer bons cidadãos do ponto de vista da conduta externa, o que se dá por intermédio das leis. Também influenciam a moralidade do homem, ao contribuir para formar virtudes.

No terreno da moral, sendo a vida social uma realidade moral, a boa ação só é alcançada pelo hábito das potências humanas especificamente pessoais: prudência, em relação à razão prática, e justiça, fortaleza e temperança, por parte da vontade. O homem não tem outro modo de agir neste campo.

Como a maioria das virtudes não são inatas, mas adquiridas pela repetição de atos, as leis, compelindo a agir segundo uma virtude, acabam conseguindo que quem as obedece alcance as virtudes correspondentes. O motorista que cumpre o Código de Trânsito assume, com o tempo, o hábito de dirigir prudentemente, respeitando a si e aos outros condutores e pedestres.Eis um importante aspecto das relações entre o lícito legalmente e a moral.

As leis não são indiferentes no que toca à formação e ao comportamento morais do homem. Pelo contrário, influem neles intensamente, contribuindo, de modo notável, para dotar com maior vigor os bons costumes.

Separar em categorias estanques o normal, o lícito e o moral, como se fossem mundos isolados e sem relação mútua, supõe uma concepção adulterada da realidade. Hoje, é propagada pelos defensores dessa utopia que chamam de Estado moralmente neutro, assunto já abordado em outros artigos.

As condutas frequentes, tidas como normais, quando em desacordo objetivamente com o lícito legal ou até mesmo a moral, afetam a ordem humana de maneira danosa, pois maculam o efeito proporcionado pelas ações praticadas segundo aqueles ditames.

Na ordem humana, o homem tende a agir segundo as virtudes ou os correspondentes vícios. Por isso, o normal, o lícito e o moral caminham sempre de mãos dadas. Pretender uma postura dissonante é cair no mais puro irrealismo. Não existe alternativa. Como canta Bono Vox, vocalista da minha banda predileta, na faixa que dá o nome ao seu recente álbum, “no, no line on the horizon, no, no line”.


Cabeça em dúvida: normal é moral?



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André Gonçalves Fernandes, nascido em 1974, é Juiz de Direito da 2ª Vara Cível e de Família da Comarca de Sumaré/SP. Graduado, no ensino fundamental e médio, pelo Colégio Visconde de Porto Seguro em 1991. Bacharel e Mestre em Direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco em 1996 e 1999. Atua como magistrado desde 1997. Articulista do Correio Popular de Campinas e da Escola Paulista da Magistratura desde 2002. É membro da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Campinas/SP desde 2008 e professor do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS) desde 2011. Mestrando em Filosofia e História da Educação pela Universidade de Campinas desde 2012. Fala inglês, francês, italiano e alemão. Casado e pai de 4 filhos. É torcedor do São Paulo Futebol Clube.
Publicado no Portal da Família em 24/02/2012
 
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segunda-feira, 26 de março de 2012

Por que cremos que Deus existe?

 Editorial
Uma questão tratada há pouco nesta revista diz respeito aos fundamentos de nossa crença  – a crença espírita –  na existência de Deus. O tema foi proposto por um leitor.

O Espiritismo apresenta-nos argumentos importantes e consistentes no tocante à crença na existência de Deus, a qual é, como se sabe, o primeiro dos chamados princípios fundamentais da doutrina espírita. 
 
Constitui princípio elementar que é pelos efeitos que se pode ajuizar de uma causa, mesmo quando essa causa nos esteja oculta. Se, assim que alça voo, uma ave é atingida por uma bala de revólver, torna-se evidente que um atirador a alvejou, conquanto o atirador não seja visto por ninguém. Deduz-se, pois, que nem sempre se torna necessário que vejamos uma coisa para sabermos que ela existe, porque em grande número de situações é na observação dos efeitos que se chega ao conhecimento das causas. 
 
Outro princípio igualmente elementar e que já passou à condição de axioma é o de que todo efeito inteligente decorre de uma causa inteligente.
Se perguntarmos o nome do autor de uma tela primorosa, que é que pensaríamos se alguém nos dissesse:  “Não há pintor nenhum; a pintura se fez por si mesma”?

Em toda a parte é possível reconhecer a presença do homem por suas obras. A existência dos homens antediluvianos não se prova unicamente por meio dos fósseis que foram encontrados. Ela é provada também, e com muita certeza, pela presença, nos terrenos daquela época, de objetos feitos por aqueles indivíduos. Um fragmento de vaso, uma pedra talhada, um instrumento qualquer bastam para atestar sua presença. Ademais, pela perfeição ou grosseria do objeto, reconhece-se o grau de inteligência ou de adiantamento das pessoas que o produziram. 
 
Se estivermos em uma ilha habitada exclusivamente por selvagens e descobrirmos ali uma estátua de linhas perfeitas, todos admitirão que, sendo os selvagens incapazes de tê-la feito, a estátua foi feita por alguém de inteligência superior à deles.
 
Com referência a Deus, basta que olhemos em torno de nós, seja para o alto, seja para baixo, e veremos a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem às obras que não foram feitas pelos homens, não existindo nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana, quer examinemos os astros que rolam pelo espaço, quer nos detenhamos nos microorganismos que vivem dentro de nosso organismo. 
 
Alguns dados bem conhecidos dão-nos uma ideia da grandeza e da perfeição das referidas obras.

O movimento de rotação da Terra é o que nosso planeta faz ao girar em torno de seu próprio eixo, no sentido contrário ao dos ponteiros de relógio. A rotação completa da Terra dura exatamente 23 horas 56 minutos 4 segundos e 9 centésimos, numa velocidade de rotação que é, na linha do equador, de 1.674 km/h. Nosso planeta cumpre também, como se sabe, outro movimento – o de translação em torno do Sol – numa velocidade orbital de 106.798 km/h.

Um revólver 38 lança balas a 650 km/h. Comparemos esta velocidade com os dois movimentos mais conhecidos de nosso planeta, e teremos uma noção exata do poder criador, que está infinitamente acima da capacidade dos homens mais sábios, sendo, pois, produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos que se acredite que possam existir efeitos sem causa.

Fonte:
O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita
 
 





sábado, 24 de março de 2012

COISAS DA VIDA!

Conheci uma senhora em oportunidade em que apresentávamos um seminário com o tema: A Arte de Educar Filhos, escritos de Gottman e Içami Tiba. O evento foi realizado em 30 de julho de 2004,  o público participante foi  profissionais da educação. A partir daquela data passamos a nos cumprimentar em encontros ocasionais, Tempos se passaram percebi o olhar da senhora demonstrava ter alguma coisa para comunicar-me ou perguntar-me. 

Dia desses, nos encontramos na fila do caixa de um supermercado. Disse-me a senhora de estar querendo levar um papo comigo. Perguntei, pode ser agora?  A professora responde-me ser reservado. Saímos do supermercado juntos e conversando, ela solicitou-me ajuda para encontrar uma ou um profissional  especializado em conflitos familiares generalizados.

Eu forneci à senhora números de telefones de duas profissionais da psicologia. Passaram-se alguns meses, nos encontramos no Banco do Brasil da cidade de Rosário MA. Ela cumprimentou-me e agradeceu-me e em seguida disse: “Seu Reinaldo só agora foi passível entender o que o senhor pretende fazer em Rosário”. Informou-me de estar na terceira seção de psicologia e além do aprendizado estar se sentindo bem. Ela perguntou-me a que ponto está o seu projeto sobre a Educação familiar?

Iniciei dizendo que nem Jesus  foi ouvido em épocas de crise. Imagine,  acreditar em mim. Eu encaminhei a proposta sistematizada para a governadora  do Estado do Maranhão e para a presidenta do Brasil.  Eu tenho dúvidas se sequer leram, as pessoas não gostam de ler, não gostam de ouvir e nem de fazer. Esperam que os outros o façam. 

Sobre a implantação do  CAPS, a Secretaria de Estado da Saúde tem interesse em implantar um CAPS  REGIONAL EM ROSÁRIO, para atender a demanda reprimida existente nos municípios circunvizinhos. Estamos aguardando a realização de um Seminário sobre Saúde Mental, como primeiro  passo. De vez em quando, eu telefono para o departamento. Vejo como empecilho, os munícipes, são eles que não querem que seja implantada essas políticas, digo assim em razão de não  se disporem sequer, em assinar um abaixo assinado. Eu só lamento!!!

Fiquei sabendo da realização de uma Audiência Pública e, que tais assuntos foram tratados, digo, assuntos relacionados sobre a  necessidade da prevenção e o tratamento de usuários de drogas. Sobre encaminhamentos eu desconheço qualquer quer seja iniciativa por parte dos que recebem dinheiro para fazer e não fazem! 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Os incríveis números do aborto no Brasil

Lenise Garcia
Que os números relacionados ao aborto no Brasil costumam ser “inflacionados” pelos defensores da sua descriminalização, é algo sabido. Mesmo assim, causou-me surpresa o artigo publicado dia 17/02/2012 no site do Estadão, do qual trago aqui alguns trechos (“ONU critica legislação brasileira e cobra país por mortes em abortos de risco"):
"Entidade destacou o fato de 200 mil mulheres morrerem em cirurgias clandestinas anualmente.
O governo de Dilma Rousseff foi colocado nesta sexta-feira, 17, contra a parede pelos peritos da ONU, que acusam o Executivo de falta de ação sobre a morte de 200 mil mulheres por ano por conta de abortos inseguros e pedem que o País supere suas diferenças políticas e de opinião para salvar essas vítimas.”
Um pouco adiante, diz o mesmo artigo:
“A ministra admitiu que o aborto estava entre as cinco principais causas de mortes de mulheres no Brasil”
Pergunto-me onde os peritos da ONU e a própria ministra obtiveram seus dados. E, se a ministra sabe que o aborto está “entre as cinco principais causas”, se deu-se ao trabalho de verificar os números. Vamos a eles, todos obtidos nas páginas do próprio governo, concretamente o DataSUS.

O último ano a ter os seus números totalmente consolidados é o de 2.010. Nesse ano, os óbitos de mulheres em idade fértil – por todas as causas – somam 66.323. Destes, os devidos a gravidez, parto ou aborto foram 1.162. Restringindo-nos apenas a aborto, temos 83 mortes. Isso mesmo, oitenta e tres. Portanto, bastaria à nossa Ministra dizer a verdade, ou seja, que o número apresentado pela “especialista” da ONU é totalmente absurdo. Ou teria ela recebido este número… do Brasil? É algo que ainda precisa ser verificado.

Podem argumentar que o aborto é clandestino, havendo portanto uma sub-notificação. Mas onde estão enterradas essas mulheres? Foram sepultadas sem um atestado de óbito?!? Não, em relação às mortes maternas o número de óbitos está bem registrado. Aliás, se o aborto está entre as cinco principais causas, supondo números equivalentes, teríamos um milhão de mulheres em idade fértil morrendo anualmente no Brasil. O país estaria em extinção.

Mas temos que considerar que, provamente, morrem mesmo centenas de milhares de mulheres (e outro tanto de homens) por aborto a cada ano. Morrem antes mesmo de nascer, abortadas. E deixam em suas mães as marcas físicas e psicológicas de ter realizado um aborto – seja ele clandestino ou não. Este é o verdadeiro “problema de saúde pública” a ser enfrentado.

Atualizando: o Ministro da Saúde percebeu a farsa dos números. Esperemos que ele se mantenha no propósito de atacar as reais causas da mortalidade materna.
Movimento Nacional da Cidadania pela Vida Brasil sem Aborto - Diga NÃO ao aborto e SIM para a VIDA

Referência: DATASUS - Departamento de Informática do SUS - Ministério da Saúde
Fonte: Movimento Nacional da Cidadania pela Vida Brasil sem Aborto - 19/02/2012
http://brasilsemaborto.wordpress.com/2012/02/19/os-incriveis-numeros-do-aborto-no-brasil/
 
Publicado no Portal da Família em 22/02/2012
 
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quinta-feira, 22 de março de 2012

Os médiuns e seus poderes

 
Por: ANA MORAES
anateresa.moraes2@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
Voltando ao tema mediunidade e seus diferentes tipos, a revista IstoÉ discute por que alguns desenvolvem os dons mediúnicos
Vez por outra a revista IstoÉ, uma das publicações mais importantes de nosso país, abre espaço em suas páginas para o tema mediunidade. Foi o que aconteceu com a publicação da matéria intitulada O poder dos médiuns, assinada pela jornalista Suzane Frutuoso. Neste link - www.istoe.com.br - o leitor poderá inteirar-se da reportagem a que nos referimos.
O que o leitor verá em seguida é uma espécie de resumo do que a matéria apresentou.
 
A primeira informação constante da reportagem diz que o Espiritismo é seguido por 30 milhões de pessoas no mundo e que o Brasil é a maior nação espírita do planeta, envolvendo cerca de 20 milhões entre adeptos e simpatizantes.

A mediunidade, popularizada pelas obras psicografadas por Chico Xavier, ganhou visibilidade nos últimos anos na mesma proporção em que cresceu o movimento espírita. “Mas nada – diz IstoÉ –  se compara ao poder da mídia atual, que permite debater os ensinamentos da religião por meio de livros, programas de tevê e rádio. Os romances com temática espiritualista de Zíbia Gasparetto, por exemplo, são presença constante nas listas de mais vendidos.”

O número de médiuns tem, por conseguinte, aumentado em igual proporção. Segundo a reportagem, os espíritas dizem que todas as pessoas têm algum grau de mediunidade. “Qualquer um seria capaz de emitir pensamentos em forma de ondas eletromagnéticas que chegariam a outros planos. O que torna algumas pessoas especiais, segundo os praticantes, a ponto de se transformarem em canais de comunicação com os mortos, é uma missão – designada antes mesmo de nascerem, determinada por ações em vidas anteriores e que tem na caridade o objetivo final.”

Fenômenos relacionados a pessoas que falavam com mortos e envolvendo objetos que se mexiam são relatados desde o século XVII, tanto na Europa quanto nas Américas, mas hoje cientistas tentam compreender o fenômeno. Algumas linhas de pesquisa mostram que o cérebro dos médiuns é diferente dos demais.
 
São cinco os meios de expressão da mediunidade 
 
A frase acima, constante da reportagem de IstoÉ, reporta-se evidentemente aos tipos de mediunidade mais conhecidos, visto que a mediunidade se expressa em muito mais formas e modalidades.

A psicografia, que consagrou Chico Xavier, é, dentre eles, o mais conhecido. Nela, o médium escreve mensagens e histórias que recebe de Espíritos. Estaria sob o controle deles o que as mãos transcrevem. A vidência permite enxergar os mortos que não conseguiram se desvencilhar da Terra ao não aceitarem a morte ou que aparecem para enviar recados a entes queridos. Na psicofonia, o sensitivo é capaz de ouvir e reproduzir o que os Espíritos dizem e pedem. A psicopictografia, ou pintura mediúnica, permite ao médium ser instrumento de artistas desencarnados (termo usado pela doutrina espírita para designar mortos). A mediunidade de cura é responsável pelas chamadas cirurgias espirituais.

As informações acima constam da reportagem de IstoÉ, embora não estejam inteiramente de acordo com o que aprendemos na doutrina espírita.


Ilustrando as informações, a reportagem refere-se a um caso de vidência ocorrido na infância com Ivanildo Protázio, de São Paulo-SP, hoje um cidadão de 49 anos, funcionário de um hospital na cidade.

Aos cinco anos, Ivanildo pegava no sono com o carinho nos cabelos que uma senhora lhe fazia todas as noites. Tempos depois descobriu que era a avó, morta anos antes. Aos 19 anos, os Espíritos já se materializavam para ele. “Nunca tive medo. Sempre me pareceu natural”, disse ele à reportagem. A mãe, que trabalhava na Federação Espírita, o encaminhou para as aulas em que aprenderia a lidar com o dom e hoje Protázio é expositor em um curso de educação mediúnica. Essa seria uma parte de sua missão. A outra é orientar os Espíritos que lhe pedem auxílio para entender o que aconteceu com eles.

As pinturas mediúnicas

Outro caso citado na reportagem ocorreu em Indaiatuba, interior de São Paulo. Trata-se das pinturas mediúnicas feitas por Solange Giro, 46 anos. O tempo gasto em cada quadro não passa de nove minutos. As obras são coloridas e harmoniosas. “Nunca fiz aula de artes. Mal conseguia ajudar meus filhos com os desenhos da escola”, disse Solange à reportagem. A assinatura nas telas não leva seu nome, mas de artistas famosos como Monet, Mondrian e Tarsila do Amaral.

No tocante às curas, a revista apresenta o caso do médium
Wagner Fiengo, analista fiscal paulistano, 37 anos. O primeiro Espírito a se materializar para ele foi de um primo. Ele tinha dez anos, teve medo e se afastou. Mas, na juventude, um tio, seguidor da doutrina, avisou que era hora de ele se preparar para a missão que lhe fora reservada. Por meio da psicografia, seu guia espiritual, o médico Ângelo, informou que teriam um compromisso: curar pessoas. Ele não foi adiante. Uma pancreatite surgiu sem que os médicos diagnosticassem os motivos. Seu guia explicou que as doenças eram ajustes decorrentes de erros que Fiengo havia cometido em uma vida passada. A missão era a forma de equilibrar a saúde e a alma. Em 2004, iniciou as cirurgias espirituais, cuja finalidade – diz ele - não é substituir o tratamento convencional. “É um auxílio na cura de fatores emocionais e físicos.”

Entre um caso e outro, a reportagem contém também orientações importantes para aqueles que apresentam rudimentos da mediunidade e desejam trabalhar nessa área.

A primeira providência é dedicar-se à educação mediúnica. Os cursos pertinentes a ela levam alguns anos e incluem os ensinamentos que Allan Kardec compilou no Livro dos Espíritos – a obra que deu base ao entendimento da doutrina – e no Livro dos Médiuns – que explica quais são os tipos de mediunidade, como eles se manifestam e os cuidados a serem tomados.

O combate a falhas de comportamento, como vaidade, orgulho e egoísmo, é outra providência essencial destacada na matéria. Segundo o Espiritismo, as imperfeições da personalidade atraem Espíritos com a mesma vibração. “O pensamento é tudo. Aqueles que pensam positivo atrairão o que é semelhante. O mesmo acontece com o pensamento negativo e os vícios. Quem gosta de beber, por exemplo, chama a companhia de Espíritos alcoólatras”, afirma o já citado médium Ivanildo Protázio.

O que diz a Ciência sobre a mediunidade

Noutro trecho da reportagem de IstoÉ, há referência aos especialistas da área da Ciência que afirmam que a mediunidade é um fenômeno natural, não sobrenatural. A matéria cita então o neurocirurgião Nubor Orlando Facure, diretor do Instituto do Cérebro de Campinas, e seus estudos sobre a manifestação da mediunidade e sua correlação com o cérebro.

Comprovar cientificamente a mediunidade também é objetivo do psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de medicina e espiritualidade da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação Médico-Espírita de São Paulo. Com exames de tomografia, ele analisou a glândula pineal de cerca de mil pessoas. “Os testes mostraram que aqueles com facilidade para manifestar a psicografia e a psicofonia apresentam uma quantidade maior do mineral cristal de apatita na pineal”, afirma Oliveira, que também atende, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, a casos de pacientes de doenças como dores crônicas e epilepsia que receberam todos os tipos de tratamento, não tiveram melhora e relatam experiências ligadas à mediunidade. “Somamos aos cuidados convencionais, como o remédio e a psicoterapia, a espiritualidade, que vai desde criar o hábito de orar até a meditação. E os resultados têm sido positivos.”

Segundo IstoÉ, a maior parte dos cientistas acredita, porém, que a mediunidade nada mais é do que a manifestação de circuitos cerebrais.
 Alguns já seriam explicáveis, como os estados de transe. Pesquisas da Universidade de Montreal, no Canadá, e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, comprovaram que, durante a oração de freiras e monges católicos, a área do cérebro relacionada à orientação corporal é quase toda desativada, o que justificaria a sensação de desligamento do corpo. Os testes usaram imagens de ressonâncias magnéticas e tomografias feitas no momento do transe.

Aos que contestam a mediunidade e tentam explicá-la de forma tão simplista, o p
siquiatra Sérgio Felipe Oliveira responde com uma pergunta: “Se uma pessoa está em cirurgia numa sala e consegue descrever em detalhes o que ocorreu em um ambiente do outro lado da parede, é possível ser apenas uma sensação?” Essa é uma questão que nenhuma das frentes de pesquisa se arrisca a responder com exatidão. Da mesma maneira que todos os presentes à sessão de pintura em Indaiatuba saíram atônicos, sem conseguir explicar como alguém que conheceram numa noite foi capaz de decifrar suas angústias mais inconfessáveis.

 
 



O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita